Dia difícil
Meu dia hoje não foi nada, nada bom. Cheguei na academia na hora marcada para a tal da avaliação física, mas o cretino do professor tinha "dado uma saída pra resolver problemas pessoais". E não podiam me ligar avisando não, né? Esperei 40 minutos até chegar outro profissional. Assim nossa relação não está começando bem. Ok. Corri de volta pra casa já quase atrasada pro trabalho. Tomei um dos banhos mais rápidos da minha vida, o que me aborrece, pois adoro tomar banho, e almocei um papelão meio sem sal. Quando tava saindo tive um piriri. Acho que papelão ensosso dá dor de barriga.
Cheguei não tão atrasada e, felizmente, os putos com quem eu tinha uma reunião tavam mais atrasados do que eu. Rá! A reunião durou a tarde toda e um dos caras não entendia o que eu queria. À minha reunião se seguiram duas outras, mas como nêgo já tinha se aboletado na minha mesa ficaram por lá mesmo e eu fiquei sem cafofo.
Quando acabou a reunião havia uma pilha de matérias de merda pra eu ler – nunca pensei que as pessoas escrevessem tão mal, menino, é um talento!
As pautas atrasaram atrasando o breguelete que eu tenho que fechar às 18h. Quando o breguelete ficou pronto havia mais modificações necessárias do que o habitual.
Eu ia tomar um chope com um amigo querido e divertido. Aturei as pentelhações do dia entoando o mantra “à noite vou tomar um chopex gelado, falar bobagens, rir e ser feliz”. Humpf. O chope aguou e fui pra casa.
Saí do trabalho tarde, justamente no dia da final da Taça Guanabara. Bingo! Passei em frente ao Maracanã no mesmo horário que estouravam os fogos, anunciando o início da partida e flamenguistas frenéticos e atrasados corriam no meio dos carros pra entrar no estádio.
O motorista da repartição resolveu bater papo pra passar o tempo. Resolveu me contar as maldades que fazia com os presos quando era policial. "Robertinha, eu era perverso". O mais leve era enfiar pedaços de plástico nos pés do presos e tocar fogo, pro plástico derreter e colar nos pés dos caras. Disse que teve um que ele maltratou tanto que o cara arrancou o vaso sanitário e tentou fugir pela tubulação. Ficou entalado. Como se arranhou e emerdalhou, os ferimentos infeccionaram e o cara morreu. Era exatamente o que eu precisava pra terminar bem meu dia.
Cheguei em casa uma hora e meia mais tarde do que o habitual. Não havia o que comer.
Eu confesso: sorvi um livro de coca light e quatro empadas de queijo, sem a menor culpa.
Acho que ainda têm umas três empadas, peraí, já volto. Eu mereço.
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