quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Maresia

Ah, se eu fosse marinheiro...
Hoje eu vou mudar, vasculhar minhas gavetas...

Lembram dessa música? Nem eu. Mas a secretária freak da minha ex-repartição vivia cantando daí aprendi. Menino, rapaz, vasculhei as gavetas e mudei. Tu nem sabe, mas mudei tanto, tantas coisas.... A pilha de tranqueira que joguei fora inclui de um tudo, desde alguns apegos, alguns orgulhos, uns penduricalhos desnecessários e pesados pra se carregar pela vida, até gente chata, gente com energia negativa, gente que não me acrescenta nada, gente que me coloca pra baixo, gente cafona, gente egoísta.... eita, tem todo tipo de gente que cortei do meu convívio. Uma faxina energética e tanto.
Dos meus talentos
Ou Eu e minha boca grande

Como comentei outro dia, tenho talento sensacional para dar gafes. Se percebo uma oportunidade, pimba! Agarro a bruta e solto a gafe. É mais forte que eu, acontece. Deve ser da minha "natureza", seja lá o que isso for. Outro dos meus talentos é não conseguir ficar com a boca fechada, o que também é uma espécie de gafe, mas envolve mais situações. Se tiver uma coisa quenão deve ser dita, algo que eu devia ficar quieta. Pimba! Lá vou eu matraquear e dar com a língua nos dentes. Sim, sou bocuda.
Da série coisas que eu odeio

Odeio gente patrulhadora e controladora. Eu não fumo, ms sou a favor do tabagismo. Ou melhor, sou a favor de que quem quiser fumar tenha seu direito assegurado. Odeio gente que se orgulha de não fumar e brada isso, constrangendo quem não fuma. Querido, pegue seu anti-tabagismo e enfie no seu cu.

Sabe uma coisa que odeio mais ainda? Gente que acha que seu umbiguinho é o endereço do post. Ei, larga de ser convencido, não tô falando de vc, babaca.
Das utilidades de se ter um saco de papel sempre à mão

Quando vc ficar com vergonha alheia pode fazer dois furos para os olhos e enfiar o saco na cabeça. Se encontrar alguém com quem não quer falar... idem.

Vou ao Saara comprar um pacote de sacos de papel para ter sempre um na bolsa.
Chata

Aliás, ando tão chata que tô sem paciência pra quase nada. Tenho achado todo mundo tão chato, tão burro, tão raso, tão fraco que a vida ficou duuuuura. Essa gente me vem com esse papinho cafona, com essas historinhas bobas, com essa vertigem de pouca altura, com essa visão de mundo homologada pelo senso comum... ai, que cansaço. E esses questionamentos auto-centrados de foder a paciêcia de qualquer cristão, quiçá de um ateu? Ai, meus sais.

Aí, quebra meu galho aí e me esquece, vai?

Sim, sou chata sim, e daí? Não se paga imposto por isso.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Que merda, que merda

Escrevo bebendo chá gelado. Uma merda. Tem cor de mijo e gosto de... chá gelado. Que merda, meu amigo. Num delírio non sense resolvi reduzir a coca zero e light. Tive a idéia imbecil de colocar outras bebidas não-alcoolicas na geladeira pra não cair na tentação de descer de pijama pra comprar meu líquido negro. Puta que pariu. Quem foi o idiota que inventou essa porra de que refrigerante demais faz mal, hein? Faz mal é ser infeliz.

Pelo menos tenho cerveja gelada, de vários tipos e marcas. Peraí que vou na geladeira e já volto.
A grande virada

Decidi tentar o doutorado em História e não mais em Comunicação. O projeto vai ser o mesmo, talvez role uma enquadrada no recorte e pronto. Claro que há vantagens e desvantagens nessa mudança de rumo. Tentar em uma área que não é minha sempre vai ser mais complicado, sempre vou ter que provar que, apesar de ter formação em Comunicação, dou no couro, sempre vou ter que ralar mais que o resto da putada pra dar no couro... mas e daí? Quem foi que te disse que era fácil? Se vc acreditou, azar o seu, te enganaram. O pior que pode acontecer é eu não passar. Daí ano que vem tento de novo em Comunicação. Como dizem por aí, quem não arrisca não petisca e seleção pra doutorado é que nem carnaval, todo ano tem. ;)

O Orientador super-apoiou e achou lindo. Rá!
Preciso de samba

Em setembro vou participar do Congresso Internacional de Estudos das Américas, que será realizado na Uerj. Meu grupelho tá com a mesa coordenada "Comunicação, Cultura e Cidade", onde vou apresentar o trabalho "Comunicação e topofilia na cadência do Trem do Samba". Acho que vai ser uma delícia. Tinha tempo que eu não produzia um artigo, foi meio no susto. O Orientador ligou "Vc quer participar do Congresso? Ótimo, então me manda o artigo. Qual? Aquele que vc vai pra casa agora escrever". Escrevi. Fui até tarde no computador, como há muito não fazia, mas foi uma delícia. Enquanto ia escrevendo, pensando, refletindo, encadeando as idéias e narrando os causos fui me animando. Comecei a lembrar do Trem do Samba do ano passado, eu e Eugenia no vagão da Velha Guarda do Império Serrano, cantando animadíssimas todos os sambas. Chegou um momento que eu queria era samba. Que congresso de cu é rola, eu quero é sambar! Era uma quinta-feira, pensei no Clube dos Democráticos, distante duas quadras da minha casa devia estar bombando. Lembrei de uma das últimas vezes que estive lá: tava tristonha, subi na sandália mais alta e caí no samba. Foi uma noite perfeita! Puta que pariu, no dia seguinte eu tinha que estar cedo na repartição. Quem foi o idiota que inventou vida profissional antes das 10h da manhã, hein? Que merda. Ok, terminei o artigo e enviei. Que delícia, ficou uma lindeza de doer, quase de arrepiar. Ai, acho que vou ligar a maquininha de escrever artigos e soltar todo samba que tenho dentro de mim, toda a topofilia pelo Rio de Janeiro. Deixar o balé do lugar fluir e refluir, construindo mapas sensíveis da minha cidade, a cartografia da coreografia urbana do Rio de Janeiro, vou dar vazão a tudo em quilos de artigos acadêmicos, forjando e atualizando representações sobre a identidade cosmopolita carioca, sobre o "ser carioca". Ai-ai-ai. Adoro minha pesquisa, mas gosto mesmo é de sambar. Ei, O Orientador, não se anime. Isso é chilique que dá e passa.
Revisão bibliográfica

Não sei se vocês sabem, mas meu projeto de doutorado mistura Raízes do Brasil e Visão do Paraíso, as crônicas de Lima Barreto e João do Rio com o funk carioca na contemporaneidade. Fiquem a vontade para sugerir bibiogragia. O tema é a fundação da identidade/sociabilidade cosmopolita carioca, quero investigar a contribuição da representação de paraíso das cartas dos viajantes europeus que aqui estiveram na época do descobrimento para a construção do "ser carioca", daí vou perseguir seus rastros e vestígios na cultura, passando pelas crônicas da belle epoque, ocasião da fundação da representação de cartão postal para o Rio de Janeiro, até chegar no funk da contemporaneidade.

