Sábado de samba: Parte I - Ópera do Malandro
Dancei tanto na sexta q levantei 4h no sábado. Praia nem pensar. Foi o tempo de comer, tomar banho e sair. Comemos uma pizza e fomos pro Teatro Carlos Gomes. Menino Lobão tinha conseguido comprar ingressos pra Ópera do Malandro.
É legal, gostei. Mas achei um pouco longo.
Como sempre o público não se comportava bem. Não sei se eu sou chata demais, exigente demais ou pq me preocupo em não incomodar os outros me surpreendo com a falta de educação e loção das maioria.
Sentou na nossa frente um grupo enorme de gente feia. O diabo deve ter dado mole e um bando de demônios deu uma fugida do inferno pra ir dar pinta no Carlos Gomes. Até aí, foda-se, nem todos podem ser lindos, legais e inteligentes como eu e meus amigos.
Só q qndo começou o espetáculo, uma porra duma negra gorda e mal vestida resolveu acompanhar os números musicais cantando junto.
Vem cá, O porra de vaca gorda e feia, tua acha mermo q eu paguei pra te ver cantar? Não né? Paguei pra ver o espetáculo e o elenco cantando. Então cala essa porra dessa boca imunda sua merda.
Tá, eu não falei isso pq ando numa fase de economizar barracos, mas pra ser sincera, minha vontade era simplesmente sentar um socão na cara da vaca, admirar o sangue escorrendo dos dentes e depois sentar pra assistir feliz o resto da peça.
Oras, eu tb sei quase todas as letras e nem por isso incomodei as pessoas em volta cantando. Pq? Pq? Pq? Pq sei q não sou cantora, e mesmo q fosse, não estando no palco, tenho q ficar calada, caralho!
Não contente, num dos números a filha da puta resolveu abraçar o maridinho (um demônio com cabeça em formato de ovo). Só q ele não estava ao seu lado, mas sim 2 cadeiras depois. Entre os 2 estava a filhotinha do casal, um estrupício q havia tingido o cabelo duro de louro e pregado 3 tererês rosa e azul (feiúra pouca é bobagem e sempre pode ficar pior) na pavorosa peruca. Resultado: com a família de cruz-credos abraçadinha, com as 3 cabeças de merda unidinhas eu não podia ver o palco.
Espero q tenham morrido na volta pra casa.
Tudo bem, tudo bem, o espetáculo é legal e tratei de abstrair o Festival do Demônio e aproveitar a noite, pois eu tinha saído de casa decidida a me divertir.
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