sexta-feira, 4 de outubro de 2002

Ninguém merece
Essa semana não foi muito boa pra mim. Tô com a garganta inflamadíssima (claro q vou pra pista mesmo assim). Tô morta de cansada e vou trabalhar domingo. Tô de TPM e sem dinheiro. Me sentindo gorda e não tão linda. De saco cheio, pra resumir.

Mas ninguém merece o q me aconteceu na quarta de manhã. Tava indo faculdade, já tinha saído atrasada e tava presa num puta engarrafamento. Ia perder a aula da 'salve simpatia' professora de português q já ameaçou me reprovar por falta.
Quando entrei no ônibus já tava cheio (nunca acontece isso, pego perto do ponto final) e fiquei um bom tempo de pé.

Pouco tempo depois q sentei, na ponta do banco, posta-se ao meu lado um maluco trajando apenas bermuda camuflada e apito vermelho. É, é isso mesmo, ele tava imundo, exalando aquele odor q mistura cachaça, suor e cigarro, sem camisa, descalço e descabelado.
Não contente em agredir meu olfato ele começou a apitar. Sim, vc não entendeu errado. Ele apitava!!! E qndo dava um tempinho no apito ele gritava palavrões, sempre encerrando com 'eu sou mau! vou descer na Mangueira!'. Realmente me fazer aturar aquela performance até a Mangueira era pura maldade. Ninguém, mas ninguém mesmo merecia isso às 8h da manhã.
Pra minha sorte, depois de uns 10 minutos ele resolveu ir apitar para o motorista. E assim foi, apitando e avisando a quem descesse do ônibus q ele era mau, até a Mangueira.

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