Estou a-p-a-i-x-o-n-a-d-a por essa pesquisa!
A dor e a delícia de ser parte do meu grupelho

Tava conversando com O Orientador que eu o amo, que amo nosso grupelho e sou muito feliz por ter tido a oportunidade de partilhar com eles aflições e alegrias, maledicências e segredos, risos e choro, livros e drogas (só lícitas, é claro, sempre solícitas). Só que ficamos muito mal-acostumados. Agora é um horror pra eu arrumar outro orientador. Leio, leio, leio. Estudo, pesquiso, fuço lattes e artigos. Acho todo mundo burro, raso, com uma reflexão fraca e datada, assentado num lugar de fala cafoooona. Ele foi solidário: mas a vida é assim mesmo. Felizmente nós temos uns aos outros. Ao mesmo tempo que O Orientador salvou minha vida, me fez empenhar a alma.
Você sabe porque eu estudo?

Sempre me perguntam porque eu estudo, no lugar de empregar o tempo com algo mais prazeiroso, como ir à praia contemplar o céu azul e o mar enquanto tosto as celulites sob o inclemente sol da canícula de São Sebastião do Rio de Janeiro nas poluídas e concorridas areias de Ipanema. Ou quem sabe trepar com algum moreno gostoso e depois dormir o sono dos justos e inocentes. Ou me entorpecer dançando possuída na pista. Quem sabe apenas blogar, para registrar minha vidinha de merda na rede e fazer a alegria dos meus sete leitores desocupados. Qualquer dessas coisas que fazem a nossa carne triste quase feliz.

Sabe, eu estudo pra não ficar tosca e lembrar sempre que o mundo é muito maior que o meu umbigo. Eu confesso que, por mais que a gente sempre nutra a esperança de nossa pesquisa ajudar a compreender melhor o mundo, tornando-o um lugar melhor de se viver, o que me move, além da pulsão pelo conhecimento, é o medo de ficar burra.
Minhas leituras

Todo livro que eu leio lembro de algum dos meus amigos. Seja por ter me indicado o livro, seja por que quero indicar a este amigo, seja porque é a cara de fulano, serve a pesquisa de beltrano ou acho que cicrano vai adorar. Hoje em dia, por falta de tempo, raramente leio romances, a exceção são os com temáticas ligadas à cidade ou cultura. Daí normalmente a leitura me remete a alguém do meu grupelho, ou Vicente Magno ou João Baptista. Eventualmente penso também na Kelly. Vou lendo e pensando o que meu amigo ou amiga diria, se gostaria. Pensando na discussão que teríamos depois. Ai, como adoro livros e meus amigos!

Estou lendo Acenos e Afagos, do João Gilberto Noll. O romance tem mais de 200 páginas e um único parágrafo. Sim, ele desembesta num ritmo sensacional do começo ao fim. Difícil é parar pra dormir após algumas dezenas de páginas a cada noite. Não dá pra fazer o "só mais esse parágrafo" ou "só mais duas páginas". E lá vou eu madrugada a dentro. Enquanto vou lendo, lembro de dois amigos meus que me falaram do livro. Tá, eles tavam bêbados, mas me seduziram contando suas leituras.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

E o Chope da Posse, hein?

Vamos beber, putada? A vida sóbria não faz muito sentido. Não comemoramos minha emancipação de Mendonça/upgrade de repartição nem os 2 mil membros da comunidade do HTP no Orkut. Tamos com dois chopes atrasados e olha que vêm aí o aniversário de sete anos do OMEE em novembro, o do HTP em janeiro e o meu aniversário de 38 aninhos em fevereiro. Tome festa, rapaz! Alguma coisa me diz que ainda teremos muito mais pra comemorar em futuro bem próximo, portanto, ao chope!
Proposta: o show de A Noiva

Na próxima quarta-feira, dia 27, minha amiga HV, vulgo A Noiva, vai comemorar seus 26+10 aninhos recém completados. O balacobaco vai ser no segundo anda do bar Mofo da Lapa, com direito a show de A Noiva. Sim, amigos, além de linda, loura e japonesa, ela canta! Que tal irmos todos pra começar a esquentar? Se não me engano o couvert é negócio de dérreau. Bora? Não vou poder enfiar o pé na jaca porque tenho que pegar um avião no Galeão às 9h da manhã de quinta (ui), mas dá pra se divertir.
Meus Noivos

Conheci HV em 2005, por intermédio de Vicente Magno Preto, pobre e suburbano, vulgo vicente-vem-dar-o-cu-pra-gente. Então ela era namorada do melhor amigo de Vic e gerente de uma clínica de estética no Jardim Botânico luxenta e necessitada de uma assessora de imprensa. Vic me indicou e fui lá conversar. Conheci HV e nos tornamos amigas de infância instantâneas. Sabe identificação imediata? Pois é. Acabei trabalhando com eles por pouco tempo, porque tirando ela, que também não esquentou cadeira, era uma gente doida demais (no mau sentido) pro meu gosto. O que interessa é que somos amigas pro resto da vida.

Eis que, passado um tempo, conversando percebemos que nós duas estávamos a procura de um apartamento. Por que não dividir? Imagina que alegria, morar com um amiga divertida, com quem partilho código ético e estético. Imagina, teríamos uma amiga amada com quem se aconselhar no quarto ao lado e cada uma teria suas roupas, sapatos e adereços multiplicados por dois, afinal o que é de uma é da outra! Rá! Tínhamos até em mente onde seria consumaríamos nossa união para sermos companheiras inseparáveis na alegria e na tristeza: o ap de um amigo em Santa Teresa que tava pra se mudar. Mas como ele ainda ia demorar, passamos a buscar outras opções. Como íamos dividir ap, morar juntas, passamos a dizer que éramos noivas. Sim, somos pândegas, daí noivamos.

Conheci Mendonça em 2002, como cálega de repartição: éramos repórteres na mesma pocilga. Em uma versão barnabéica do Feitiço de Áquila, ele abria a redação e eu fechava. Raramente nos encontrávamos, quando acontecia era um oi/tchau na portaria se ele estivesse saindo mais tarde ou eu chegando mais cedo. Mesmo pouco nos vendo, logo percebemos que tínhamos mais em comum do que ter nascido sob o signo de peixes e feito a má escolha na profissão. Como Mendonça diz "tenho uma ligação espiritual com essa mulher". Ele veio com essa quando veio tomar satisfações comigo após ver meu ex-namorado andando na rua. Ele não sabia que tínhamos terminado, mas intuiu ao vê-lo, nas palavras de Mendonça "cabisbaixo e macambuzio. Mendonça nunca se conformou com o rompimento, levou uns dois anos para superar o trauma dessa separação.

Em em 2005 comemorei meu aniversário no Dama da Noite, uma casa de samba na Lapa que nem existe mais e o casal Mendonça foi. Fiquei agradavelmente supresa por ele ir, o único do trabalho (além de Nara, mas ela não conta). Lembro que achei Dona Mendonça tão bonita e simpática, com um cabelão cacheado e um sotaque baiano encantadores. Pouco depois eles deram uma reunião em casa, acho que era um escondidinho ou coisa que o valha, e somente eu e o tal ex-namorado fomos. Foi ali que Mendonça se encantou por ele. Até hoje ele diz que não aceita nenhum namorado meu, porque nenhum deles é o Ex. Na opinião dele, o único homem que me merece, o único digno de Marilda. Durma-se com um barulho desses.

