Relatório de pista
Depois ir trabalhar semi-virada na sexta passada, na ressaca do aniversário de Glorinha, me acabei de dançar até o sábado clarear, como convém a uma locomotiva social. Saí do trabalho, tomei um banhinho e rumei pra Lapa. Encontrei amiga K. no Beco do Rato. Cervejota pra lá, cervejota pra cá, rumamos pra certo cafofo sórdido de Botafogo, onde um amigo meu tava tocando.
Chegamos por volta de 1h e a casa ainda tava meio vazia. Subimos, descemos e minha amiga não levou fé, preferiu voltar pra Lapa. Avisei que lá entra gente até de manhã, eu mesma já cheguei às 4h. Adepta dos rapazes hippies tardios, quase mendigos e militantes do PSTU, ela preferiu voltar pro Beco pra socializar com os sujinhos. Tô fora.
A casa foi enchendo e ficou ótema, cheia na proporção perfeita pra se poder dançar à vontade. Dancei e moito. Bebi e fumei. Me diverti realmente. Lá pelas tantas chega um carinha com um aspecto beeem chapado. Minha amiga fala algo como "olha o fulano! Vc e ele!" e me apresenta. Era a deixa pra eu pegar o bruto, mas nesse momento eu não tinha condições de articular palavras ou me mover. Completamente chapada fiquei olhando pra ele e pensando "Fulano... nome de anjo. Adoro homem com nome de anjo..."
Depois de ficar me olhando inerte, o pobre tentou andar. Num arroubo de agilidade, segurei o braço dele. Não consegui falar nada. Deixei ele ir e fui pro banheiro vomitar.
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