sábado, 31 de março de 2007

Tanta coisa pra contar

Tanto post pra fazer e nenhum tempo para postar. Um dia eu volto.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Solidão

Ninguém no GTalk. O único contato online no MSN não é a pessoa que tá online. Nenhum comentário pra responder aqui e nenhum pra aprovar no HTP. Caixa postal vazia, zero scrap novo no Orkut.

Acho que meus tempos de blogstar se foram junto com os de locomotiva social. Melhor ir dormir e acordar cedo pra ir pra acadimia.

domingo, 25 de março de 2007

Domingo de preguiça

Dormi até cedo ontem, mas hoje acordei às 11h. Foi bom, tava precisando descansar mesmo. A preguiça foi tanta que não saí de casa e estou morrendo de sono.

Ia sair com um amigo meu que não vejo desde a primeira semana do ano, mas ele furou. Tínhamos combinado ir ao cinema e depois tomar uma cervejota. Tamos tentando tomar um chope há semanas, mas sempre um dos dois fura. Já falei que amigos queridos não podem ficar tanto tempo sem beber juntos, mas não adiantou. Fica pra outro dia.

Aí decidi ir ao cinema de qualquer jeito, sozinha mesmo, e quem sabe, beber sozinha depois. A preguiça foi maior. Mas quer saber? a dor de cabeça passou e estou ótema, apesar de não ter feito nada o fim de semana inteiro.

Para não dizer que não fiz nada o dia todo, tive uma tarde de mulherzinha. Fiz as unhas, dei um trato na peruca e esfoliei/depilei as pernas. Estou me sentindo liiiinda.

sábado, 24 de março de 2007

Acho que amanhã vou sair

Vou ao cinema e vou ver se descolo algum puto pra tomaruma cereja comigo. Eu ia estudar e trabalhar, ia do verbo não vou.
Dia chato

Acordei cedo pensando em ir malhar, mas tava com uma puta dor de cabeça. Acabei ficando deitada até às 11h. Tomei um tylenol. Fui fazer depilação, dei uns bordejos e voltei pra casa. Almocei, tomei um dorflex. A dor de cabeça de cabeça perseverando.

Passei o dia todo meio à toa, meio mal humorada. Fiz a unhas, arrumei o armário. Desisti de tomar mais remédios e me conformei com a dor de cabeça. Tomei mais café e uma coca light. Deu uma melhorada. Tomei um banho demoraaaaado, melhorou muito.

Telefonei pra alguns amigos, não encontrei ninguém em casa. Respondi alguns e-mails e os comentários. Dei uma passada no Orkut e aprovei os comentários do HTP.

Brinquei com os gatos, fui comer uma pizza coma minha mãe. Não há e-mails novos. Acho que vou dormir, estou me sentindo cansada. Não tô com paciência pra ler ou ver TV.
Pérola do dia
quer dizer, do dia da Bebel

- Garçom, o choppe está quente, o sr pode trocar?
- O chopp não está quente, seu organismo é que não está bom.
- A conta, por favor.
Belíssima peruca

Meu cabelo está liiiindo, brilhoso e macio. Ele sabe que tá chegando a hora da tesoura.
Bloguei pra caralho

Agora quero comentários pra caralho também.
Telefonemas II

Uns dias antes tô eu toda enrolada e toca a porra do meu ramal.

– Comunicação.
– Roberta, essa tua voz escorregadia me deixa excitado. Você fica falando e eu fico imaginando a gente transando e você falando no meu ouvido com essa voz.
– Imagina, imagina mesmo, porque só na imaginação.

Era um amigo meu, que foi meu primeiro chefe depois de formada, querendo o telefone de uma outra seção da repartição ou coisa que o valha. Ele também tem o hábito de espalhar que é meu marido. Outro pândego. Aliás, pensando bem, essa vai pro HTP.
Telefonemas

Aliás, semana passada foi pródiga em ligações bizarras. No mesmo dia que a outra me saudou como "oi piranha" atendi o aparelho e uma voz de homem disse "Fala".

– Como?
– Fala!
– Quer falar com quem?
– Fala!
– Quem tá falando?
– Quem liga que tem que se identificar?
Silêncio. Eu não conseguia decidir se mandava tomar no cu ou chupar um pau.

– Quem tá falando, porra?
Gargalhada.

Era um ex-cálega de repartição, que atualmente cumpre ixpidiente em certa emissora de televisão. Palhaço. Bem feito, eu não tinha resposta pro que ele queria saber. Acho que esqueceu como a repartição funciona.
Minhas amigas

Na festa eu perguntei por certa amiga que me ligou muito carinhosamente durante a semana pra saber se eu ia. Atendi o aparelho de ramal na repartição e ouvi "Oi piranha!". Ela também me chama de pivete e trombadinha. Mas cadê fulana? "Ligou que não vem, segundo palavras da própria, tá com cu em chamas". Ah, e a piranha sou eu, né?

Tadinha, na verdade ela tem o estômbago (ou estrombo, como preferirem) mais sensível do que o meu. Eu alterno dias de prisão de ventre com dias de piriri. Ela alterna piriri com caganeira.

Pândega emérita, aprendi algumas expressões maravilhosas com a bruta. Foi ela quem em ensinou que "quem não fez quando pôde, não fará quando puder".
Mas por que "por falar em HTP"?

Ahá! Pelo convite-convocação que Mendonça nos mandou. Ele avisou que ia ter banho de mangueira e as moças deveriam ir de biquíni branco sem forro, pois seria eleita a "Garota da Bica". Assim que cheguei Alice me chamou e avisou que ele tinha carimbado o passaporte pro HTP com aquele convite.

– A gente devia era ter vindo de biquíni branco mesmo, com uma faixa "Garota da Pica". Ia ser muito engraçado porque ele não ia nem conseguir nos olhar, ia ficar a festa toda olhando pro alto ou pro chão.

É, ela sabe com quem casou. Depois eu copio e colo os e-mail convite dele lá no HTP. E aí dele que não goste. Alice autorizou e Alice é minha amiga e minha fã.
Francisco

A sensação da festa, claro, foi Francisco, filho de 3 anos de Mendonça e da Santa Alice, que o atura. Francisco é lindo, o neném mais gostoso que eu conheço. Todos disputavam sua atenção, mas ele tava mais interessado na piscina inflável super fashion que tinha ganhado da mãe.

A certo momento a tia do menino avisou "a água tá imunda, tá frio, seu filho tá roxo e tremendo, não quer comer e não que sair da piscina". Deixa o garoto!

Para alegria de Francisco chegou uma menina mais ou menos do tamanho dele, com biquíni, e foi pra piscina brincar com ele. Lá pelas tantas a menina "caiu" pra fora da piscina, se ralou e começou a chorar. Eu, na minha experiência com crianças, avisei "ih, não foi nada, só se escoriou um pouco. Deixa que daqui a pouco pára de chorar". Todos correram pra socorrer a menina. Francisco? Ficou parado, estático, olhando a amiguinha estalelada chorar.

Glorinha identificou logo: "olha, desde pequeno já mostra que é homem, não faz nada, fica parado olhando!"

Pois é, baby palhacinho.
Por falar em ir pro HTP...

Da festa do Lucas, em Botafogo, rumei pra Santa Teresa. Era dia de surrasco na laje do Mendonça, o chefe da repartição, que comemorava os 37 aninhos de pura travessura completados uns dias antes. Cheguei já meio bêbada e encontrei todo mundo muito bêbado. Os cálega tudo tava lá, fora outros cálega de profissão que ficaram amigos de Mendonça em outras repartições jornalísticas por onde ele passou. Pois é, né? Já cheguei comida e bebida, mas comi e bebi. Nem sei bem do que conversamos, mas tagarelamos muito.

Quando começou a chover mudamos a festa pra uma parte coberta e continuamos bebendo. Quando acabou o gelo e a cerveja tava quente fomos tomar a saideira no Belmonte da Praia do Flamengo. Glorinha tava horrível de bêba e divertiu. Soube depois que horrível mesmo tava era Mendonça, que emburacou no uísque até singelamente adernar e cair pro lado, já dormindo. Foi festa.
Não gostou?

Uma vez Gibi disse que se alguma vez eu o colocasse no HTP ele tirava "aquela porra de blog" do ar na mesma hora. Será que ele vai ficar putinho de eu ter falado dele aqui? Bom, ele sabe muito bem a resposta padrão. Não gostou enfia o dedo no cu e rasga.
É nóis!

Esse fim de semana eles tão em SP, mas marquei de ir visitá-los no próximo. Tenho que ir logo porque eles vão se mudar pro Recreio mês que vem. Apesar de queridíssimos, quase não nos vemos. Com eles morando na zona rural é que não vai rolar mesmo. Gibi me mandou parar de merda. "Porra, aí tu passa logo o fim de semana lá em casa. A gente toma uma cervejinha gelada, fuma um negocinho, fala muita merda". É, até que não é má idéia. É só eu descolar um tapete voador pra me levar até a aprazível localidade do Recreio dos Bandeirantes.
Amigos para sempre

Gibi diz que vamos ser amigos pro resto da vida, que vamos ficar velhos caquéticos falando mal de tudo e todos em nossas cadeiras de balanço. Realmente ele é uma das poucas pessoas que consegue ser tão ou mais escroto que eu. Aliás, ele gosta de mim porque não importa a merda que ele fale, eu sempre tenho uma resposta pior.