O tempo passou e Mendonça se tornou o chefe da repartição e meu chefe. Ficamos cada vez mais próximos, quase amalgamados. Eis que, ano passado, o casamento dele passou por uma crise. Como queriam continuar juntos, Dona Mendonça sugeriu que morassem em casas separadas e namorassem. Segundo ela, foram morar juntos logo que se conheceram e quase não namoraram. Daí ela teve a grande idéia: "Vai morar com a Roberta, divide apartamento com ela! Vocês se dão tão bem, vai ser perfeito!". Lembro que ao saber da novidade, a sábia Nara resumiu "Ah, muito tua amiga ela, hein? Ela fica com o pau e tu com o homem bêbado de cueca roncando no sofá?". Mendonça, mal instalado no apart hotel vizinho ao solar da família, relutou, mas acabou aceitando. Daí viramos noivos, já que iríamos coabitar.

Houve quem receasse que, com a convivência, acabassemos mantendo conjunção carnal. Tanto eu quanto o casal Mendonça e quem nos conhece bem jamais receou isso. Conforme preconiza nosso amigo Dionei Samambaia, Mendonça e eu não transarmos sexo um com o outro (nossa ligação é espiritual, saca? Acima dessas coisas mundanas). Além do que, assim que Mendonça me visse sábado à tarde com a cabeça cheia de creme de massagem por baixo aquela touca plástica recheada de bolinhas de isopor, a cara cimentada com máscara de lama termal e a barriga, bunda e coxas besuntadas de gosma verde, a qual chamo de gel redutor, enroladas em filme PVC... pois é, meus amigos. Não tem pau que suba depois uma cena dessas. Tá certo que o resultado desse esforço estético-lamacento todo é até satisfatório, mas quem vai consumir não precisa conhecer o processo de preparo. É justamente a convivência e a intimidade que acaba com qualquer tesão, esqueceram disso?

Enfim, claro que isso não ia dar certo mesmo, pois estávamos ainda procurando apartamento e ele já começava a implicar "Ó, não quero encontrar teus machos bebendo minha cerveja. Ó, não vai levar jaca pra comer em casa". Eu retrucava que não queria ver cueca suja no chão do banheiro. Quase alugamos um apartamento lindo em Santa Teresa, mobiliado, com várias varandinhas e até uma lareira na sala. Generoso, Mendonça deixou eu ficar com o quarto maior. Talvez tivesse sido uma convivência feliz, mas nunca saberemos. O negócio, quase fechado, desandou. Mas o negócio é que Mendonça, queria mesmo era voltar para casa, então a partir daí só arrumava muquifo pra gente ver e nunca gostava dos apartamentos que eu arrumava. Para malograr de vez com o projeto, resolvemos que, se eu tinha uma noiva prévia e agora um noivo, íamos morar os três juntos num menáge amigável. Houve quem se apavorasse em imaginar a casa que abrigaria Mendonça, Marilda e HV, mas de qualquer jeito isso jamais se concretizou por um motivo muito simples: não há oferta de apartamentos para alugar com três quartos em condições habitáveis na região do Centro, Lapa, Santa Tereza ou Glória, nossa região favorita. Só tinha muquifo, caverna do conde drácula, câmara mortuária dos zumbis e coisas parecidas. Nisso, Mendonça fez valer sua lábia e reconquistou seu lugar no leito conjugal. Assim foi desfeito nosso compromisso, mas continuamos amigos.

Ainda procurei apartamento para dividir com A Noiva por um tempo, mas aí ela ficou desempregada por um tempo e abortamos a missão. Como minha mudança urgia, acabei sendo feliz no meu studio, de onde pretendo sair daqui a um ou dois anos, para um apartamento maior no Largo do Machado. Mas isso é assunto para o outro post, aquele onde contarei do PAC Carvalho.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Blogstar em Salvador

Motivos profissionais me levarão a uma passagem meteórica pela aprazível cidade de Salvador nesta quinta e sexta-feira. Chego dia 28 na hora do almoço e trabalho até o fim da tarde. Dia 29 trabalho o dia todo e pego o avião, de volta ao Rio, às 19h30.

Há leitores baianos interessados em um chopex quinta à noite?
A Ortodontista

Hoje foi primeira consulta. Praticamente amanheci na Praça Saens Pena, para não me atrasar para o expediente na repartição, sabe como é, sou barnabé iniciante. Capitulei de inveja dos dentes da moça, a jovenzinha ortodontista. Tenho perebas variadas: de siso torto e caninos girados a mordida cruzada. REsolvi que quero nem saber se o pato é macho, quero mais ovo e vou mandar ver na presuntada. É nóis nas quebradas: vou fazer os exames e colocar a tranqueira na boca. A manutenção custa R$ 180 mensais. O aparelho de porcelana sai por módicos 800 paus parcelados até a missa de sétimo dia, já o de metal é digrátis. Apesar de mais feio (ou menos discreto), tem a vantagem de encurtar o tratamento em uns quatro meses. Como a perspectiva é de dois anos com a boca interditada, é nesse que eu vou. A princípio, ela pretende me tirar dois pré-molares pra abrir espaço pra ajeitar a galera. Êita, ferro. Literalmente. Lá vou eu mais dois anos com uma quinzenal visita à aprazível localidade da Tijuca.
Só existe o samba

Escrevo ouvindo o samba do Império Serrano 2009.
Alegre e animada

Estou tão feliz com a minha casa, meu studio, sabe? Tá tão lindo com meus móveis Bartira branquinhos. Vou ganhar uns cubos proto-laqueados em vermelho. Luxo e riqueza.
Ando naqueles dias....

Sabe aqueles nos quais fico atacadíssima? Pois é.
Tô que tô. Agitadíssima, semi-ansiosa, animada. Nem encosta que dá choque.
Grupo de apoio

Meu consolo é que o grupo de apoio continua a todo vapor. Outro dia caiu uma ficha na cachola da Mãe Camila e ela me ligou para comentar. Como nós partilhamos muitas semelhanças em nossa história familiar, sempre que uma ficha cai e fica ecoando na cachola, nos a dividimos. Ela quesionou por que nnós duas, mulheres de mais de 30 anos, independentes e bem sucedidas, que já estiveram em relacionamentos estáveis e duradouros com homens supostamente independentes e bem resolvidos, nunca quisemos nos reproduzir. Eu sempre achei que tinha medo de ser uma mãe tão ruim quanto a minha foi para mim. Tenho muito medo de cair na armadilha fácil e corriqueira e repetir a história. mas Mãe Camila levantou outro ponto. Ponto alias, no qual já tínhamos tocado. Nós duas somos filhas de homens fracos e mulheres fortes, que assumem a responsabilidade e cuidam, mesmo de quem não quer ser cuidado. Crescemos aprendendo com nossas mães que amar é cuidar e que é assim que se obtem amor, por isso sempre nos ligamos a homens que pareciam independentes e bem-sucedidos, mas na verdade eram fracos e logo se tornavam dependentes de nós, como nossos pais. Daí, como nossos pais morreram em decorrência de sua inaptidão para a vida, teríamos medo de nos reproduzir e ficar viúvas, que nossos companheiros morressem nos deixando sós, como nossos pais fizeram. É, pode ser, sei lá. Por um tempo eu achei que nunca me reproduzi por nunca ter encontrado um homem "a altura" de compartilhar tal empreitada comigo, que me fizesse sentir segura para tal. Nossos pais eram carinhosos, nos amavam, mas nunca nos fizeram sentir segurança. Hmmmm.... não sei. De qualquer jeito, também seria uma maneira de repetir a história....

