terça-feira, 4 de julho de 2006

Achei um gatinho!
Ou melhor, um gatinho me achou...

Há pouco tava aqui em casa respondendo meus e-mails e ouvi um miado de gatinho assustado. Chamei minha irmã que já tava deitada e concluímos que o chorinho vinha do apartamento em cima do nosso, que está vazio. Subimos a escada e nitidamente vinha de lá. Minha mãe é amiga do dono e tem a chave. Abrimos porta, o chorinho parou. Nada. Deixamos a porta aberta e fingimos que íamos embora pra ele não ficar com medo. Descemos as escadas, entramos em casa e ficamos olhando por uma fresta na porta entreaberta - não tinha como ele passar sem a gente ver. Bingo, ele veio correndo miando. Quando abrimos a porta ele entrou correndo se enroscando em nossas pernas!

É um machinho, um menininho tigradinho e peludo. Lindo de viver, com olhos amarelos tão doces... Colocamos ração e água, ele se fartou. Os quatro aqui de casa deram uma cheirada sob nossa supervisão enquanto o pequeno comia. Só Tutti fez fuzzz.

Não sei precisar quantos meses tem, mas com certeza tem menos de um ano, uns seis meses acho. Até que não tá muito magrinho, é bem peludo, o pelo é macio, mas não tem brilho como o dos daqui de casa. Inspecionei e não tá com secreção nenhuma, sem remelas, sem coriza, orelhas até limpas, bumbum limpinho e nem pulgas achei!

Meiguinho, tadinho devia estar morrendo de frio, veio no meu colo, no da minha irmã, não fez fuzz pra ninguém. Fiquei carinhando ele e o lindinho mamou na minha roupa, me babou toda.

Depois de comer tranquei ele pro banheiro, tá lá quietinho. Deixei ração seca, água filtrada, uma caixinha de areia (que parece que ele nunca tinha visto, achei que ia comer a areia) e uma caixinha de papelão com um pano quentinho. Forrei o chão com jornal na dúvida.

Minha mãe tá brabíssima e queria que a gente colocasse ele na rua. Sem chance. Ela
não quer que ele fique e, realmente, no momento não tenho condições financeiras de assumir outro gato. Ela disse que é de uma casa na esquina da minha rua, que já viu passando por debaixo do portão. Tá, ele até que não tá magrinho, mas se era de lá eles não cuidam direito, um bebê gostoso daquele não deveria estar na rua!

Amanhã vou tocar a campainha lá e perguntar se eles perderam um gatinho. Se se mostrarem preocupados "ah, aquele fujão, estamos loucos, procuramos a noite toda", eu devolvo e falo de tomarem providências pra ele não sair mais. Se disserem "tem um gato que fica por aqui" eu respondo "ouvi falar", me mando e trato de arrumar um lar decente pra ele.

Ai, como eu queria ele pra meu mim!

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