sábado, 23 de outubro de 2010

Recordações da infância

Papai chamava de "colchãozinho amarrado na cintura" certa amiga portuguesa de mamãe. Com o passar do tempo ela passou a ser carinhosamente apelidada apenas de "colchãozinho", que tinha um mau hálito lendário, mas que acabou eclipsado por sua forma física na hora de lhe escolhermos a alcunha.

Já mamãe ensinou-me a arte do patrulhamento estético na missa na Igreja de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Íamos no fim da tarde, aos domingos, só pra isso. Sentávamos no último banco para ver todo mundo que entrava e saía. Não sei rezar, mas aprendi a ser detalhista, minuciosa e implacável.

Deu no que deu.

3 comentários:

Fernando disse...

O lugar que eu nasci era bizarro, o terreno parecia uma floresta com cerca de arame farpado e as ruas não tinham asfalto. A fábrica em frente jogava uma fumaça que pretejava tudo. O meu pai quando estava de boa levava eu e a minh irmã para tomar sorvete italiano ou comprar um lacta branco na padaria.

roberta carvalho disse...

Fernando, família é tudo estranho, né?

SIDINHO DJ disse...

patrulhamento estético!!!! kkkkkkkkkk