Uma vez um amigo divorciado comentou que tudo que uma criança precisa é se sentir segura e amada e que mesmo separados ele e a ex proporcionavam isso aos filhos. Foi quando caiu a ficha. Lembro que a frase ficou ecoando na minha cabeça e percebi que meu problema era esse: eu nunca me senti segura.
E por falar em Mãe Camila...

Orgulho, orgulho, orgulho, ela se deu auto-alta ou conferiu alta á terapeuta ou demitiu a bruta interinamente. Olha, fiquei muito orgulhosa da minha amiga ter chegado a esse ponto, depois de ter acompanhado o processo que a tinha levado ao divã da Dotôra I. Tá certo, sentirei falta das pérolas colhidas clandestinamente no mercado negro da psicanálise que ela compartilhava comigo, vocês sabem, era quase uma terapia de grupo. Mas, mesmo assim, fiquei orgulhosa.
Novos hábitos

Falar em drink, apesar de acordar cedo pra caralho, não consigo dormir cedo. Fico morrendo de sono o dia todo, a tarde toda, a noite toda, mas quando deito pra dormir não pego no sono. Fico atormentada por pensamentos desnecessários até bem tarde, tão tarde quanto eu costumava dormir quando meu ixpidiente começa va às 14h. Raramente saio durante a semana, durante a tarde só penso em ir pra casa, tomar banho e deitar, sempre sonolenta, mas dormir que é bom...pouco. Cortei o café após às 15h. Nada. Comecei a tomar calmantes fitoterápicos. Nada. Comecei a tomar calmantes não tão fitorápicos assim. Nada. E o drink? Pois é, comecei a tomar uma cervejota antes de dormir. É, ajudou. Ontem parti pra uma cachacinha aromatizada. Mandou bem também. Vou comprar outros aperitivos noturnos para alegrar meu soninho de beleza. Estas olheiras não me pertencem.

Definitivamente, a vida sóbria não faz o menor sentido. Talvez eu possa comprar uma garrafinha daquelas de metal e contrabandear um aperitivozinho pro trabalho, assim já chego em casa relaxada.
Grupo de apoio da Mãe Camila
ou Das pérolas recolhidas no mercado negro da psicanálise

Segunda-feira da semana passada não agüentei e solicitei auxílio expresso do grupo de apoio da Mãe Camila, mesmo sabendo que ela estava viajando a trabalho. Eu tava no limite do choro em plena repartição. Triste de doer, me sentindo deprimidíssima. O pior? Apesar das dívidas e dos problemas de saúde meus e da minha mãe, de resto a vida vai bem, obrigada. Tudo tá dando certo, melhor do que eu imaginava ou sonhava. Tenho recebido excelentes notícias caídas diretamente do céu em meu colinho, tudo se encaminhando maravilhosamente. Até minhas dívidas tenho perspectiva de saldar em futuro próximo! Minha saúde... bem, eu confio na medicina, nas vacinas e nos grandes laboratórios transnacionais. A saúde da minha mãe... bem, o que não tem remédio, remediado está.

Tá, eu tava de TPM e cansadíssima, mas eu tava no limite do choro, oras. Eu tinha acordado cedo pra caralho, mais caralho do que o habitual, para ir a uma consulta médica antes do expediente da repartição. O consultório fica em Copacabana, na altura da Rua República do Peru. Fui de táxi, afinal eu mereço e não queria me atrasar. Estava uma linda manhã, já quente às 7h da madrugada, o que para mim é uma delícia pois sou bicho de calor. Na saída, antes de seguir para o trabalho, tomei café em uma lanchonete simpática. Me dei ao luxo de mais calorias do que o habitual, afinal, quem acorda no cu da manhã tem direito. Peguei um ônibus com ar-condicionado que proporcionou a alegria de vestir meu lindo cardigã preto novo, que só anda amarrado ao meu belíssimo pescoço. Talvez eu devesse ter ido de táxi pro trabalho também, só que aí faria menos exposição da minha bela figura e eu tava exibida, me achando linda e alegre. Pois é, tava. Sei que cheguei à repartição ainda felizinha, mas no decorrer da manhã fui murchando, entristecendo, me aborrecendo. Queria fugir, tocar fogo em tudo e ir pra casa chorar até dormir. Sei lá.

Mãe Camila, sempre doce, me consolou via e-mail e me ligou à noite. Mas nem eu sei o que precisava. Talvez um drink resolvesse.

domingo, 24 de agosto de 2008

Falar na saga da L.A

Minha amiga I.V. escreveu que sua filha Babinha tá na fase PET. O melhor brinquedo é uma garrafa de 600ml de coca zero vazia. Talvez ela também goste daquele rolo de papelão que sobra quando termina o papel higiênico. Meus gatos adoram.
Pérolas de Mãe Camila

Tava saindo de casa pra Matriz e toca o celular. ERa Mãe Camila às gargalhadas. Ela estava em algum bar no Jardim Botânico esperando duas amigas para assistirem a final do vôlei (eu, eu, eu o brasil se deu mal.... ) e resolveu ler OMEE enquanto aguardava. Não aguentou e ligou. "Caralho, a sua na loja americana seguida da sua mãe ahcando que iam te envenenar no trabalho, puta que pariu, tive que ligar, não paro der rir". Ri, safada, ri pq não foi tu.
Pista

Sábado fui na Casa da Matriz. Não ia lá acho que desde o carnaval de 2007. Apesar da população verde e pouquíssimos conhecidos, foi uma noite agradável. Tava precisando dançar um pouco.
Mas gente é uma coisa incrível mesmo, né?

Além de fazer do mundo um lugar muito estranho, gente faz cada coisa esquisita que só.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Confissão

Sim, eu capitulei, confesso. Marquei para o dia 25 a primeira consulta com a ortodontista. Vamos apenas "conversar", mas estou disposta a colocar o aparelho nos dentes. Sim, terei um sorriso lindo no meu aniversário de 40 anos. Como? Nunca mais vou ter dinheiro pra comprar uma roupinha nova? E daí? Sou linda de em qualquer modelito, mesmo maltrapilha, e ficarei mais linda ainda com meu sorriso perfeito.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Esses são os meus amigos

Domingo desses fui à festa de 1 ano da filha da minha amiga I.V., Babinha, a careca (que atualmente exibe uma franja meio emo). Acordei quase às 14h e lembrei que tinha esquecido do balacobaco e não havia comprado um mimo para a criança. Tá certo que bebê de 1 ano não sabe nem o que é aniversário, mas daí a eu chegar de mãos abanando é outra coisa.

