A teoria de Vicente
Minha dissertação tá paradinha da Silva. Passo hooooooras olhando pro computador e não sai nada, embora falte pouquíssimo. Se eu pegasse o jeito, ou pegasse a disserta de jeito, terminava em uma tarde. Mas cadê?
Vicente ontem me deu esporro, ele tem a teoria que a "culpa" é de O Orientador. Que eu amo tanto meu orientador poderoso e gosto tanto de ser a dileta orientanda dele que não quero terminar o mestrado e fico enrolando. Claro, de maneira inconsciente.
É pode ser, mas não sei se é isso. Dizem que apesar do sofrimento os mestrando têm medo de terminar a dissertação, de deixar de serem mestrandos. Sim, eu sinto isso. Tipo, comemoro a defesa da dissertação e no dia seguinte acordo e me pergunto "e agora?". Ué, e agora preparo meu projeto pra tentar o doutorado, oras.
Eu quero muito terminar omestrado pra poder passar a outra etapa da minha vida. Sem falar que tô doida pra tentar o doutorado, pra começar a dar aulas e talz. E, apesar de ficar sem vínculo com a universidade, não vou me afastar: tem o grupo de estudos e as aulas de O Orientador, das quais sou dependente.
E, de qualquer jeito, repito a frase que disse para O Orientador no reveillon, com os papeizinhos picados do Sofitel caindo sobre nossas cabeças. "Agora que te encontrei não te largo nunca mais!". Claro que estávamos bêbados feliz com nossas lindas carinhas cheias de prossecuzinho, mas era verdade.
Não sei se Vicente tem razão, mas sei que tenho que dar um jeito de terminar esse troço. O problema é que tô sem vontade de escrever.
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