Como ele diz, se é pra beber a gente bebe, se é pra fumar a gente fuma e se pra falar merda, aí fudeu. Ele me chama de pilantrinha muquirana pé de cana. Eu o chamo de rabiscado safado do cu sujo.

Quando cheguei na festa achei ele com um olho meio esquisito. Como não sabia se ele tinha tomado uma porrada ou se eu que não lembrava, fiquei na minha, afinal tinha muita gente por perto. Ele contou que teve uma conjutivite bacteriana sinistra que deixou uma seqüela não sei das quantas nos músculos da pálpebra, que ficou caída. Que meda! Pra melhorar a área em volta do olho ficou escurecida. Ahá! Agora além de rabiscado safado é caolha, sifu!!!!

Ele chama o pobre do filho, tão pequeno e lindo, de "gordo", embora o pobrezinho esteja longe disso. Lucas, mostrando de quem é filho, manda ele abrir o olho. Rárárá!
Meu amigo Gibi

Gibi foi o primeiro amigo que fiz através do blog. Ele era leitor do HTP e um dia escreveu dizendo que gostava dos nossos textos, mas que nosso layout era um cagalhão. Se a gente quisesse ele desenhava outro pra gente. "É digrátis? Então eu quero". Ele fez também meu blog pessoal e o 3x4Colorido da Ana. É meu gerente de blog até hoje.

Trocamos e-mails por meses antes de nos encontramos. Nos tornamos amigos pra caralho sem nos conhecer. Foram centenas de mensagens e horas de conversa ao telefone. Ele era tão arredio que eu achava que vivia numa cadeira de rodas e digitava com um lápis na boca. Um dia ele capitulou e marcamos um chope no Mercadinho São José. Eu tava de plantão e fui direto pra lá.

Quando cheguei tava aquela porra daquele homem grande, com 1,86m e mais de 100kg, todo tatuado, sentado me esperando. O bruto trajava calça capri, uma camiseta de malha com um desenho "exótico" e sandália papete. Não contente, usava cabelo chanel e uma faixa vermelha na cabeça. Ele disse que era bandana. Bandana o caralho, lá em casa é faixa.

Eu tava meio esquisita, tava doente e ainda não sabia. Tomei uns três chopes e fui pro banheiro vomitar assim que chegou a linguiça calabresa com cebola e batatas fritas que ele pediu pra beliscarmos - sabe como é, gordo é tudo safado e só pede comidinha frugal. Não saí mais do banheiro. Gibi pediu pra moça da faxina ir ver se eu tava bem. Eu tava viva, mas não conseguia parar de vomitar. Quando consegui, ele me botou num táxi e me levou em casa. O taxista ganhou a quentinha com os petiscos que não comemos. Eu mal conseguia ficar em pé. No dia seguinte fui parar no hospital e fiquei no soro.

Sim, a primeira vez que Gibi me viu eu paguei mó mico. Tomamos alguns outros chopes depois, pra eu me redimir.

Naquela época ele ainda não ostentava alargadores de orelha. Desde então eu já o vi de dreads e com a cabeça raspada. Depois que casou com a Santa Claudia ele anda mais limpinho: passa máquina 4 na cabeça e usa roupa de gente.
Foi festa

Esse fim de semana não tenho programa. Sábado passado tive duas festas. À tarde fui no aniversário de 2 anos de Lucas, filho de Gibi. O balacobaco foi em uma casa de festas em Botafogo. Sentei com Gibi e comemos muitos salgadinhos, comemos o tal do strogonoff que se serve nessa ocasião, bebemos alguns chopes e comemos todos os docinhos que passaram.

Não lembro como surgiu o assunto, mas Gibi perguntou se eu ainda ia a sei lá qual lugar e respondi que não. "Porra, mas também algum dia tu ia ter que mudar. Tu tá velha pra essa vida". Respondi "que velha o que? sou uma jovem interminável". Nos olhamos segurando o riso por alguns instantes, até explodirmos em uníssono. "Piranha!". Gibi me conhece.

Quando o safado foi fazer social com os convidados, fui na "casa de bonecas" no segundo andar, onde Claudia tava com o Lucas. Tão fofo, ele gosta de brincar de bonecas, coloca no carrinho pra passear, passa roupa, faz comidinhas. Vai ser um ótimo dono de casa, disse Claudia, a orgulhosa mamãe.

Depois fomos pra uma sala de jogos e Gibi veio render Claudia. Quando chamaram pro parabéns Lucas não queria descer as escadas à pé e nem no colo do pai, mas aceitou ir no meu colo. Ai, que neném gostoso!

sexta-feira, 23 de março de 2007

As cálega tudo

Claro, espaçosa que sou, já "fiz amizade" lá também. Minhas novas cálegas são P., que faz mestrado em não-sei-o-que-de-artes, mas já planeja um doutorado em Comunicação, então resolveu se enturmar, e M., que faz doutorado em Comunicação em São Paulo e vem ao Rio às quintas pra fazer duas matérias. Também conversei um pouco com outra menina, mas não perguntei o nome. Ela é de Fortaleza e veio fazer doutorado aqui. O pessoal de Fortaleza é estudioso, hein? Toda hora conheço alguém de lá que veio pra cá fazer mestrado ou doutorado.
Minhas leituras

Falar em estudar, essa semana comecei como ouvinte no doutorado. Gostei muito da primeira aula, mas ainda estou um pouco receosa. A professora falava exatamente do que eu estudo, mas é outro olhar, outra bibliografia. Tamos lendo "Tempo e narrativa", de Paul Ricoeur.
Pervertida

Sim, hoje é sexta-feira e não estou bebendo. Tô em casa e vou dormir cedo. Vou trabalhar e estudar no fim de semana. Amanhã pretendo acordar cedo e....ir à academia. Sim, o mundo é estranho.
Minha amiga Clarisse

Ela disse que "só" faltam 30 páginas da minha dissertação. Isso significa 1/3, já que são 90 páginas. Aliás, mais do que 1/3, pois ela disse 30 páginas de texto, que as capas e a bibliografia ela já olhou. Pois é.

Pedi que ela fizesse a revisão porque me recuso a entregar as cópias para a biblioteca com o festival de vírgulas mal empregadas que caracteriza meu texto. Sempre que tenho alguma dúvida em português grito por Clarisse.

Quando ela disse que tava "quase terminando" perguntei o que ela tinha achado. "Quando eu crescer quero ser que nem você". Nada, Cla. Eu que me tornei como você quando cresci. Foi com Clarisse que eu apreni que gatinhos abandonados na rua a gente pega e leva pra casa. Não importa se não temos dinehiro pra cuidar, se ele tá muito mal e talvez morra, que os outros moradores da casa vão nos esculhambar. Não se deixa um gatinho ao relento.

Conheci Clarisse na faculdade de Comunicação. Lembro que logo nos primeiros dias um babaca de outro período trouxe, à guisa de trote, um gatinho doente e colocou na nossa sala dizendo que teríamos que cuidar do gato. Clarisse pegou o gato no colo e levou pra casa. Eu fiquei com dó do gato, senti desprezo pelo idiota que trouxe o bichinho e admiração por ela. O gatinho tava muito mal e morreu, mas ela levou pra casa e fez tudo que pôde. Ele morreu se sentindo seguro e amado.

Naquele dia eu aprendi o que se faz quando um gatinho cruza nosso caminho, não importa em quais condições.

Anos depois, já formadas, eu me separei. Quando viu que eu não ia voltar, meu ex-marido exercendo seu talento circense e babaquice latente, ligou dizendo que se eu não fosse buscar minha gata ele ia levar pra Suipa. Eu ainda tava freak com a separação e tava na casa da minha mãe, que avisou que era eu ou a gata. Quando conheci o palhaço ele me enganou, sabe? Ele disse que adorava felinos e tinha quatro gatos. Os gatos eram da mãe dele e, digamos assim, ele não era o maior fã de felinos que já conheci. Pois bem, fiquei apavorada e liguei pra Clarisse. "Eu arrumo uma casa pra ela, se não arrumar eu fico com ela, pra Suipa não vai, pode trazer". Ela é mãe da gata doida da Luiza até hoje.

Eu e Clarisse somos muito amigas. Não nos vemos muito, não nos falamos sempre, mas somos amigas e uma sabe que pode contar com a outra. Talvez sejamos tão amigas há tanto tempo, exatamente porque não fazemos cobranças uma pra outra.
Presente faz feliz

Fui contar aqui que tava lendo um Brasil Gerson emprestado e que amo esse livro. Minha amiga Clarisse leu e contou que também é o livro favorito dela. Essa semana ela me chamou no GTalk e disse que tinha um presente pra mim. Perguntei "Há dissertação?", pois ela tá fazendo a revisão da minha. Como é em nível de favor uma coisa que ela faz pra ganhar a vida, eu aguardo ansiosa mas não pergunto muito quando vai ficar pronta. "Não, tenho um Brasil Gerson pra vc". Quase não acreditei. O livro está esgotado, mas Cla, com seus conhecimentos em editoras, me descolou um. Hoje ela foi me visitar na repartição e levou o livro. Tá aqui na minha frente.
Ana, Roberta, Antonia e Vanessa



Chope de aniversário do HTP, no dia 30 de janeiro de 2007. Quem não foi....
Luxei!

