O mundo é estranho
E já que O Orientador tá na roda... tô pra contar essa há mais de um ano, já tava até escrita pela metade, mas sempre esquecia. Vamos lá.
Cena 1
Praia de Ipanema. Grupo de jovens conversa animadamente. Rapaz bonito se aproxima. Uma delas percebe e avisa animada "lá vem meu orientador".
– Como assim, cara?
– Meu orientador, oras. A Roberta não tem um orientador? Então, fulano é meeeeu orientador.
– Tu é burra cara? Tu não sabe o que é um orientador?
– Claro que sei, ele é meu orientador!
– Cara, tu é muito burra!
Aconteceu já há algum tempo, eu ainda fazia mestrado e falava sempre em O Orientador. A moça achava quando eu falava em O Orientador eu tava falando de algum peguete ou cara que eu era a fim, tipo assim, um bruto que me orientava, sabe?
Cena 2
Almoço em família. Uma das moça da Cena 1 conversa com a mãe e a irmã mais velha. "Pô, a fulana é muito burra, cara. Acredita que ela não sabe o que é um orientador?", contou no dialeto típico das adolescentes. Depois de relatar o episódio da praia ela acrescenta que não explicou pra amiga o que era um orientador pois "ela é muito burra, cara".
A irmã mais velha é blogueira e minha amiga, e a história bateu nos meus ouvidos.
Tava pra contar há um tempão, mas sempre esquecia.
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