terça-feira, 15 de abril de 2003

O dia q conheci Wanderley Cardoso
Essa é menos engraçada, quer dizer, menos pra quem só lê. Pra quem presenciou foi foda.
Na época da faculdade de jornalismo eu tinha um professor de português, já falecido, totalmente freak, Carlos Alberto Madureira Short, vulgo o maluco do Short. Era gente boa, mas tinha, entre outros, delírios de ser inglês. E pior ainda, de ressuscitar múmias. Vivia nos constrangendo a acordar cedo pra caralho nos fins de semana pra ir na Rádio Nacional fazer quórum num programa dum amigo dele. Outra mania era organizar eventos megalomaníacos com 'estrelas' q estavam esquecidas. Era até engraçado.
Mas num desses acessos de constrangimento (quem não fosse ia se foder na prova) ele me fez ir a um show, tributo ou sei lá q merda era no Teatro Rival. Acho q era em homenagem a Jovem Guarda ou coisa q o valha. Sei q matei aula e fui lá pro velho não tirar meu couro na hora de corrigir minha prova. Sentei numa mesa enorme com outros pobres carentes de nota, mas tinha sido a primeira chegar...aí não teve como fugir. O professor Short me pegou pelo braço e me aprensentou aquela fauna e flora exuberante q ia ser homenageada, além de seus amiguinhos, entre eles o supra citado cantor.
Ok, chegou o pessoal, ficamos lá aturando aquela malice. Qndo achei q já tinha feito figuração suficiente, q aquela merda não ia acabar nunca mais mesmo e tava ficando tarde pra ir pra casa de ônibus, avisei q tava indo embora. Short protestou, mas compreendeu. Tô saindo e ouço alguém me chamar. Olhei pra trás e era o Wanderlei Cardoso!!! Veio atrás de mim com um papo caô de q eu era bonita, meu olhar e sorriso eram marcantes e sei lá mais o q. Peraí! caralho! é isso mesmo? O Wanderley Cardoso tava me cantando? Ninguém, ninguém merece, nem mesmo q fui ser interesseira e ir na porra do show só pra agradar o velho gagá. putaqpariu!
Pra ser sincera não lembro exatamente o q ele falou, nem minha reação. Claro q dispensei o bruto, mas não lembro se me fiz de autista e fiquei calada até ele sair da minha frente, se me fiz de louca e disse coisas non sense, se mandei um clássico 'vaza da minha frente, seu merda' ou se bancando a moça educada simplesmente disse 'não, obrigada'. Mas q foi bizarro, foi.

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