Só levantei às 7h da manhã hoje.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Adeus, férias

Tenho acordado às 6h da madrugada todos os dias. Hoje acordei às 5h45. Isso não é nada nada bom para meu humor.

terça-feira, 20 de março de 2007

O circo vai bombar

Tô cheia de espetáculos para narrar, mas tô sem tempo nem inspiração.
Projeto Quarentona toda boa

Ontem comecei na academia. Vou bem, obrigada. Não fiquei com o corpo doído, mas tô cansada pra caralho. O professor, que ficava me constrangendo "Vai, Roberta", "Disposição, Roberta", "Espanta a preguiça, Roberta" ou simplesmente "Robeeeerta, tô de olho, hein" quando eu molengava, marcou horário para mim amanhã às 7h da madrugada. "Pode ir entrando no esquema. Quero ver você espantar essa preguiça".

Acho que ele não entendeu bem. Quando ele me perguntou qual meu objetivo eu expliquei "Não pretendo começar a correr maratonas, não pretendo começar uma carreira de fisiculturista, não tenho ambições de modelo e atriz, não tenho pressa. Quero apenas deixar de ser uma jovem senhora sedentária e ter mais saúde". Bom, vamos ver no que dá ou se eu sobrevivo.

Como vocês sabem, gosto de fazer amizade. Já tenho cálegas de cadimia. Minha nova amiga, Carmem, uma coroa sarada, também me exortou a chegar cedo. "Amiga, as aulas das 7h da manhã são coisa dos deuses, você tá perdendo". Ela faz localizada, spinning, jump não-sei-que-lá e alongamento. Pelo menos ela é gentil: "você que já tá com o corpo bom vai ficar maravilhosa!". Se eu tô com o corpo com tenho dó de quem tá com o corpo ruim.
Projeto esmagrecer

Segunda de manhã, depois de fazer cocô e antes de ir para a cadimia, me pesei. Ahá! Os dois quilos que eu havia engordado entre no Natal e o carnaval se foram.

Agora "só" faltam os outros cinco quilinhos que não me pertencem, mas também não querem largar meu corpinho. Podeixá que já tô cuidando deles. Boca fechadíssima.
Leeeeeeenda

Meu cabelo tá um luxo, lindo. Engraçado que está por cortar e por pintar, mas tá maravilhoso. Aliás, eu já tinha esquecido como é bonita a cor original das minhas madeixas, pena que há dois dedos de raízes brancas pra atrapalhar tudo. Pintarei em futuro próximo, cortar não sei.
O Orientador voltou

Na verdade eu sabia que ele chegaria no domingo, mas tava deixando o pobre descansar pra ligar. O próprio me ligou hoje. "Antigamente uma viagem ao exterior era tão chique, hoje em dia é um horror. A gente passa horas sentado no chão no aeroporto mendigando por um sanduíche podre. Me mandavam de um aeroporto para outro e eu só queria chegar em casa".

Não consigo imaginar OO nessa situação, logo ele, tão chique, tão fino, tão exigente, que faz questão de que tudo seja perfeito. Tadinho. Disse que vai passar dois dias trancado no quarto com a luz apagada, cortinas fechadas e ar condicionado ligado pra se refazer de tão traumática experiência. Quando ele estiver pronto para voltar ao mundo dos vivos na canícula de São Sebastião marcaremos um almoço.

Saudade de O Orientador.
Juro que eu tento

Mas o blogger anda dando pau direto, me sacaneando. Ou melhor, o blogger anda um caralho de asas: quando eu penso que peguei ele voa e foge.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Já sabem, né?

Melhor nem me olhar muito porque posso morder ou você pode ficar cego simplesmente com o brilho do meu ódio.
Adivinha?

MAU HUMOR, teu nome é Roberta.

domingo, 18 de março de 2007

Pérola do domingo

"Isso não é um homem, é um ebó de barba!"
Frase do dia

Já tinha ouvido um amigo meu repetir, inclusive pra mulher dele, que não acredita em fidelidade. Não tinha conseguido formar opinião a respeito, pois o tema não é questão para mim. Hoje ouvi uma amiga dizer uma frase que resume bem a coisa. "Não pratico, defendo ou incentivo fidelidade". Bom, pra mim continua valendo o "não se coloca como questão", mas que a frase da minha amiga é perfeita.... é.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Agenda lotada

Queridos leitores fiéis, estou com a agenda lotada por duas semanas. Chopes agora só em abril.
Quando a gente pensa que já viu de um tudo

Entra um Jesus armado e neuvoso na sua repartição. O mundo tá ficando estranho demais, tô meio de saco cheio, sabe?

quarta-feira, 14 de março de 2007

O vórtex está aberto

E vocês sabem o que acontece nessas ocasiões, né?
Pior

Meu episódio de sociabilidade exótica não solicitada, mas até bem-vinda, me jogou na cara que sou pisciana e sou româncita sim. Romântica e sonhadora, dizem. O mundo tá ficando tão estranho...
O mundo é muito estranho

E acabei de protagonizar um episódio pra lá de esquisito. Dessas coisas propiciadas pela contemporaneidade fragmentada, sabe?

Até agora não entendi bem o que aconteceu.
Boquete, quero dizer, enquete

Tô pensando em trocar o sistema de comentários pelo Haloscan aqui tb. Isso me irrita um pouco, pois sou apegada ao Yaccs. Sou uma mulher conservadora, sabe como é. Só que esse "arquivado" tá me irritando mais do que a idéia da mudança.

Aviso que não acho a interface do Haloscan amigável e não me dá vontade reponder os comentários - desde que troquei no HTP raramente respondo.

E vocês, diletos leitores, que acham?
Bichinho faz feliz

Estou agenciando uma ninhada de labralatas, há pretinhos e marronzinhos. São uns 10.

Para quem é gatófilo ofereço uma ninhada de garfieldzinhos - meia dúzia de bebês amarelos e a mamãe ruivona. Vou apurar quantos são meninos e quantos são meninas. Também estou com duas mocinhas tricolores deliciosas.

Tenho certeza que sua vida vai ser muito mais feliz com qualquer um deles.

Todos, gatinhos e cachorrinhos, são focinhos carentes e não estão vacinados. Posso providenciar o delivery na sua casa, mas não vou me responsabilizar pelos custos da vacina e da castração. O delinqüentezinho branco que baixou lá em casa, cheio de sarna, micoses, vermes, pulga e graxa na cabeça tá me levando à falência. Ele tem que ir uma vez por semana ao vet e toma banhos diários. Pois é.
Minhas leituras

Estou lendo "Amor Líquido", do Bauman. Pretendo emendar com o "Vidas Líquidas", recém lançado.

Quando eu li um livro do Bauman pela primeira vez achei um saco. O pessimismo dele me irritou e joguei o livro longe. Se não me engano era o "Globalização". Como eu tava lendo por obrigação tive que retomar. Na segunda vez eu tinha lido uma entrevista com ele e tinha gostado muito, me ajudou a digerir a neurastenia dele e me diverti horrores. Agora eu adoro o estilo pessimista, mau humorado, se pode dar errado vai dar dele.
Meu cabelo está lindo!

O safado sabe que tá chegando a hora de cortar, aí fica todo jeitoso, brilhoso, macio. E olha que tem entrado no mar mais de uma vez por semana.

terça-feira, 13 de março de 2007

Domingo

Acordei e fui tostar as celulites ao sol na companhia de Narinha. Foi uma tarde de preguiça gostosa largadas em nossas cadeiras de praia alugadas. Mar gelaaaaado e mexido, como sempre. Caipirinhas de maracujá e caju. Delícia.

Como sabiamente observou Nara, praia é uma coisa besta mas é bom, né?

Falamos das nossas vidas e das outros também que não somos santas. Observamos os gatinhos e as pessoas bizarras, comemos esfihas do mustafá, biscoito globo e bebemos mate podrão. Lembramos histórias bizarras. "Ih, quando você chegava chorando de manhã eu sabia que tinha dado merda". Porra, eu não chego mais chorando de manhã. Pior que não sei se parei de fazer merda ou acostumei e nem choro mais.

Entre as observações e conclusões sob o efeito do sol e da cachaça, reafirmamos nossa crença de que foda adiada é foda perdida e que, como caixão não tem gaveta o que se leva da vida é a vida que a gente leva.

Lembramos também como a frase de nosso amigo André mudou nossas vidas. Quando ele explicou o significado, o conceito, a noção "no momento é o que há" nossas vidas nunca mais foram as mesmas. Como disse Narinha o cara chega e te olha com aquela cara de "ah, mas você tem celulite, tem estria, tem barriguinha". Do alto da nossa sabedoria avisaremos "Meu filho, no momento é o que há, quem não quiser que vá pra casa tocar punheta sozinho. E digo mais, quem só vê cara às vezes perde um bom cu". São conceitos complementares, sabe? Pois é.