Nara me ligou que ia sair de casa às 16h. Ela havia adquirido um chocalho, mas ainda não tinha embrulhado. Eu havia me aconselhado previamente com pessoas habituadas ao convívio com crianças sobre o que comprar. Ouvi que era melhor dar roupa, pois criança de um ano brinca com qualquer merda mesmo e meia dúzia de chocalhos e bolas coloridas que os avós já compraram basta. Ok. Me joguei na operação de busca e apreensão de um mimo infantil às 16h de um domingo.

No Centro, impossível. Rumei para o Escada Shopping, o mais próximo de casa e do evento. Hmmmm.... mais de 16h. Tô atrasada. Onde comprar um mimo para um bebê? Nenhuma loj ainfantil no primeiro piso. Merda. Aha! L.A. (vulgo Lojas Americanas), meu templo de consumo, logo no subsolo! Compro um brinquedinho e pronto. Me joguei.

Olha, não sei se aquela filial é muquirana ou se a L.A. já não é a mesma de outrora. O negócio é que tava caidaço de chocalhos e afins. Ok, comprei uns monstrinhos pra afogar na banheira, muito útil caso ela venha a ter um irmãozinho meio chato no futuro, já tem prática de afogamento. Um pacote de presente. Cadê os pacotes de presente? Cadê os caralhos dos pacotes de presente?

- Oi, boa tarde, com licença. O senhor pode me informar onde ficam as embalagens de presente que eu já rodei a loja três vezes e não achei - perguntei ao único funcionário que encontrei, depois da terceira volta na loja.
- Não tem.
- Não tem?! Não tem?! Como assim a Americanas não vende embalagem de presente?
- Tinha, mas não tem mais. Só papel de presente.
- SÓ PAPEL DE PRESENTE?! Tá. Onde fica que nem isso achei.
- No caixa.

Rumei para o caixa pra pagar os caralhos dos monstrinhos aquáticos e ver os tais dos papéis de presente, achando que era mais jogo entrar em uma papelaria e implorar pra embrulharem. Como a esperança é a última que morre, perguntei ao rapaz do caixa se ele tinha embalagem pra presente, aqueles sacos coloridos que já vêm com uma fita para fechar.

- Não tem mais não, só papel de presente.
- E vcs embrulham? - não custa nada dar uma de joão-sem-braço.
- Se a senhora fizer um cartão das Lojas Americanas eu mesmo embrulho.
- Se vc embrulhar eu te beijo na boca.
- Não precisa, basta a senhora fazer o cartão.
- Onde eu faço essa merda?
- Me acompanhe por favor, na volta a senhora paga suas compras já no seu cartão novo.
- ....

Como em momentos de desesperos ficamos frágeis e meio burros, topei. Ele me levou até o fundo da loja e me deixou com uma mocinha que faria meu cartão.
- Isso demora? Tudo que euquero é que alguém embrulhe um brinquedo pra eu ir embora, tô atrasada.
- Só leva um minutinho, senhora.
Deu vontade de dizer que já tava levando dezenas de minutinhos, mas... deixa pra lá.
- Senhora, tem uma pendência no seu CPF e a senhora não pode obter crédito.
- Não tem pendência nenhuma no meu CPF pq eu não sou caloteira e eu só quero pagar a porcaria do presente, o papel de ursinhos e o rolo de durex e que me emprestem uma tesoura pq não tinha nenhuma pra vender!
- Senhora, tentei de novo e consta uma pendência. A senhora deve estar entrando em contato com o seu banco para resolver. Depois a senhora pode estar retornando que faremos o seu cartão rapidinho.
- Vc não tá entendendo, eu nem sequer queria essa merda desse cartão que eu ia cancelar amanhã. Acontece que eu fui chantageada pelo funcionário do caixa! E sabe porque que meu CPF está com uma pendência?! Pq eu usei o meu cartão de crédito nesta bosta de loja outro dia e algum funcionário bandido clonou e fez uma compra de mais de 2 mil reais. Tem que ser muito pobre pra se dar ao trabalho de clonar um cartão e ir fazer compras nas lojas americanas. Puta que pariu. E não vou entrar em contato com banco nada, que não tenho nada a ver com isso e não vou ser refém, vcs que se entendam e resolvam. Tá, eu sei que vc não tem nada a ver com isso, que isso não é problema seu e vc nem sequer entendeu o que eu falei. Que vc é só uma loura burra corna que passa o domingo com cara de cu enganando velhinhas desavisadas e pessoas desesperadas vendendo esse cartão falcatrua pra tungar as pessoas. Eu sei que vc repete esse seu discurso automaticamente, mesmo pq vc nem sabe pensar mesmo, eu sei que acha que sou louca ou mal amada e vai rir no lanche com as cálega de sirviço. Quer saber? Tomara que a loja americana pegue fogo!

Levantei e fui pisando firme até o caixa. "Ó, não teve jeito e ainda fui chamada de caloteira". Tu vai embrulhar esse troço ou vai ver só..."

- Mas nem tudo está perdido senhora! A senhora ainda pode aproveitar a promoção do dia comprando a boneca caralhuda por apenas R$ 29,90. Olha que promoção!
- Não obrigada.
- Mas a senhora não está indo para uma festa infantil, leve dois presentes!
- A aniversariante tá fazendo um ano, ainda não brinca com barbies genéricas.
- Mas a senhora não tem fihos, não tem crianças na família?
- Não, eu odeio crianças e quero que todas morram. Dá pra registrar minha compra e fazer o meu embrulho?
- Claro senhora, para desfazer sua má impressão a senhora nem precisa comprar o durex, eu lhe empresto um da loja!

Depois a bicha-pão-com-ovo-gordito-safado me levou até um balcão desativado e me passou pra outra biba cafona, essa com gel no cabelo. Disparou "Embrulha o presente dessa senhora" e se mandou, o tratante!

- Ih, eu não sei fazer embrulho não...
- Eu sei, me empresta a merda da tesoura e do durex.

Ele me entregou uma tesoura que não cortava reto, era daquelas que fazem um desenho no corte e um rolo de durex daqueles que arrebentam, cortam torto e embolam. Ele colava nas reentrâncias da tesoura e embolava tudo. Fiz o pior pacote de presentes da minha vida e virei pra ir embora.

- Senhora, sobrou uma folha inteira e a metada da que a senhora usou!
- Isso vc doa pra próxima pobre de cristo que chegar aqui precisando fazer um embrulho.

****

Ataquei um táxi na porta do shopping e dei o endereço da festa, já achando que não encontraria mais cachorrinhos-quentes. Ufa, logrei êxito e cheguei na festa por volta de 17h. Assim que entrei encontrei a mãe da aniversariante, que riu ao me ver esbaforida.
- Perguntei cadê Roberta e a Nara disse "ó, foi atrás de um preente". Não precisava, a Bárbara nem sabe o que tá acontecendo.
- Eu sei, mas pô, não queria chegar de mãos abanando.
- Ó, a Nara e a Vanessa tão ali. Tem cerveja, cachorrinho-quente, hamburguinho, mini-pizza, batata frita, pão de queijo.... Cai dentro.
- Vou lá.

