quinta-feira, 15 de maio de 2003

No tel com Guilherme
Da última vez q falei com o gordo (tem tempo) ele me explicou pq seu cãozinho se chama Cruzadinho e o papo acabou caindo em Ninica, o cachorrinho q foi abandonado pelos ex-inquilinos da minha tia. Já comentei isso aqui. A casa da esquina da minha rua pertence a minha tia. Moravam lá uns brutos q quebraram tudo e não pagavam o aluguel. Ela pediu o imóvel de volta e depois de penar muito eles se mudaram, mas abandonaram o cachorro! Caracoles, q tipo de gente deixa pra trás seu próprio bichinho de estimação?

Ok, isso é estória antiga. Enquanto minha tia não se muda minha mãe vai lá todos os dias dar comida pro cachorro. Como não sabíamos o nome dele minha irmã começou a chamar o bichinho de Ninica. Perguntei pq esse nome e ela me explicou q qq cãozinho vira-lata é Ninica. Qndo ela vê um cachorrinho sem dono ela vai brincar um pouco (temos muito dó dos animaizinhos q não têm nenhum doninho pra fazer uma festinha) e fica falando 'Ninica! Ninica! Ninica!'.

– Ninica é cachorrinho bonitinho. É q minha irmã gosta de inventar palavras novas.
– Mais uma peça do quebra-cabeça se encaixa. Vc viu o q vc falou? Minha irmã gosta de inventar palavras novas. Só faltou completar "e o meu irmão lê poesias na rua. Meu tio escreve pelos muros, ele é o gentileza". Muito triste isso Moreninha.


Contei isso tudo pro gordo, explicando tb q qndo ela e minha mãe saem de madrugada pra alimentar os Ninicas abandonados pela rua. Mas q isso só é chato pq qndo minha mãe sai na rua vai um monte de cachorro andando atrás dela. Ela disse q fica com medo q eles tentem entrar no ônibus atrás dela e sejam atropelados. Outro dia eu tava indo pro trabalho e senti alguma coisa molhada encostar na minha mão. Tomei um susto e qndo olhei era um cachorro querendo brincar. E olha q eu nunca participei das incursões noturnas ao mundo dos Ninicas. Ele já deve ter me visto no ponto com minha mãe e reconheceu q sou daquela família legal q dá rango e brinca. Fiquei com peninha dele, mas não rolava parar pra fazer festinha.
Guilherme disse pra eu parar de contar essas coisas. Q era tão bizarro q parecia até história de Natal do RJTV.

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