Já bem colocadas chegamos a conclusão que estamos quase ansiosas por ter 40 anos. Meu nêgo, se com 30 e alguns tamos assim, com 40 seremos uns azougues, os tchutchucos que se cuidem! Vamos estar no auge! Pois é, o projeto "Quarentona Toda Boa" tá com tudo, sou uma mulher de visão.

Ai, ai, ai. Era hora de comer. Não ficamos pra ver os hippies safados aplaudirem o sol, fomos comer uns breguetes de rosbife no bar Lagoa. É amigos, ver o azul do céu ir escurecendo em cima da Lagoa tomando nossos chopinhos gelados não foi mal. Foi um domingo praticamente perfeito. Deu um soninho...
Relatório de fim de semana

Sábado tinha marcado praia a partir das 11h com HV no Posto 9, ela levou Amigo Imaginário e Roberta. Também tinha marcado com o Leitor Pangaré a partir das 13h no Posto 10. Cheguei pouco antes das 15h e juntei todos. Mar gelado e gostoso. Quando eles foram embora às 17h encontrei Narinha.

À noite eu tinha uma festa. Todos sumiram, restamos eu e amiga Glorinha. O DJ da festa me ligou avisando pra eu não ir que era furada. É bom ter amigos sinceros, né? Eu queria ir na festa Phunk, mas Glorinha não quis.

Depois de tomar uma cerveja e comer um breguelete na Taberna do Juca fomos pro Democráticos. Lá o samba sempre é bom e sempre há gatinhos, mas confesso que considero programa de inverno. Faz um calor do capeta naquele lugar.

Fizemos amizade com uma colombiana e uma italiana simpáticas e malucas. A colombiana me perguntou "Onde estão os homens bonitos?". Rá, filha! E isso existe? Fui obrigada a avisar que lá é uma das melhores concentrações de tchutchucos que conheço. Tadinha, ela fez uma cara de decepção. Quando contou que antes do Brasil tavam na Itália eu quase caí na gargalhada. E achou que aqui ia encontrar oferta compatível? Rá!
Promoção do leitor fiel

Ontem conheci meu leitor André, que mora em Brasília. Marcamos na Taberna do Juca, meu escritório, e ele levou o irmão Bruno. Da Taberna fomos pra Sinuca da Lapa, fizemos uma parada na Pizzaria Guanabara e tagarelamos ao relento até às 4h da manhã. Trocávamos e-mails e confidencias há uns dois meses: já éramos amigos de infância. Foi um a noite divertida.

Segundo um outro leitor de Brasília, que se diz meu fã nº 3, minha política de atendimento ao leitor fiel com um chope na Lapa é bastante satisfatória. Leitores fiéis, é só me escrever e marcamos.
Tô na merda

Hoje acordei com a garganta arranhando. Quando levantei comecei a tossir. Durante o dia vieram os espirros, a dor no peito, no corpo, a dificuldade para respirar e a febre. Puta que pariu!

Como sempre pode piorar, vou ficar menstruada nos próximos dias.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Agenda de pista

Amanhã vou à praia e à noite tenho uma festa.
Mas sabem que estou ótema?

Pois é, a despeito disso tudo estou muito bem, obrigada. Estou com dor de cabeça e meu cotovelo direito tá doendo pra caralho, mas estou até feliz.
Sempre pode piorar...

Meu braço tá doendo pra caralho.
O estranho mundo do shopping center

Aproveitei que tava no shopping, pois não sou habitué, e resolvi comprar uma mochila para levar minhas tralhas para a academia. Não é a intenção, mas sei que de vez em quando vou ter que ir direto pra repartição e como pretendo levar o programa "Adeus sedentarismo" a sério, achei que era uma boa aquisição.

Escolhi uma que me pareceu menos feia, com poucas cores e bastente funcional. Já tava abrindo a bolsa pra tirar o cartão de crédito quando o vendedor idiota solta a pérola "é pro filhão?". Olhei pra cara dele e o palhaço ostentava um sorriso idiota.

Filhão? Filhão? Filhão? Filhão é o caralho, é a cabeça do meu pau, como diria o grosso do meu ex-marido, a chapeleta da minha piroca. Filhão deve ser como puta velha, chifrim e podre que te pariu te chama, seu merda. Sim, eu tenho idade pra ter um filho adolescente, mas se tivesse parido alguém não chamaria o pobre de "filhão". Poderia ser o moleque, o peste, o monstrinho, a crionça, o garoto ou, simplesmente, filho, mas "filhão" jamais!

Eu já não tinha ido muito com a cara do vendedor mesmo. Quando entrei na loja veio me atender um outro mais gatinho, mais alto, mais magro e mais simpático do que ele. O mala brotou do nada e disse que a vez era dele. Educado, o outro se retirou.

Babaca, perdeu a vez. Olhei bem pra cara dele e disse "Era pra mim, desisti de levar".

– Olha que com essa febre de shopping vai acabar rapidinho.
– Bom pra você.

Não comprei mais nada, tomei um café expresso pra me refazer e fui embora.
Vida difícil

Sabe aqueles dias que não começam bem e só pioram? Pois é, hoje foi um deles.

Eu tava tendo um sonho agradável e acordei com com o gatinho me arranhando. Na verdade o baby felino pulou em cima de mim e cravou as unhinhas finas de filhote nas minhas costas. Acordei no maior susto. Ele queria me acordar pra brincar.

Apesar de ter acordado mais cedo do que o planejado, consegui me atrasar. Saí de casa correndo e esqueci coisas que não deveria ter esquecido. O ônibus demorou e peguei engarrafamento. Cheguei no dentista com 30 minutos de atraso - só tinha horário pra remarcar a consulta pra daqui a uma semana.

Fui a um shopping próximo para trocar meus presentes. Só resta uma blusa que não consigo trocar. Na loja, não gostei de nada. Segui pra repartição, ônibus lotado e calor do caralho. Sujei minha blusa branca - odeio chegar no trabalho já com a roupa suja.

O resto do dia foi chato, arrastado, cansativo, aborrecido. À noite estava com os pés inchados e uma dor de cabeça do caralho. Procurei alguém pra tomar uma cerveja comigo e não havia companhia disponível. Em outros tempos teria ido sozinha, mas do jeito que ando com pouca sorte o chope ia estar quente ou aguado. Cá estou a blogar em plena sexta-feira.
Na repartição....

 
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Sabe uma coisa que eu odeio?

Quando atendo o telefone e ouço "É quem é que fala?". Porra, primeiro porque quem liga que deveria se identificar, segundo porque a idiota é supostamente jornalista, ou no mínimo portadora de diploma de graduação em Comunicação Social, emitido por uma IES. Devia ter vergonha de falar "é quem é que fala?". Pra finalizar, eu conheço a puta pessoalmente. É mal vestida e tá precisando de uma limpeza de pele.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Ao telefone com um amigo

– Vem aqui na repartição me visitar.
– Eu não, não quero que caia uma barata na minha cabeça.
A Orientadora

Sou eu mesma, prazer. Hoje aceitei ser orientadora da monografia de pós-graduação de uma amiga. É sobre a satisfação do carioca com a volta do carnaval de rua.

Escrevi para O Orientador pedindo a opinião dele, mas o saffado esetá dando pinta em Paris e não respondeu. Pedi conselhos a Pedro, que me mandou a real "pára de show, não tem como não aceitar". Então tá, né? Seja o que deus-que-não-existe quiser.
Minhas leituras

Já que vocês se interessam pelo que eu leio, hoje fui pro trabalho lendo o História das Ruas do Rio de Janeiro, do Brasil Gerson. Adoro esse livro, adoro me perder e me achar pelas páginas. O estilo, digamos assim, caótico da narrativa é uma delícia.

O livro não é meu, pertence ao meu amigo com queme eu ia tomar chope hoje, então levei pra entregar. Como não tava fazendo nada mesmo, fui lendo no caminho. Acho que já li o livro todo, mas nunca na ordem das páginas. Gosto de escolher uma rua e ir flanando, como quem se perde pela cidade.

Vicente diz que Bangu é o seu país, eu não tenho vínculos topofílicos com nenhum bairro em particular, amo todos. O Rio de Janeiro é o meu país. Como todo mundo sabe, eu amo cada pedra portuguesa do calçamento, cada camada de aterro, cada esquina, cada amendoeira, oiti e palmeira, cada morro coberto por favela e/ou cortado por túnel, adoro as praias e as enseadas, as avenidas, ruas e vielas. Tenho orgulho do casario antigo, da nossa história e da identidade cosmopolita carioca que remonta ao descobrimento. Sorrio quando vejo a quase centenária estação de Marechal Hermes ou sinto o balanço que o trem faz quando tá chegando na estação de São Cristóvão. Depois do Santa Bárbara, de cima do elevado sobre a Presidente Vargas, sempre viro o pescoço para a direita pra ver a Igreja da Candelária iluminada. Já de baixo pra cima, gosto de olhar o íngreme e sinuoso viaduto Cartola, rasgado perto de onde ficava o cemitério dos cachorros - sempre tem uma luzinha de moto subindo. Ah, é, gosto até dos cemitérios. Também passo tempo imaginando os morros que foram arrasados, principalmente o do Castelo. Reconstruo mentalmente a cidade colonial, a passagem à república, a construção da representação de cartão postal.