Narinha e Vanessa já estavam adiantadas na cervejota, enquanto o marido de Vavs vigiava a pequena e linda Alice se escoriando nos brinquedos. Fui obrigada a uma performance especial para alcançá-las. Nos alternavámos na tarefa de assaltar o trenzinho que servia os acepipes ou ir à cozinha pegar cerveja, pq a garçonete não dava conta da nossa produção. Depois de uma horinha, fui ao toalete, afinal cerveja faz xixi. Quando tô saindo encontro o pai da aniversariante, que eu ainda não havia visto. Muito diligente, em todas as festas fica ocupadíssimo reabastecendo tudo e todos.

- Então é isso, né? A pessoa chega na festa e vai direto fazer cocô, nem fala com os amigos!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Diálogos com mamãe maluca

- Filha, amanhã acorda mamãe de manhã pra fazer café pra vc.
- Não precisa.
- Precisa sim!
- Não, deixa, eu tomo café no trabalho. A gente faz café todo dia lá.
- Vc que faz?
- ...sim... às vezes...todo mundo faz...
- Só toma se vc fizer, porque podem te envenenar. Se outra pessoa fizer não toma!
- Mãe, eu sei que sou chata, mas só trabalho lá há um mês! É pouco tempo pra eles quererem me envenenar...
- Humpf. Vc que pensa. Quando a gente chega já eram o serviço completo, eles sabem de tudo...onde a gente mora, onde vai, quem é a família, que time torce...

Pois é....

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vai ter mania de blog assim no caralho

591 posts no HTP em quase sete anos de blog. Só perde pro OMEE que tem quase seis mil posts.

Boquete, ops, quis dizer enquete:
Qual seu post favorito aqui e no HTP?
Qual dos dois blogs vc gosta mais?

Eu adoro o HTP pq sou pândega, adoro fazer piada, adoro contar histórias, mas o OMEE eu acho bom pra caralho.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sou safada semi-sumida, mas cumpro o que prometo!

Tinha combinado que quando a comunidade do HTP no Orkut completasse 2 mil membros teríamos um chope de comemoração. Ok, podem marcar, desde que seja no mês que vem, é claro. Assim comemoramos minha posse na nova repartição, os 2 mil membros e.... surpresa! O restante é segredito.
Semi-sumida

Pois é amigos, diletos leitores, querida audiência, sei que estou inadimplente com minhas obrigações bloguísticas: tenho postado ridiculamente pouco. O negócio é essa minha mania wannabe doutoranda. Ando empenhadíssima no meu projeto de doutorado, mais ainda, podemos dizer que no projeto doutorado. Pouquíssimo tenho saído ou visto amigos.

Para completar, já que sou louca e safada (para não dizer que sou foda, quiça fodástica), ainda me embrenhei em dois projetos ludo-literários e estou tramando mais dois. Sou uma máquina de projetos! Como a vida não pára, ainda tenho que cuidar da minha mamãe-maluca e trabalhar no meu emprego novo, afinal, alguém tem que pagar por tudo isso.

Tanta coisa acontecendo, tanta novidade caducando sem ser publicada, tantos posts pensados no ônibus mas não digitados. É a vida. Mas tem nada não que ela é dura, mas é bela. No final tudo acaba bem e depois da tempestade vem a bonança, então me aguardem que logo-logo volto a postar compulsivamente.

Me aguardem!

Sobre os comentários, reclamem com Gibi!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Meus amigos Rockers drogaditos

Tenho alguns amigos rockers drogaditos, do tipo que viaja para ir a shows em outras cidades. São meus contemporâneos, têm mais de 30 anos (ou quase 40) e um gosto musical algo datado, algo verde. Dia desses contaram que foram a Curitiba em grupo para um festival (de rock, é claro) e sofreram um choque de gerações.

Chegaram obnubilados, pois as meninas os abordavam a todo momento perguntando se tinham algo para passar e se tinham bala. Sabe como é, eu sei o que é uma “bala”, um “doce”, mas sempre que alguém me pergunta se eu quero/tenho bala penso em halls ou coisa parecida. Doce me remete a chocolate. Leva uns dois ou três segundos pra eu ligar o nome à “pessoa”.

Constatamos que, no nosso tempo, as drogas eram bagulho e pó. Claro que havia outras, mas eram caras ou raras demais. Obviamente não incluo a possibilidade de cheirar solvente e congêneres. O usual era cheirar pó e fumar maconha mesmo. Hoje em dia, enquanto jovens senhores, nossa droga costumeira é álcool. Bebemos cerveja, (vinho, uísque, champanhe, cachaça, vodka, etc) e, de vez em quando, fumamos um baseadinho.

Um dos rapazes estava em certo famoso bar de rockers na cidade quando uma jovem o abordou perguntando se ele estava com “os cariocas”. Ele, todo pimpão, achou que ser carioca era onda e que ia pegar a moça. Rá. Ao ouvir a resposta afirmativa ela não titubeou “você tem alguma coisa para passar?”. Puto nas cuecas com a decepção e a repetição da pergunta, ele disse que sim e que nem ia cobrar, cederia a ela as balas. Encheu a mão da bruta de balas muquiranas que ele havia pego junto com o troco na churrascaria onde almoçaram. A garota ficou indignada e ficou repetindo “você não podia ter feito isso”. Ele voltou ao grupo dos “cariocas” e não se afastou mais. Aquela juventude era muito esquisita e pouco amistosa. Um outro, algo mais beligerante, respondeu a outra garota que, se ela quisesse, ele passava a pica nela. Se eu não fosse solidária ao choque de gerações o mandaria para o HTP.

Pobres dos meus amigos jovens senhores rockers drogaditos.
Ele é danado!

Liguei para O Orientador pra contar uma conquista importantíssima na minha vida. "Parabéns Roberta Carvalho, muito bom. Mas para ser sincero, não esperava menos de vc". Ah, safado!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cretinices infantis

O relato foi feito dia desses no aniversário de Nara, comemorado no Trapiche Gamboa. Dia desses não, dia 11 de julho. A atração da noite foi a imitação de Mendoncinha dançando o créu feita pelo pai indignado. Logo a afeição infantil pelo Créu se tornou o assunto da roda.

Amiga Glorinha disse que quando o sobrinho pré-adolescente executou a coreografia na sua frente foi obrigada a fechar os olhos e pedir "Lindinho, não faz isso na frente da tia não que ela fica muito ofendida".

Já Vanessa achou engraçadissímo o dia que sua filha de três anos viu a Mulher Melancia pela primeira vez na TV. A pequena Alice arregalou os olhos e exclamou "Pelada!", como quem diz "Como não tive essa idéia antes?!", arrancou a roupa e começou a movimentar a cintura repetindo créu. Vanessa, às gargalhadas, disse que parecia que ela tava rodando bambolé.

Quando fomos tomar a saideira na Taberna do Juca o assunto continuou sendo sobre as cretinices infantis. Quando fomos expulsos e migramos para a CAsa da Cachaça eu, que não tenho filhos, sucumbi. Frio pra caralho, chuviscando e dia quase amanhecendo. Fui pra casa.

