quinta-feira, 25 de abril de 2002

Minhas manhãs de sábado...

Saída da Matriz. Sábado de manhã...um bruto vai me deixar em casa.
O carro pára em frente à portaria e ele desce pra se despedir de mim.
– Me liga, tá?
Com muito sono e pouca convicção respondo 'tá'.
O amigo dele, lá de dentro do carro, grita:
– Q me liga o q, cara! Vc q tem q ligar pra ela.

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Numa outra manhã estamos eu e um outro bruto num ponto de ônibus da Voluntários da Pátria.
(Tudo bem, eu sei q dar beijo na boca no ponto de ônibus é coisa de pobre. Mas pô, perdoa aê! eu tava bêbada)
– Vc é linda.
Não agüentei e ri.
– Tá rindo pq? vc é linda sim.
– Ninguém é linda às 7h30 de sábado depois de ter dançado a noite inteira e trabalhado normalmente na sexta. Meu rosto tá borrado, meu cabelo tá duro, minha roupa tá suja e cheirando a cigarro, meus pés estão imundos.
– Pois eu estou muito bem.
– Vc acha mesmo?

Tudo bem...eu não precisava ser tão debochada. Tinha mais de 6 meses q ninguém me dizia q eu era linda. O cara era legal e, até segunda ordem, não-palhaço. Mas é foda essa minha natureza rascante (ok, eu assumo. sou rascante mesmo). Perco o bonitinho mas não perco a piada.
Depois não sei pq eles nunca me telefonam....

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