Adoro cada detalhe que faz da canícula de São Sebastião do Rio de Janeiro o melhor lugar do mundo. Cada dia sou mais feliz por ter nascido aqui.

Ah, que fique claro, meu país é a cidade do Rio de Janeiro, o resto do estado (e do mundo) quero mais que se exploda, desde que não caiam fragmentos aqui.

Hoje tava relendo a história da Rua Pinheiro Machado. Ele, o Pinheiro Machado, morreu esfaqueado pelas costas por um padeiro nas escadas do hotel onde morava. Morte besta.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Vibe bizarra

Ando numa vibe estranha e não é de hoje. Depois de uma ótima fase em outubro, quando todo fim de semana morria um tchutchuco na minha mão. Como dizia Ana Paula, eu tava pegando até papel na ventania.

Aí em novembro comecei uma vibe estranha. Teve a vibe gay - só bibas e lésbicas davam em cima de mim - e agora a vibe enjoadadinha ou assexuada. Quer dizer, tô é chata mesmo. De lá pra cá dei muito pouco beijo na boca. Não tenho ficado com ninguém porque ninguém me interessa. Ando esquisiiiita. Olho os brutos, os tchutchucos e sempre me parece que não vale o michê.

Narinha disse logo que era vodu - algum pretendente preterido tinha me lançado uma maldição. Aliás, tínhamos até um suspeito, mas como a maré já levou a oferenda há muito, não deve ter sido ele. Putz, já estive sob maldição algumas vezes e foi uma merda.

Eu achei que era falta de sorte ou inferno astral. Também chequei a pensar que tinha chegado no ponto ótimo da pista, quando prefiro dançar a beijar. Como não tenho saído pra dançar agora cheguei a conclusão que estou simplesmente esquisita.

Que cousa, hein?
O mundo é estranho

Andei chorando e pensando nesse samba por alguns dias. Tava descompensada. Andei chorando no trabalho, no ônibus, no banho. Trololó. Não eram chiliques ou crises de choro convulsivo, como é do meu feitio. Era um choro incontrolável, mas sereno, que escorria pelo meu rosto sem o menor constrangimento.

Hoje, apesar dos pesares, acordei feliz da vida. A despeito de todas as merdas, passei um dia óóótemo. Cagueie pra tudo e todos. Estou quase exultante. Não aconteceu nada de especial ou novo. Na verdade só deu merda, mas e daí? Não resolvi meus problemas ou mesmo apareceu uma perspectiva de solução. Tudo a mesma merda, ou como diria IS, um caralho de asas. Sabe o que houve? Mudei o olhar: lembrei do meu lema “a alternativa é a morte, então é melhor tratar de ser feliz”. Menino, estou ridículamente animada e blasé com o mundo.

Tá, eu confesso, tô tomando bolinhas da felicidade. Não é errado ser assim.

Tá, eu tô em TPM sim, e daí?
Tristeza

Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim
Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar
Dia difícil

Meu dia hoje não foi nada, nada bom. Cheguei na academia na hora marcada para a tal da avaliação física, mas o cretino do professor tinha "dado uma saída pra resolver problemas pessoais". E não podiam me ligar avisando não, né? Esperei 40 minutos até chegar outro profissional. Assim nossa relação não está começando bem. Ok. Corri de volta pra casa já quase atrasada pro trabalho. Tomei um dos banhos mais rápidos da minha vida, o que me aborrece, pois adoro tomar banho, e almocei um papelão meio sem sal. Quando tava saindo tive um piriri. Acho que papelão ensosso dá dor de barriga.

Cheguei não tão atrasada e, felizmente, os putos com quem eu tinha uma reunião tavam mais atrasados do que eu. Rá! A reunião durou a tarde toda e um dos caras não entendia o que eu queria. À minha reunião se seguiram duas outras, mas como nêgo já tinha se aboletado na minha mesa ficaram por lá mesmo e eu fiquei sem cafofo.

Quando acabou a reunião havia uma pilha de matérias de merda pra eu ler – nunca pensei que as pessoas escrevessem tão mal, menino, é um talento!

As pautas atrasaram atrasando o breguelete que eu tenho que fechar às 18h. Quando o breguelete ficou pronto havia mais modificações necessárias do que o habitual.

Eu ia tomar um chope com um amigo querido e divertido. Aturei as pentelhações do dia entoando o mantra “à noite vou tomar um chopex gelado, falar bobagens, rir e ser feliz”. Humpf. O chope aguou e fui pra casa.

Saí do trabalho tarde, justamente no dia da final da Taça Guanabara. Bingo! Passei em frente ao Maracanã no mesmo horário que estouravam os fogos, anunciando o início da partida e flamenguistas frenéticos e atrasados corriam no meio dos carros pra entrar no estádio.

O motorista da repartição resolveu bater papo pra passar o tempo. Resolveu me contar as maldades que fazia com os presos quando era policial. "Robertinha, eu era perverso". O mais leve era enfiar pedaços de plástico nos pés do presos e tocar fogo, pro plástico derreter e colar nos pés dos caras. Disse que teve um que ele maltratou tanto que o cara arrancou o vaso sanitário e tentou fugir pela tubulação. Ficou entalado. Como se arranhou e emerdalhou, os ferimentos infeccionaram e o cara morreu. Era exatamente o que eu precisava pra terminar bem meu dia.

Cheguei em casa uma hora e meia mais tarde do que o habitual. Não havia o que comer.
Eu confesso: sorvi um livro de coca light e quatro empadas de queijo, sem a menor culpa.

Acho que ainda têm umas três empadas, peraí, já volto. Eu mereço.
Sempre pode piorar

Hoje caiu uma barata do teto da repartição na cabeça de uma cálega de cafofo. Há um buraco no revestimento do teto bem em cima da mesa da pobre. Eu não estava lá, não foi no meu ixpidiente, mas quando cheguei fui rapidamente atualizada.

Sabe o que é pior do que trabalhar em um lugar onde as baratas caem na sua cabeça? É estar indo ao banheiro e encontrar com o faxineiro anão retardado no corredor. O puto te olha com uma cara de deboche e zoa "Cuidado, tá caindo barata aí, hein? Hehehehe..."

Me abstive de mandá-lo tomar no cu dele. É retardado. Uma vez eu tava chegando para o meu aprazível plantão de fim de semana, às 7h30 de um Sábado. Dei de cara com a assombração. Moça educada que sou, sempre faço questão de ser simpática com a choldra. Abri um sorriso e disse "Bom dia, chegou cedo!". Ouvi "Caramba, você já tá de bom humor uma hora dessas? Nunca tinha visto uma mulher rir de manhã, a lá de casa só acorda de cara feia". Ok, eu poderia ter respondido "Também né? Acordar e dar de cara contigo....", mas me calei, afinal a bruta casou porque quis.
Relatório da semana - parciais

A médica não me deu antidepressivo. Pior que a vaca é minha amiga e nos conhecemos há mais de 10 anos. Foda quando não se pode contar nem com os amigos pra se drogar.

Avisei "vou tomar com ou sem sua ajuda, se você não me prescrever eu vou comprar no mercado negro e tomar quanto achar que devo. Melhor você receitar". Ela me mandou descer do queijo. Tomá no cu, o queijo é meu, porra.

Fiz matrícula na academia ontem e hoje fiz a avaliação física. Marquei de começar na terça. Antes preciso comprar tênis e trajes adequados, logo não vou comprar vestido novo.

Amanhã vou trocar meus presentes.
Cá estou

Toca o telefone na repartição "Menina, o que houve que você sumiu do blog?".
Era minha amiga IS, me chamando às responsabilidades. Obedeci.

domingo, 4 de março de 2007

Dor de estômago do caralho

Esse negócio de ficar sóbria, não beber refrigerante, nem comer podreira não faz bem à saúde.
Planos para a semana

Amanhã vou ao médico pedir um antidepressivo. Terça vou fazer matrícula na academia. Quarta vou trocar meu presentes. Quinta não sei, talvez compre um vestido novo. Sexta vou ao dentista.

Quero botar a vida em dia.
Tá, eu confesso

Tô dando o cu na rifa por uma coca light gelada nesse momento - não adianta me aparecerem com uma coca light amanhã, queria agora.
Projeto Esmagrecer

Esse fim de semana só tomei 10 latinhas de cerveja e duas de coca light. Vamos ver se desincho um pouco. Mas que a vida sóbria é sem graaaaaaaça.... isso é.
Pérolas de Vicente

Roberta, teus amigos são péssimos. Eles conseguem ser piores do que você!
Domingo feliz

Acordei com preguiça e sem pressa. Tava um dia lindo, embora nem tão quente. Fui pra praia sozinha, pois todo mundo tinha algum churrasco pra ir.

A praia tava quase perfeita. Não muito cheia, brisa agradável, mar calmo e cristalino. O único porém é que a água conseguia estar mais gelada do que ontem. Cagalhos!

Fiquei tostando até às 5h, não tive paciência pra esperar o pôr-do-sol. Almocei sozinha e fui pra casa. Cá estou há horas.

Até pensei em ir a um sambinha, mas a preguiça falou mais alto.

