quinta-feira, 18 de dezembro de 2003

Sou escrota
Sim, Narinha me advertiu e reconheço q já passei por essa reflexão, mas q posso fazer se a questão novamente me assalta.
A culpa é dos engarrafamentos de fim de ano. Fico horas dentro do ônibus pensando na vida e pronto.

Ontem, indo pro trabalho, fiquei avaliando meus valores e não teve jeito: concluí q sou uma escrota. E o pior de tudo é q sou tão escrota q nem sequer tenho remorso, culpa, arrependimento ou intenção de mudar.

Sou uma escrota bem resolvida. Afinal de contas, não é errado ser assim, é apenas escroto!

Fiquei pensando, sou uma moça educada e sei viver em sociedade. Se não incomodo as pessoas (não realmente ou voluntariamente, se se incomodam comigo já não posso fazer nada), não ofendo ninguém, não magoo, qual o problema se penso mal delas, se debocho, se sou preconceituosa, se não gosto de alguém baseada meramente em seu tom de voz, sua roupa, seu cabelo, seu sotaque, os mesmo seus ridículos sapatos?!

Isso é problema única e exclusivamente meu.

Pelo menos não sou hipócrita. Isso sim, é muito mais escroto!
Não finjo gostar de ninguém, não sou falsa.
Muito dificilmente vou permitir q a pessoa saiba q me causa repulsa, vou manter uma distância higiênica e firme, mas sempre educada e polida. Amável como as relações sociais exigem.

Ah, e antes q me perguntem se penso q sou perfeita, sou perfeita pro q pretendo ser, mas em momento algum tive a ilusão de os outros vão ter a mesma opinião. Claro q podem debochar, rir e não gosar de mim, no final das contas, isso não faz diferença nenhuma.

Nenhum comentário: