Vida de repórter
Numa demonstração de quão azarada uma pessoa pode ser, troquei o plantão e me fudi. O meu era pra ter sido semana passada, q não teve nada. Ontem cheguei na redação às 9h da manhã, fui desovada em casa às 23h.
Estive na (nada) aprazível localidade de Itaperuna. Não q a cidade seja mais feia ou mais bonita do q as outras q já conheci a trabalho, pelo contrário, é até bem cuidadinha. Mas é mais odiada do q qualquer outra q eu tenha conhecido a trabalho. Pq? Oras! pq eu conheci a trabalho e é a mais distante. É longe pra caralho! Pelo q me disseram, pior q Itaperuna só Varre e Sai, que é o último município do estado e que, felizmente, não tive a oportunidade de conhecer.
Entre pegar as tralhas, beber um café e reunir a equipe, entramos no carro e saímos pelo portão às 9h30. Só paramos uma vez pra fazer xixi, chegamos lá às 14h45. A estrada é horrível, toda esburacada. Aquela porra de lugar não chegava nunca, minhas costas doíam, minha bunda doía, tudo doía. Fazia um calor do caralho e o ar condicionado do carro não deu no couro. De tanto o carro balançar no buracos minhas costas ficaram ardendo onde estavam as alças do sutiã por se esfregarem no encosto do banco.
Como a pauta q eu tinha lá era às 15h não deu tempo de almoçar. Pedi um Cheeseburger numa porra dum quiosque numa praça. Quando dei a segunda mordida chegou quem eu tinha ido esperar. Larguei o sanduíche e saímos correndo eu e o fotográfo. Nosso motorista pediu pro rapaz (indolente) do quiosque colocar o sanduíche na estufa e a coca-light na geladeira.
Apurada a matéria, voltei pra comer meu cheeseburguer requentado com a coca sem gás. Inchou e não tive fome pra almoçar. Abastecemos e pegamos a estrada.
Escrever matéria no bloco com o carro andando é chato, mas é o de menos, já acostumei. O negócio foi ligar pra passar. Atendiam na redação e a ligação caía logo em seguida. Não tem sinal de celular naquela merda de estrada. Levou mais de uma hora pra eu conseguir falar. Qndo sumiu o aviso "procurando rede" do display pedi pro motorista parar o carro e esperar eu acabar.
Quando bateu a fome já estávamos nomeio do nada (nada mais nada do antes, onde pelo menos havia praças com quiosques). Paramos na primeira birosca q apareceu e comemos um salgadinho. Fui conversando com ele até o Rio. Paramos mais umas 2x pra beber água. Cheguei no Rio às 23h cheia de poeira, sono e fome. Eu odeio Itaperuna.
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