sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Cobiçada

Não falei que sou pra casar? Hoje recebi outra proposta. Fui cobrir certo evento e encontrei o Tártaro-Mongol, ou Manilha, se preferirem. Ele já foi meu chefe em certo jornal de grande circulação. Sim, ele é uma figura ímpar, meio doido, meio seqüelado, meio sei lá, totalmente pândego, gente boa pra caralho e um grande jornalista.

Quando ele liga pra redação onde trabalho atualmente e eu atendo ele pergunta quem tá falando. Respondo "Roberta" e ouço "É a Close?". Êita piada datada, hein? Às vezes me faço de boba e pergunto quem tá falando, ele responde "Teu homem". Eu replico "Qual deles" e o palhaço diz "O que te dá mais prazer". Pois é, dizem que é melhor ouvir isso do que ser surda...

Uma vez perguntaram a ele por que sua senha "Manilha" e, obviamente, ele apontou para o pau. Às vezes ele dava um suspiro na redação. Alguém sempre perguntava "que foi?" e ele respondia que estava cansado de carregar "aquele" peso. Qual peso? Ele apontava para o pau. Ou melhor, para a Manilha.

Há infindáveis histórias sobre ele, mas deixa pra outro dia. Hoje, quando nos encontramos ele logo me abraçou. Disse que tava com saudade, que há muito não me via, que eu ando sumida e meio metida. Depois disparou "Quando é que você vai casar comigo? Eu já tento há tanto tempo, tá na hora de você parar de me esnobar e aceitar". Respondi que ia considerar. Tão vendo como estou cobiçada? Até o Tártaro-Mongol quer me desposar!

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