Felizmente há vida no MSN.
Diálogos

– Cara, não tem nada que se beije nessa festa, né?
– Ah, sempre tem alguma coisa que se aproveite!
– É? me aponta um.
– Peraí, deixa eu ver...

Minha amiga otimista olhou em volta, olhou do outro lado do bar, olhou perto do banheiro, na pista, olhou de novo.... "É, não tem nada que se beije aqui".
Festa estranha com gente esquisita

À noite nos encontramos na casa da Quéli. Ela e Krako são muito amigas. DEpois de umas cervejotas e uns picaditos, rumamos pra festa. Rá! Da próxima vez não posso deixar Krako escolher o programa!

A festa tinha tudo pra ser ótima: o lugar era super agradável, a aniversariante querida, a festa cheia de amigos queridos e o DJ era outro amigo queridíssimo. Só que não rolou. Como a cerveja tava quente, não tinha homem que se beijasse e a música não animava...fomos embora às 3h. Há muito não dormia tão cedo num sábado.

Uma lástima, eu tava doida pra me divertir.
Minha amiga Krako

Menina Krako fez faculdade comigo. Na verdade ela fez Uerj também, mas entrou dois anos depois. Fomos estagiárias em um jornal na mesma época também. Depois que se formou, ela foi trabalhar em SP. Três anos depois foi pra Brasília e tá lá até hoje. Ela reclama, diz que BSB é uma roça - embora diga também que o Rio é um balneário - mas não larga o osso.

A moça já não é mais carioca. Além de falar com um sotaque apaulistado (segundo ela, em Brasília digam que ela tem muuuuito sotaque carioca), reclamou que tava muito quente na praia - tava até fresquinho. Confessou que cogitou trazer botas para ir à festa. Bota em março? Nêga, aqui a gente usa bota em julho e agosto e mesmo assim é estravagância.

Uma lástima Krako ter se bandeado pra roça, ela é uma ótima companheira de pista e tão debochada quanto eu. Combinamos viajar juntas na Semana Santa.
Sábado

Amiga Krako chegou no Rio no fim da manhã e me ligou. Praia? Claro! Como a preguiça é muita e ela já desacostumou do calor carioca, marcamos às 15h no Posto 9.

Aproveitei pra ter uma manhã de mulherzinha e melhorar a auto-estima. Fiquei fazendo tratamentos de beleza em casa.

Cheguei na praia às 16h, Krako e sua viseira já estavam lá. Mais tarde Pedro foi nos encontrar. Claro que Pedro e Krako se adoraram. Pedi uma caipirinha "quero ficar colocada". Pedro disse que eu ia acabar era encaixada.

Da praia fomos almoçar. Depois nosso animado grupo se separou.
Relatório de fim de semana: locomotiva meia bomba

Olha queridos, bem que eu tentei, mas meu fim de semana foi meio caído. Ri muito, mas as coisas não saíram como planejado.

Sexta eu tava num mega-ultra mau humor. Daqueles portentosos, exuberantes, inoxidáveis, resplandecentes, sabe? Pois é. Vários amigos me chamaram pra várias coisas diferentes, sendo que alguns convites incluiam até beijo na boca, mas eu não tava pra nada. Saí da repartição, depois de passar o dia odiando o mundo, e fui pra casa. Na verdade nem pra casa fui, ainda dei umas voltas no quarteirão antes de entrar pra não chegar já xingando. Como desgraça pouca é bobagem, tive uns aborrecimentozinhos extras no fim da noite. Como pra corno todo castigo é pouco, tive insônia. Peguei no sono com o dia clareando e os passarinhos cantando. Acordei às 9h30. Fritei na cama até às 10h30 e levantei.
Por que me ufano de Nara Franco

Claro que já contei essa história em todas as mesas de bar onde sentei depois. No último "Chope das Meninas" contei pro trio Nara-Camila-Fernanda.

– Por que ele não comprou um vibrador?
– É, um desodorante rollon é tão pequenininho!
– Ah, gente, mas é grossinho!
– Será que ele usa esse desodorante depois?

Todas comentávamos, quando Nara fez cara de revoltada e exclamou "Ah, essas coisas não acontecem comigo!". Todas olhamos pensando "Ué, tu quer enfiar um rollon no cu de um soldadinho?".

– Ah, mas se o malandro me pede pra meter um desodorante no rabo dele eu digo "não benhê, vamos ali na farmácia primeiro que eu quero comprar um negocinho pra você". Comprava um Neutrox praia 500g, aquele rosa da tampa azul, e mandava no cu do bruto pra ver se ele era macho mermo - enquanto dizia, ela simulava com as mãos o calibre o Neutrox Praia 500g.

Certas coisas só Nara faz por você.
O mundo é realmente muito estranho

Outro dia tava num aniversário em um bar. Mesa grande que foi esvaziando, como sempre fiquei entre os últimos que nunca vão embora. Claro, não demorou pra conversa descambar para a sacanagem. Mas, surpresa das surpresas, havia na mesa uma moça com histórias mais bizarras do que as minhas.

Entrei no papo meio pela metade, não entendi muito bem a história de uma cálega de repartição dela que tava pagando um boquete na porta do trabalho. Sei que teve polícia e o casal acabou no motel, mas não peguei os detalhes sórdidos.

Agora, ouvi do começo e nunca mais vou esquecer uma outra história, de uma amiga ou conhecida dela de priscas eras. Parece que a moça tinha um namorado evangélico, mas como não comungavam da mesma fé. Sempre que o rapaz ia para igreja ela aproveitava a oportunidade para, digamos assim, pegar geral. Dizem que deus não dá asa à cobra, mas eis que a moça tinha uma predileção por fardas e morava perto da Vila Militar, veja só!

Deu-se que, domingo desses, o namorado foi ao templo orar com a mãe. Ela pegou um soldadinho portentoso e foi dar uns amassos dentro de um Chevette (?!) numa rua deserta da vizinhança. A moça contou maravilhas-de-leite-moça do soldadinho. Disse que o bruto já começou rasgando a calça dela da gang, daquelas embaladas à vácuo. Vamos respeitar. O bruto que tentou rasgar meu sutiã não logrou êxito, o soldadinho rasgou uma calça jeans! O que é a energia da juventude, hein?

Fato é que moça se deu bem e esmerilhou. Narrou peripécias sensacionais no banco do Chevette. Viravam pra um lado, viravam para o outro, de frente, por trás, de cabeça pra baixo. Uhu, e viva as forças armadas!

No final, já exauridos, o rapaz perguntou se ela tinha gostado mesmo. "Siiiiim!". Então o bruto, singelamente, perguntou se já que tinham se dado tão bem ela faria uma coisa pra ele. A garotona já achando, uau, ele ainda quer mais!

Sem mais aquela, o malandro saca um desodorante roll on (é assim que se escreve?)da mochila do exército e pede que ela lhe enfie o artefato no cu. É amigos, um frasco de desodorante roll on. Se ainda fosse um aerosol que é mais parrudinho, né?

Bom, quem tá na chuva é para se molhar e a bruta não titubeou: meteu-lhe o desodorante no rabo e deixou o moço felicíssimo. Como bizarice pouca é bobagem e a calça da gang tava inutilizada, ela vestiu o short de educação física dele pra entrar em casa. Ao vê-la passar na sala a mãe perguntou "Minha filha, você não tinha saído de calça?". Quem acabou de comer o cu de soldadinho com um Rexona Cotton não perde o rebolado assim, né? "Que calça, mãe, tá doida? Com um calor desses?".

Sou fã dessa moça aí. A única que se compara a ela é a minha amiga que fez o lixeiro dentro da cabine do caminhão (de lixo, é claro), estacionado no lixão. Minhas ídalas.
Verdades inabaláveis

O mundo é estranho e homem é tudo palhaço.
Ah, é porquê é coisa que não existe.

sábado, 3 de março de 2007

Ah, antes que eu me esqueça!

O mundo é estranho e homem é tudo palhaço. Anote na agenda pra nunca esquecer.
Agenda de pista

Amiga Krako, jornalista extraviada e auto-exilada em Brasília, está no Rio esse fim de semana. Combinamos tostar as celulites na praia à tarde e temos uma festa à noite. Oba, sempre me divirto com Krako. O ano novo foi impagável!

Bom, na verdade ela que me chamou pra festade amanhã, embora seja de amigos em comum, são pessoas com quem não tenho muito contato. Só espero que não seja que nem a "Festa Boa" que ela me levou em Brasília e eu tomei tecos de bala 7 Belo na testa. Cara, mais de uma semana antes de eu viajar ela já tinha avisado que ia ter uma "Festa Boa" justamente no sábado que eu ia estar lá. Lembro que ela ficou zoando que, como não acontece nada em Brasília, só se falava na tal festa. "Parece até que o circo chegou na cidade do interior". A festa tava um circo mesmo.

Tudo bem de qualquer jeito. Hoje à tarde recebi outro e-mail me convocando pra mesma festa. Era Paulinho, meu negão gostoso. Se estiver ruim a gente faz a festa.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Bloguda

Outro dia alguém comentou aqui que adora quando eu blogo como se não houvesse amanhã. Hoje é um desses dias. Ah, há amanhã e um amanhã muito mais alegre - tenho uma festa! Mas estou bloguda assim mesmo. Blogar me acalma. Eu sempre blogo muito em momentos de crise. Além do que, prometi a O Orientador - ou apanharia - que vou produzir muito, escrever horrores. Jamais decepcionaria meu orientador.

