O estranho mundo dos portadores de câmeras digitais
Ontem fui ao show do Caetano no Circo Voador com minha amiga Narinha. Ela vai postar relatório também. O show foi bom, embora o som estivesse muito baixo. Mesmo debaixo da lona havia momentos que mal se entendia o que o Caetano dizia, do lado de fora não se ouvia nada. Todos se acotovelaram e ficou uma muvuca e um calor do caralho. Eu e Narinha teríaoms ficado ao ar livre, tomando uma cervejota e acompanhando o show de longe, se desse pra ouvir alguma coisa.
Mas essa nem é a nossa queixa, ou o que nos incomodou. O negócio foi o grupelho de pós-adolescentes que se postou ao nosso lado, ou melhor, ao nosso redor. A impressão que nos deu é que, para eles, se era Caetano ou eu e Nara cantando em dueto, tanto fazia. Eles não viam o show, não prestavam atenção nas músicas, apenas tiravam fotos. Fotos deles, em várias formações, fotos do público e até, vejam só, fotos do palco. E claro, depois de cada foto, em cada câmera, os outros vinham ver como tinha ficado. Claro, eventualmente eles também pulavam e gritavam "uhu". Não sei se estava havendo também um concurso de Miss Sovaco, mas as moças que não estavam com câmeras nas mãos ficavam com os braços erguidos.
Achei muito mundo estranho o comportamento deles, mas quando olhei em volta havia vários outros pós-adolescentes agindo da mesma maneira.
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