sábado, 27 de agosto de 2011

O mundo estranho do UFC

Ou O UFC e eu

Esta semana recebi um e-mail de uma amiga me oferecendo o repasse de um frila que ela não poderia pegar: "vc se anima em fazer uma materia sobre o Shogun, o evento de MMA, artes marciais mistas, ai no Rio? Evento de 90 milhoes de reais, vai ser visto por meio bilhao de pessoas".

Era pra uma revista de circulação nacional e a matéria seria veiculada no site no domingo e em 3 páginas no impresso. Como escrevo até sobre velório, topei de imediato. Em seguida joguei no google "Shogun MMA Rio de Janeiro" e descobri que se tratava do UFC e Shogun era um dos lutadores. Dei uma gargalhada nervosa quando vi que era no HSBC Arena, na Barra da Tijuca, e não no Aterro do Flamengo como ela havia dito inicialmente. Lembrei vagamente de ter visto um outdoor sobre tal evento.

Claro que eu já tinha ouvido falar e até visto em TV de bar, mas pra ser sincera, não tinha ligado o nome à pessoa. É que em nível de pessoa chata, não aprecio esportes em geral e lutas em especial, muito menos torneios de "artes marciais mistas". Lembro de, certa feita, ter pedido a conta e ido embora do Mas será o Benedito porque uma mega televisão exibia tal bizarrice bem na minha frente.

Mas como sou jornalista, gosto de escrever e adoro esquisitice, comecei a ler tudo sobre o tal do UFC, achei sádico e doente e fiquei pilhadíssima pra fazer a matéria. Seria algo meio comportamento, com descrição crítica leiga do clima do evento, das lutas e lutadores, com conversas com os frequentadores animados e aficionados. Imagina? Ia ser uma delíica, totalmente no clima OMEE. Ivagina o mau humor que eu ia ficar? E o rescaldo impublicável que eu postaria aqui depois de enviar a matéria? Uia!

Super pilhei.

Daí liguei pra assessoria de imprensa do eveinto, pra saber de negócio de credenciamento. Humpf. Foi feito "pelo pessoal dos EUA" e encerrou em 15 de julho. Oi?

- Mas só euzinha, quieta, só observando num cantinho num vai estourar a lotação.
- Não dá, demos prioridade para esportes e celebridades.

Ah, então tá, né?
Pra cê vê, a coletiva de imprensa ia ser transmitida ao vivo pela TV. Oi?

Liguei pro editor e expliquei a situação. Que não adiantava nem eles quererem comprar um ingresso pra mim, porque tava tudo esgotado há séculos. Tem muito tarado no mundo, sabe? Sugeri ir na entrada entrevistar os pervertidos, digo, o público. Assistiria pela TV e faria a matéria, gongando, inclusive, a babaquice do credenciamento.

O editor disse que ia ligar ele mesmo pra lá no dia seguinte e desenrolar, afinal, contava com o peso da publicação.

Bingo.

No dia seguinte ele ligou e bateu boca com a assessora. A matéria caiu, mas não minha curiosidade sobre o tal do UFC. Confesso que acho totalmente desinteressante e chato em nível de eveinto ou esporte, mas acho superinteressante enquanto esquisitice. Tá, na verdade não tenho saco pra ver. A TV tá ligada e tô meio que ouvindo enquanto blogo e leio outras coisas. Confesso, de novo, fiquei com dor de corno por não fazer a matéria. Ia ser bom pra caralho.

Um comentário:

Fernando disse...

Odeeiioo qualquer tipo de luta.