Hoje não foi um bom dia, péssimo humor e más notícias chegando por e-mail, por telefone, por mensagens telepáticas, um horror. O desgraçado do homem da assistência técnica não apareceu pra consertar a máquina de lavar de novo. Vocês tão manjando que eu tô apelando para propostas estéticas alternativas, mas daqui a pouco não vai ter jeito. Como o clima na canícula de São Sebastião do Rio de Janeiro não é propício ao uso de blusas de mangas compridas - única opção restante -, serei obrigada a lavar a roupa no tanque.

Tudo bem, agora à noite recebi uma ligação com mais uma porra duma notícia pra me fuder a cabeça, mas tudo bem. Fiquei matutando os acontecimentos, vi a pilha de roupa suja atrás da porta do meu quarto (o cesto adequado já explodiu) e lembrei do que meu ex sempre me dizia pra me acalmar em momentos de crise. "Não esquenta que quando tá muito ruim é porque já tá perto de melhorar". Desencanei, daqui a pouco melhora. Ele é um homem de bom senso, namorou comigo quase quatro anos!
Pérolas de IS

Minha amiga IS tem a minha idade. Quer dizer, na verdade ela vai completar 36 aninhos de pura travessura em maio. Taurina prática, ela é ótima companheira de pista. Tem um radar sensacional. Tá lá a gente dançando e ela avisa "aquele gatinho ali tá te olhando, vai vir falar com você". Na maioria das vezes eu nem tinha reparado no tchutchuco, mas sempre é bingo. Entre os talentos de IS, além do radar pra vibe de pegação, estão suas explicações para coisas cotidianas como o caralho de asas.

Outro dia estávamos falando de brincos. Ela disse que eu tenho um visual clean. Realmente eu estou sempre com adereços, mas se boto um brinco grande nada de colar ou pulseira. Se o colar chama atenção, vou usar brincos discretos. Ela ostenta brincões enoormes. "É que brincão é coisa de adolescente. Te remoça uns 15 anos". Acho que vou comprar uns brincões pra mim.

Noutra ocasião eu comentei que detesto sutiãs com costura no bojo, além de marcar na blusa, freqüentemente dividem o peito.

– Ih, que nada eu gosto. Uso desses.
– Gosta? Ah, não. A gente fica com bipeito!
– Mas os homens ficam doidos com esse tipo de sutiã.
– Os homens gostam de peitos dividos?!
– Eles ficam hipnotizados, não conseguem tirar o olho achando que vai aparecer um pedaço do mamilo a qualquer momento. Gatinha, eu não tenho mais o frescor da juventude, tenho que usar de artifícios....

Ai, ai, ai. Sei não, mas acho que lá vou eu comprar uns sutiãs com costura e sair por aí de peitos divididos.
Manual de leitura
ou Eu odeio o Novo Blogger

Bom, esse caralho de asas* desse Novo Blogger não permite a publicação dos posts em ordem cronológica inversa. Automaticamente ele bota a merda toda em ordem cronológica.

Portanto, meus queridos leitores, para entender a josta da história, vocês devem rolar a página para baixo até aparecer a data anterior e ir lendo de baixo para cima. O primeiro post que eu fiz é o último do dia de hoje.



* Obviamente em nível de moça diplomada na grossila, eu já conhecia a pérola "caralho de asas", mas não tinha o hábito de usar. Aprendi a empregar corretamente a expressão com minha amiga IS. Sempre que acontece alguma merda ela exclama "Mas que caralho de asas!".

Outro dia ela me explicou que não pode haver nada pior no mundo do que um caralho com asas. "Já pensou, o caralho tá la´, liiiindo, você vai pegar e ele voa! Aí pousa ali, você corre pensando que vai pegar e ele voa de novo!"

IS é um poço de sabedoria quase do quilate de Narinha.
O estranho mundo dos orientadores

Pouco depois de saber do episódio da praia, eu tava em uma festa conversando com uma amiga do meu ex que também fazia mestrado - a amiga, não o ex. Eu tava meio bêbada e não lembro bem o assunto nem como surgiu, sei que ela falou que tava com problemas por causa do orientador que tinha arrumado e desandou a descascar o bruto.

"Ai, eu sou feliz, eu amo meu orientador. Ele é maravilhoso", retruquei. Ela me olhou com expressão de pesar e sentenciou "vc é a primeira que eu vejo dizer isso". Nossa, a consternação dela era tão visível que não vou me surpreender se qualquer hora ela lançar um blog chamado "OTC – Orientador é Tudo Palhaço".
Toda a verdade sobre O Orientador

O Orientador, personagem popular nesse blog, é realmente o meu orientador, ele me orienta. João foi meu orientador na graduação, me ajudou a preparar o projeto pra entrar no mestrado e orientou minha dissertação. Na verdade ele cuidou de mim ao longo do mestrado, ouviu minhas crises, me apoiou, me ajudou a achar meu caminho, me deu bronca, riu comigo, ficou orgulhoso do meu crescimento.

Ao longo do mestrado ele se tornou muuuuito mais que meu orientador acadêmico: ele é meu orientador para a vida e um grande amigo. Como eu disse pra ele na noite de ano novo retrasado "fiquei um tempão longe de você, mas agora que te reencontrei não largo mais".

Na bronca que ele me deu na quarta João me perguntou se eu tinha noção de como sou privilegiada. Sim, eu tenho, tive você como meu orientador.
No Aurélio

Orientador
(ô) [De orientar + -dor.]
Adjetivo.
1.Que dirige, orienta; dirigente, diretor.
A repercussão

Na primeira vez que encontrei O Orientador depois de saber contei. Ele a-d-o-r-o-u ser elenco de apoio do blog e ajudar a cunhar gírias de adolescentes ipanemenses.

Como nós sempre lembramos, é na vivência do cotidiano, nas ruas, nas interações dos atores sociais que se forjam e atualizam as representações...
O mundo é estranho

E já que O Orientador tá na roda... tô pra contar essa há mais de um ano, já tava até escrita pela metade, mas sempre esquecia. Vamos lá.

Cena 1
Praia de Ipanema. Grupo de jovens conversa animadamente. Rapaz bonito se aproxima. Uma delas percebe e avisa animada "lá vem meu orientador".

– Como assim, cara?
– Meu orientador, oras. A Roberta não tem um orientador? Então, fulano é meeeeu orientador.
– Tu é burra cara? Tu não sabe o que é um orientador?
– Claro que sei, ele é meu orientador!
– Cara, tu é muito burra!

Aconteceu já há algum tempo, eu ainda fazia mestrado e falava sempre em O Orientador. A moça achava quando eu falava em O Orientador eu tava falando de algum peguete ou cara que eu era a fim, tipo assim, um bruto que me orientava, sabe?

Cena 2
Almoço em família. Uma das moça da Cena 1 conversa com a mãe e a irmã mais velha. "Pô, a fulana é muito burra, cara. Acredita que ela não sabe o que é um orientador?", contou no dialeto típico das adolescentes. Depois de relatar o episódio da praia ela acrescenta que não explicou pra amiga o que era um orientador pois "ela é muito burra, cara".

A irmã mais velha é blogueira e minha amiga, e a história bateu nos meus ouvidos.
Tava pra contar há um tempão, mas sempre esquecia.
Falar em O Orientador...

O safado foi dar pinta em Paris, vai ficar fora 15 dias. Ufa! Num momento de monguice anotei na agenda que ele só voltava em 18 de abril. Como eu ia viver um mês e meio sem meu Orientador? Eu ia ficar desorientada! Ainda bem que dia 18 de março ele volta, acho que eu sobrevivo. Pedro vai cuidar de mim.

Ah, ele disse que vai trazer meu presente de aniversário de lá. Ano passado ele foi dar pinta em Madri e me trouxe um par de brincões lindos. São bolotas de porcelana azul, com detalhes dourados. São lindos, mas eu não agüento o dia todo com elas na orelha: pode rasgar. Ele disse que lembrou de mim assim que viu, pois eu sou cheia de detalhes, estou sempre com bijuterias, com colares, com coisas diferentes.
Gorda safada

Tô uma vaca gorda, uma bolota carioca, como diz um pretendente interestadual meu. Pois é. Hoje indo para o trabalho passei pela fatídica esquina onde dá ixpidiente o desgraçado do camelô que me chamou de mulherão. Tava lá o palhaço "Olha o chumbinho mata e seca o rato, olha a pilha, olha o superbondi". Tá diversificando os negócios, hein? Eu tava com uma calça gelo e uma camiseta preta. Ele me deu lançou um olhar lascivo, mas não falou nada. Ai, dele, no mau humor que ando nos últimos dias teria enfiado-lhe a mercadoria goela abaixo. Acho que ele só molesta mulheres de vestido.