Garotona aniversariante estava ótema, colocadéssima como só a vejo em seus aniversários. Ela achava o tempo todo que tinha perdido a sacola de presentes, mesmo tendo me delegado a responsabilidade de manter os mimos em segurança. Aniversários da Nara são sempre divertidíssimos.
Em uma outra ocasião, Mendoncinha foi passar uns dias na casa da avô paterna, na companhia dos primos. Mendonça ligou para o filho.

- Filho, vamos embora? Papai vai te buscar.
- Não, quero ficar aqui.
- Mas meu filho, sua mãe está com saudade de vc, papai vai te buscar hoje quando sair do trabalho.
- Então eu vou levar o som.
Silêncio.
- Mas filho, lá em casa tem som!
- Esse aqui eu posso mexer.

E depois Mendonça se surpreende com a descoberta precoce do filho de que o créu é dele.
Coisas de Mendonça

Eu tenho cá minha desconfiança que ele conta o patrimônio todo dia antes de ir pra repartição. Certa feita A Noiva pediu a Dona Mendonça

dois CDs emprestados pra copiar. Prometeu devolver no dia seguinte. Dona Mendonça, ciente das idiossincrasias do esposo, concordou, mas não

falou nada. Saiu cedo de casa para o trabalho, como fazia todos os dias, deixando seu bem ainda entregue aos braços de morfeu na alcova do

casal. Pegou os CDs, colocou na bolsa e se mandou. A encomenda seria entregue a A Noiva na hora do almoço. No meio da manhã toca o celular.

- Faz favor de trazer de volta os dois CDs que vc levou.
- Não levei nada, Mendonça.
- Levou sim. É pra emprestar pra quem? Quero meus CDs de volta, traz de volta à noite!
A compreesão espaço tempo chegou a Santa Tereza

Mendoncinha está vivendo sua primeira crise de rebeldia adolescente... aos 4 anos. Atordoado, Mendonça-pai não sabe se expulsa o rebento de casa ou desce-lhe a chinela.

Como todos sabem, Mendonça é muito Botafogo, já tendo sugerido inclusive que eu virasse casaca para poder acompanhá-lo ao Engenhão. Eis que ele se recorda que, levado pelo avô, do alto dos seus três anos assistiu pela primeira vez uma partida no Maracanã. Botafogo e XXXX. Homem conservador, quis repetir tradição inventada por Vovô Mendonça com Mendoncinha. Humpf. Desde aquele dia, toda vez que o pequeno ouve barulho de futebol na TV vem correndo do quarto e, bracinho levantado, grita "Gooooool do Flamengo!" no meio da sala. Olha o pai de soslaio e volta para seus aposentos infantis. É, Mendonça, chupa essa manga. Vais criar um rubro-negro.

Não contente com a afronta esportiva, o mini-rebelde resolveu atacar noutra frente e escolheu outra das predileções do pai: a música. Eis que Mendonça chega cansado da repartição, pensando em tomar um banho e mas talagadas, e ao abrir a porta se depara com Mendoncinha, aquela coisinha pequenininha que ele trocou tanta fralda, fazendo movimentos circulares com a cintura enquanto repetia "créu, créu, créu...". Chocado, Medonça não se conteve.

- Pára com isso, que coisa horrível!
- O créu é meu - disse o pequeno, com olhar de desprezo, caminhando para o quarto.

Da porta, Mendonça viu seu filho de olhos fechados e mãozinhas apoiadas na parede continuar a evolução. Agora toda vez que toca Tom Jobim o pequeno começa a apresentação do créu, que, afinal de contas, é dele.

Nem parece aquela criança que, há um ano, ao ser perguntado sobre o que queria ser quando crescesse, respondeu "Quero crescer pra tomar chope, ficar bêbado pelado!". Obviamente até então o pai era sua inspiração.

Para quem não sabe, Mendonça é um ser um tanto quanto retógrado, datado, que nem sempre dá conta das questões contemporâneas. Some-se a isso uma espécie de TOC musical. Em sua casa há uma vastissíma coleção de CDs e LPs, sendo as bolachonas sua maior riqueza. Há uma ordem para os discos serem tocados. Não é por estilo ou vertente musical. Muito menos alfabética ou cronológica. Em hipótese alguma essa ordem pode ser quebrada. Não importa se vc é visita na casa dele e pede pra ouvir uma música. Ele responde "não posso", afinal de contas, não é ele quem faz as regras, né?

sábado, 2 de agosto de 2008

Observação

Bloguei horrores, pena que vocês não podem comentar horrores também. Uma lástima.
Se continuar assim troco o sistema de comentários.
Relatório

Ontem jantei com O Orientador. Hoje vou na RoncaRonca. Me lembrem de contar.
Resmungo II

Cadê a merda do sistema de comentários?
Resmungo

Odeio essa merda de postagem em ordem cronológica. Um saco o leitor ter que descer até o início do dia pra ir lendo os posts na ordem. Mais chato ainda eu ter que mudar os horários de postagens.
Rescaldo...

Já ia esquecendo de contar. Nauele sábado, após o Encontro Internet Carnaval, rumei para o studio para atualizar o layout num banhinho de saúde e parti pra pista. No Mofo novo me esperavam Krakovis , S.M. e Xica. Tínhamos marcado uma incursão desde a viagem para Paraty, pois Krako queria conhecer a famosa tábua de caipirinhas, mas com inauguração da filial Centro mudamos os planos. Pena que, como havia sido inagurado na quinta tava cheio pra caralho, bombado de moderninhos e famosinhos. Some-se a isso o barulho que vazava no segundo andar onde há shows e pronto. Mal dava pra conversar. Pelo menos a caipirinha de Maracujá e o croquete de carne estavam tão bons quanto eu lembrava.

Não há previsão de outra visita de menina Krakovics. Sábado passado ela comemorou aniversário, tenho que escrever pra saber como foi a feijoada com pagode à beira da piscina. Que coisa Brasília... acreditam que eu cogitei ir? Se não estivesse falida com a mudança de emprego teria ido. Como o mundo é estranho, eu até aprendi a gostar daquela cidade estranha.
O que eu quero é sambar...

No dia do Encontro sobre Internet e Carnaval, após a mesa redonda, houve uma apresentação de sambas. Eu que tava toda sorumbática, ao ouvir alguns dos meus favoritos, concluí "Não preciso de cartomante, preciso é de samba!". Lembrei da frase se Eugenia "Amiga, só existe o samba". Me veio a lembrança um dia do ano passado que, tristebunda, resolvi reagir. Me arrumei, subi na mnha sandália mais alta e rumei pro Clube dos Democráticos. Foi uma noite maravilhosa: recordei que a vida é bela.

É, Eugenia, só existe o samba.
Oráculos

Outro dia descorri meu rosário de preocupações para esta amiga. Contei de tudo que me tira o sono, das questões que me atormentam, das dúvidas que me açodam.
"Você precisa de uma cartomante. Conheço uma ótima em Vila Isabel", sentenciou. Quero não, tenho preguiça.

Comentei o veridito para minha Biba Amiga Feiticenta e ele, que adora uma cartomante, concordo na hora. "Vai ser ótimo pra vc procurar uma cartomante!".uma cartomante, vive aconselhando os amigos a procurar uma.

- Mas cartomante não resolver problema, oras.
- Não resolve, mas aplaca a ansiedade.
- Dã! pra isso existem ansiolíticos!

