domingo, 4 de junho de 2006

Por que me ufano dos meus amigos....
Passei boa parte da tarde de hoje no tel com minha amiga Vanessa. Tagarelamos sobre as mesmas coisas de sempre. Falamos mal de algumas pessoas que conhecemos, sobre tatuagens, filhos (Vavs tem uma filha), trabalho, plantões. Enfim, tudo e nada, mas dessa vez poupamos nossos palhacinhos. Como sempre que falo com Vanessa, desliguei e corri pro banheiro. Tô lá no trono e toca o celular, é Bruno. Ele tinha me chamado pra festa de aniversário dele/do filho/open house sábado passado, mas dei bolo.

– Fala Demonha!
– Fala Demo.
– Tava dormindo?
– Não, tô no banheiro, ouve a descarga. É pra você!
– Tua mãe debaixo da cama com o negão. Tu lembra dessa?
– Claro, falo isso até hoje!
– Pô, achei que ia te acordar. Por que tu não veio na festa?
– Porque enchi a cara e dormi.
– Tô bebendo até hoje.
– A gente marca uma outra sessão de cachaça.
– Cara, eu tenho mó saudade de você, tu é quase homem.
– Porra, tu é o segundo amigo meu que fala isso. Vicente vivia perguntando se eu tinha piruzinho.


Esse são meus amigos. Bruno era meu melhor amigo na faculdade de Engenharia Química, falamos muita merda e tomamos muita cerveja juntos. Tínhamos um senso de humor bem parecido, levando em conta que tínhamos 18 anos. Mas vejam só o que dá ser amiga de alguém há 17 anos: o bruto enche a cara e liga pretendo me acordar, me chama de demonha, diz que minha mãe tá debaixo da cama com o negão e ainda diz que sou quase homem!

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