Quarta, na segunda chamada do meu chope de aniversário, fui com meu bendito vestido azul turquesa, aquele que arrebentou a alça e o mesmo que eu tava no dia que o ambulante me lançou o tão infeliz elogio. Realmente a cor do vestido me cai bem, mas ele me engorda mais do que já estou gorda. No bar todos disseram que eu tava bem de azul. O Orientador disse que eu devia usar o vestido mais vezes.

– Nossa, mas você tá bem de azul, esse decote te ficou ótimo.
– É, esse tipo de decote me favorete...eu chamo de decote "peitos na bandeja".
– É fica com uns peitões.
– Sim, eu tenho vários vestidos com esse decote.

Bom, na verdade estou com peitões porque tô gorda mesmo. Hoje vi Clarisse enviou as fotos do evento. Tô gorda pra caralho.
Hoje é sexta-feira!

Como diz um filósofo e faxineiro conhecido da Nara, sexta-feira é dia de Skol na mão e calcinha no chão. Nara conta que ele ainda faz uma mímica da skol na mão e a calcinha no chão.

Reproduzi a pérola hoje para Vicente ao telefone quando ele me perguntou qual a boa de hoje. Ele se escangalhou de rir. "Caraca, Romário e Nelson Rodrigues não diriam algo tão foda", Vic se obnubilou da frase não ser da lavra de um dos dois maiores frasistas que ele já teve notícia.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Homem é tudo palhaço

Tô eu lá dando piti e tomando esporro no tel com Vicente, quando num momento de descontração, comentamos o fracasso de uma empreitada ludo-sexual, quase romântica, dele. Vicente não logrou êxito, e o pior é que ele queria muito, era super a fim da moça.

– Cara, tu mandou mal, mandou uma cantada cafajeste. Tu foi cafa.
– É? Discordo, mas sei lá.

Quando eu expliquei que sim, ele mandou mal, sim, ele foi cafajeste vocês acham que ele ficou chateado? Nananinãonão. Ficou orgulhoso! Disse que vai fazer uma camisa "Cafa", tá todo bobo de ser cafa emérito.

Não digo que é tudo palhaço, até os fofos?
Vicente, vem dar o cu pra gente

Menino Nescauzinho acaba de me dar um esporro por telefone. Um corretivo, digamos assim. Tá, eu que liguei pra ele e até mereci, mas vem cá, todo mundo resolveu tirar meu dia de mau humor pra me dar bronca? Caralhos!

Ele me chamou de mulherzinha intragável. Nunca neguei. Agora, marrenta não. Não sei porque dizem que ele sou marrenta, sou apenas sincera.

Não estou num bom dia. Aliás, não estou numa boa fase. Tudo bem, sou feliz por ter Vicente como meu melhor amigo, não estou reclamando, mas sei lá.
Mau humor, teu nome é Roberta

Ontem tive um dia pééééeéssimo. Mal humorada ao extremo, daquelas crises que fico insuportável - nem eu tava me aturando.

Hoje, além do mau humor, estou com uma dor de cabeça do caralho. Pois é, aconselho nem me olharem muito, meu mau humor tá exuberante, resplandecente e pode cegar vocês.

Caralhos, tá foda.
Inventário de presentes

Ontem ganhei mais dois livros e duas caixinhas de Betty Boop. Continuo recebendo mimos e uma amiga pediu meu endereço pra enviar meu presente pra minha casa. Viu, você também ainda tem tempo de comprar o seu, não vou ficar chateada com o atraso. :P

Amiga Clarisse me deu um livro. Disse pra eu podia me gabar no blog que ganhei um livro sobre blogs que ainda nem foi lançado. Sim, eu ganhei um livro sobre blogs que aindanão está à venda nas livrarias, viu? Só não precisamos explicitar que o livro é da editora onde ela trabalha e a safada nem sequer comprou pra me dar. Pelo menos tem o nome dela nos créditos, acho que vou pedir um autógrafo.
Juliana

Minha amiga Ju também estava ótima e linda ontem. Ela tinha pedido demissão do trabalho. Encheu o saco, ardeu, cansou. Pediu demissão sem ter outro emprego pra se dedicar exclusivamente à vida acadêmica. Ai, ai, ai. Orgulho de Ju.
Dos tchutchucos

Gente, tchutchuco para mim é uma expressão elogiosa. Quando eu digo que alguém tá tchutchuco estou dizendo que ele é fofo, bonito, gostosinho, pegável, beijável. Quando eu digo "Noooossa, ele é um tchutchuquinho" equivale ao antigo "gatinho".

Já mais de uma vez chamei rapazes do meu convívio e pretendentes de "tchutchuco" e os palhacinhos não gostaram. Tem um pândego, por exemplo, que me chama de "rainha das gatas". Qual seria a resposta plausível? Rei dos tchutchuco, é claro.
Pedro

Meu Pedro estava tão lindo, mais lindo do que costuma ser. Ele mudou o cabelo, emagreceu e tá fortinho. Também largou daquelas camisas de botão em tons de bege. Ele chegou todo carinhoso e me abraçou, pedindo desculpas por não ter ido no dia do meu anviersário. Ô meu doce, entre amigos não há espaço para cobranças.

Amiga Glorinha sentou na nossa frente. Ela também ama Pedro e quer dividi-lo comigo. Em um certo momento estávamos as duas elogiando Pedro e eu falei "Ai, Pedro, você tá tão tchutchuco, quando é que você vai me comer?". Ele fez a mesma cara de quem tava ouvindo um absurdo meio repugnante. Glorinha "ai, eu nem tenho essa ilusão, só quero agenciar ele". Safada!
Os diletos de O Orientador

Ontem estávamos os três diletos de O Orientador na mesa: eu, Pedro e Juliana. Ainda bem que não sou ciumenta, se fosse teria tido crises ao terminar o mestrado, pois agora Ju ocupa sozinha o cargo de orientanda favorita. Mas ontem João disse que eu fui uma orientanda exemplar, irretocável e que ele nem precisa ter outra na vida. Rá!
O Orientador

Ai, que bom que, além de alguns dos melhores amigos que alguém pode ter, eu tenho O Orientador em minha vida. Sou desorientada, sabe? Ele cuida de mim. Me dá correitvos e broncas elogiosas.

Foi tão bom, tava com tanta saudade de O Orientador. Eu andava meio chocha, agora estou ótima. Ele sempre me diz de maneira convicente como eu sou linda e inteligente.

Amiga Glorinha tá com inveja, disse que vai fazer mestrado só pra ser orientanda dele também.
Pérola de O Orientador

Depois de rir da história, concluí que era melhor ele não ameaçar mais a integridade física das orientandas dele, ainda que a ameaça seja uma metáfora. "Pois é, agora só vou falar sacanagens carinhosas, da próxima vez eu ameaço lamber a xoxota".

Bom, não sei se é boa política, vai que o taxista é moralista e não gosta, né? No mínimo ele vai dizer "se vocês quiserem deixou vocês num motel, mas sacanagem no meu carro não!".
O mundo é estranho

Ontem na saída do bar eu e O Orientador pegamos o mesmo carro de praça. No caminho ele veio reforçando a bronca que começou a me dar no bar. Me esculhambava, perguntava o que que eu queria, dizia que só me dando na cara, que ia ter que me dar cara, que ia me encher de porrada, que eu merecia apanhar. Tá, claro que ele não ia me bater, que era "jeito de falar" e na verdade era um esporro elogioso, pois isso tudo era pra dizer que eu escrevo bem, sou inteligente e estou me desperdiçando. Me mandou fazer terapia e tudo.

Só que ele se animou ou tava puto mesmo com a minha apatia e levantou a voz. Tá, ele tinha tomado duas ou três caipirinhas e uns muitos chopes. Quem não nos conhecesse acharia que ele ia me bater mesmo. Enquanto ele falava eu comecei a rir, justamente por imaginra que o motorista do táxi tava achando que ele realmente ia me bater. Acho que foi pior, pois o taxista deve ter pensado "essa safada gosta de apanhar".

Encerramos a discussão quando ele disse "Então, o que você vai fazer?" e eu respondi "Vou estudar pra entrar para o doutorado, vou escrever o livro do HTP e vou produzir, escrever muito e publicar". Aí ele abriu um sorriso, me chamou de linda, reafirmou que sou queridíssima e segurou minha mão.

Ok.

Hoje acordei e lembrei da cena, fiquei rindo sozinha. Eis que toca meu celular e é O Orientador. "Roberta Carvalho, você não sabe o que me aconteceu ontem depois que te deixei".

Parece que quando desceu do carro, OO bateu a porta. Ou não, mas o motorista já tava puto com ele. O cara saiu do carro dizendo que ia bater nele, gritando, dizendo que, se ele tivesse estragado a porta ele ia voltar lá e dar porrada nele. O homem tava possesso e queria bater em O Orientador. Por sorte, o segurança da rua viu e chegou perto. Ficou naquela pose de segurança segurando a pochete onde guarda a arma. O taxista louco foi embora. O Orientador acha que se o moço da segurança não tivesse chegado ele teria tomado um murro na cara.
Tô bêêêbada!

Acabei de chegar da segunda chamada do meu chope de aniversário. Foram Glorinha, Vera, Pedro, Clarisse&Val, Ana Paula D, Danny e O Orientador.

Amanhã dou os detalhes sórdidos, mas adianto que tomei um esporro de OO....