quinta-feira, 27 de abril de 2006

Eu e minhas amigas loucas
Sexta passada tinha ido do plantão na redação pra um almoço de aniversário de 70 anos (uau, programão, ainda por cima era surrasco, meu cartão de milhas Funai tá bombando!). Liguei pra Ana Paula pedindo socorro. Ela ia ao shopping mesmo, precisava comprar um vestido pra uma ocasião especial. Tratei de me oferecer pra ir junto, ela passou pra me pegar e nos entregamos ao doce e inigualável prazer de experimentar vestidos e sapatos.

Ela tava em dúvida entre uma pelerine preta bordada de paetês pra usar com um vestido preto que já tinha em casa e um vestido de tafetá furta cor em tons de vinho (eu chego a salivar pra tafetá furta cor). O vestido tinha uma espécie de drapeado no busto e um lacinho. "Estou um bombom pronto pra ser desembrulhado", definiu Ana. Realmente aquilo não era um traje de festa, mas um invólucro de bombom. Lindo. No final acabou se decidindo pela pelerine que tb era luxo e riqueza.

Eu já tô acostumada a acompanhar Ana em suas empreitadas faxion. Teve uma vez que rolou uma bodas de não-sei-o-que-lá na família dela, que minha gente, não te conto. Como rodamos pra arrumar um traje satisfatório. E lembro ter ajudado ela a escolher o vestido da nossa festa de formatura, e olha que naquela época não éramos tão próximas quanto hoje. Mas enfim, não é por isso que somos loucas.

Távamos nós na loja, num tal de desce outra sandália, experimenta outra pelerine. Eu cansada, semi-virada (tinhaido dormir às 5h e acordado às 7h30), sentei numa poltrona ao lado dos provadores. Comecei a prestar atenção na música, era uma da Ana Carolina, nem sei o nome. Ana vei me mostrar oque tava alguma coisa. Nos entreolhamos.

– Ai, essa música é bonita, né?
– É, eu tava ouvindo.
– Ai, acho que vou chorar
– Eu também.


Sim, somos mulheres loucas que choram em provadores de loja.

Nenhum comentário: