segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Grupo de apoio da Mãe Camila
ou Das pérolas recolhidas no mercado negro da psicanálise

Segunda-feira da semana passada não agüentei e solicitei auxílio expresso do grupo de apoio da Mãe Camila, mesmo sabendo que ela estava viajando a trabalho. Eu tava no limite do choro em plena repartição. Triste de doer, me sentindo deprimidíssima. O pior? Apesar das dívidas e dos problemas de saúde meus e da minha mãe, de resto a vida vai bem, obrigada. Tudo tá dando certo, melhor do que eu imaginava ou sonhava. Tenho recebido excelentes notícias caídas diretamente do céu em meu colinho, tudo se encaminhando maravilhosamente. Até minhas dívidas tenho perspectiva de saldar em futuro próximo! Minha saúde... bem, eu confio na medicina, nas vacinas e nos grandes laboratórios transnacionais. A saúde da minha mãe... bem, o que não tem remédio, remediado está.

Tá, eu tava de TPM e cansadíssima, mas eu tava no limite do choro, oras. Eu tinha acordado cedo pra caralho, mais caralho do que o habitual, para ir a uma consulta médica antes do expediente da repartição. O consultório fica em Copacabana, na altura da Rua República do Peru. Fui de táxi, afinal eu mereço e não queria me atrasar. Estava uma linda manhã, já quente às 7h da madrugada, o que para mim é uma delícia pois sou bicho de calor. Na saída, antes de seguir para o trabalho, tomei café em uma lanchonete simpática. Me dei ao luxo de mais calorias do que o habitual, afinal, quem acorda no cu da manhã tem direito. Peguei um ônibus com ar-condicionado que proporcionou a alegria de vestir meu lindo cardigã preto novo, que só anda amarrado ao meu belíssimo pescoço. Talvez eu devesse ter ido de táxi pro trabalho também, só que aí faria menos exposição da minha bela figura e eu tava exibida, me achando linda e alegre. Pois é, tava. Sei que cheguei à repartição ainda felizinha, mas no decorrer da manhã fui murchando, entristecendo, me aborrecendo. Queria fugir, tocar fogo em tudo e ir pra casa chorar até dormir. Sei lá.

Mãe Camila, sempre doce, me consolou via e-mail e me ligou à noite. Mas nem eu sei o que precisava. Talvez um drink resolvesse.

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