Jogo o tarot do personare que é de graça e nem precisa sair de casa e fico feliz do mesmo jeito. Bom mesmo é ir a um bom médico que atenda em um consultório bem moderno e freqüente congressos para estar a par da novidades. Saio de lá com uma receita na mão e vou a uma farmácia adquirir meus remedinhos, de um agrande laboratório, é claro. Bom mesmo é me sentir medicada, saber que graças aos avanços da ciência estou segura. Com isso sim gasto meu rico dinheirinho feliz.

Não, não sou hipocondríaca. Apenas me cuido e gosto de saber que não tenho problema algum por meio de laudos emitidos por especialistas e baseados em exames minuciosos. Claro, é preciso repetir os exames anualmente, todos. Se tenho algum problema quero saber logo. Se tiver um remedinho pra tomar... alegria, alegria!
Êita macumba cara

Comentei com Biba Amiga, também dada a uns feiticinhos aqui e ali e que já teve um namorido nascido em tal localidade, a aventura da minha amiga. "Meu Deus, lá 3 mil é casa própria!".
Falar em arrumar dinheiro...

Tava conversando com uma amiga minha que comprou a casa onde mora. Perguntei onde, onde, onde e como, minha nossa senhora dos pentelhos grandes, ela tinha descolado a bufunfa. Por que eu arrumar dinheiro pra comprar uma casa à vista é inimaginável. "Ai, amiga, eu não tinha esse dinheiro não e nem sei te explicar como consegui. Raspei a poupança, o FGTS, vendi meu cabelo, um rim e o sangue dos meus cachorros. Fiquei endividada, mas deu. Pra pagar a documentação coloquei uma plaquetinha na porta 'Boquete 10 reais'".

De repente ela me empresta a plaquetinha e eu coloco meu aparelho nos dentes.

Mas, de qualquer jeito vou ter que esperar, pois minha amiga está viajando. Ela tinha uma pendência bastante complicada para resolver. Rodou oráculos, terreiros, pais e mães de santo de todo o Rio de Janeiro, arriou muita obrigação, preparou muito ebó e nada. Como não logrou êxito, tirou férias e foi atrás de uma renomada macumbeira em certa capital nordestina. O contato dela no local apurou que O tal feitiço sob encomenda sairia pela singela quantia de 3 mil reais. "Eu não tenho esse dinheiro, mas sabe como é... chego lá e boto uma plaquetinha na porta "Boquete carioca - 10 reais".

Ela já viajou há mais de uma semana e ainda não mandou notícias, deve estar com cãimbra no maxilar.
Sabedoria da dra Sheila

Por falar em dívidas, minha dentista quer porque quer me meter um aparelho nos dentes. Meu tratamento tá terminando, talvez eu ainda faça mais uma sessãozinha de laser no caninos pra ficar com um reluzente sorriso de pérolas, mas isso é coisa que se resolve numa consulta. Ela fica só lançando as sementes do mal na minha cabecinha. "Você ficaria tão linda, muito mais linda. É uma coisa pra você, pra vida toda. É tão higiênico cuidar dos dentes. Seu sorriso vai arrasar na balada". Ai-ai-ai. Eu devo as calcinhas pra ela, mas e agora? Será que ela aceita um rim como pagamento?

Ela sempre me diz "Não se aperta pra me pagar, compra roupinha nova pra andar bonita, pinta o cabelo no salão que em casa fica uma merda, faz a unha toda semana pra se sentir cuidada. Dívida é pra vida toda, se eu soubesse disso mais nova não teria me aborrecido tanto". É, talvez também não tivesse dois consultórios lindos. Devo a ela esse ensinamento. Uma amiga minha sempre comenta "Nossa, essa sua dentista é melhor do que um analista!".
Quero luxo!

Ando meio em cólicas pois dois casacos que vi ficam gritando lá da loja que querem vir pra minha casa, que querem morar no meu Bartirão. É justo, pois assim que os vi percebi que eram meus, tinham sido feitos pra mim. A merda é essa minha mania de pobre de ter medo de fazer dívida. Mendonça sempre me admoestava "vc vive dura pq tem essa mania feia de pagar contas". Sou chata, sabe? Pago tudo em dia. Dever, só ao banco.
Odeio pobreza!

Ah, e por falar em cartão, acredita que clonaram o meu? Ladrão pobre, fez compras nas Lojas Americanas. Fala sério! Como sou uma mulher cntemporânea não me abati. Lancei mão do cartão reserva! Vê se eu ia deixar um ladrãozinho pão-com-ovo atrapalhar meu lazer na liqüi de inverno, logo a minha favorita.
Liquidações

Só uma coisa tem me preocupado mais do que a seleção pro doutorado, a doença da minha mãe, meu projeto de emagrecimento, minha falência financeira, minha possível mudança de casa e minha adaptação ao novo emprego: as liquidações de inverno!

Continuo achando muito estranho que a liquidação comece na primeira semana de julho, menos de 15 dias depois do início da estação, mas e daí, né? Eu quero é comprar roupinha nova! Melhor ainda que seja assim, pois não preciso esperar o tempo mudar pra usar as peças recém adquiridas. Minha amiga M.B. também é frenética freqüentadora de liqüis. Sempre trocamos dicas. Quase compulsiva, ela me mandou um SMS às 2h39 da madrugada pra avisar que já tinha começado a liqüi da MNG. Ela passou na porta e ficou indignada, pois a vendedora havia informado que seria na primeira semana de agosto. Tem nada não, ela se vingou: foi lá e gastou 700 paus. Voltou na outra semana e torrou mais 289. Rá! Eu, que estou temporariamente falida, adquiri apenas uma calça, dois casacos e quatro blusas, gastando módicos R$ 250 parcelados em 3x. Estou coberta de brotoejas, mas tô me segurando pra não voltar lá: chegaram novas peças hoje.

Eu e M.B. temos sanha por casacos. Se eu tirar uma foto do interior do meu armário e colocar num blog sem dizer onde moram vão chutar que sou de Curitiba, tal a quantidade e potência dos casacos, cachecóis, botas de cano alto, galochas. Discorrendo sobre nossa pulsão por peças de inverno, concluí que devo ter sido moradora de rua na europa em outra vida e morrido congelada. Só pode ser.

Como dívida é coisa pra vida toda, também dei uma batida no Shopping Vertical. Fraco. Dois vestidos, uma bata e dois colares. Nem chegou a 200 reau a conta, parcelada em 2x no cartão. Ai, como é difícil essa vida de mulherzinha assalariada urbana contemporânea, como cansa ser uma perdulária bem vestida.

Agora, sacanagem mesmo foi descobrir que os sapatos boneca da Sollas não entram na promoção por serem ubíquos a todas às coleções. Tá certo que é bom saber onde encontrar um sapatinho boneca pra me fazer feliz em qualquer época do ano, mas não podiam pelo menos mudar as cores e me dar a alegria de comprá-los com descontinho? São uns bobos, pois certamene eu compraria muito mais pares. Para castigá-los, comprei um par novo na Pelle Rara do Largo do Machado. Acho que vou voltar para adquirir um de cada dos outros dois modelos, tudo parcelado em 3x sem juros no cartão.