quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Menino Daniel

Meu amigo Daniel, biba expatriada que foi dar pinta na Argentina e ficou, veio ao Rio comemorar seus 30 aninhos de pura travessura no dia 29 de dezembro. Ele andou em crise dos 30, deu chiliques, me fez malcriações via e-mail, mas estava exultante na hora da festa.

Ele tava hospedado na casa da mãe, que mora em uma vila em uma rua residencial. Quando o taxista parou olhou pra vila e me avisou "Ih, dona, não tá com cara de ter festa aí não, tá muito desanimado. Vou esperar porque acho que a senhora vai voltar pra Lapa...". Abusado. Precisa esperar não, vou ficar mesmo que a festa esteja ruim.

A casa era logo a primeira e a mãe dele estava do lado de fora. Eu, do portão, abraçada com uma caixa de cerveja disse "Oi, dona Mercedez!". Ela nada. "Oi, dona Mercedez, sou eu, Roberta!". Nada. "Dona Mercedez, abre o portão!". Ela continuo para igual a um dois de paus. Ai, porra. "Dona Mecerdez, sou eu, Roberta, vim pro aniversário do Daniel!!!!". Que ela achava que eu tava fazendo plantada no portão abraçada com uma porra duma caixa de Skol? Como a velha não se mexia toquei o interfone. Daniel veio correndo e quando ele chegou na porta ela "Daniel, ela tá dizendo que veio pra sua festa". Não, Pedro Bó, tô fingindo que vim doar uma caixa de Skol, mas vou assaltar a casa!. Daniel inconformado "Mãããe! É a Roberta!". Pois é.

Daniel tava todo feliz, disse que nunca tinha conseguido reunir tantas das mulheres de sua vida ao mesmo tempo. Faltavam Viviane e Isabelouca. Fofocamos e, como sempre, relembramos algumas de nossas melhores histórias. Mas ele nem quis as que partilhamos, essas relembramos via MSN outro dia. Ele queria ouvir a história do dia que eu fui pra um motel com um caboclo e o bruto cagou no chão. Daniel disse que essa é a melhor pior história que ele já ouviu, que conta pra todo mundo. Pois é, sou uma estrela.

Lá pelas tantas Daniel confidencia. "Acho que minha mãe tá ficando doida". Ah, eu também acho. Ela me deixou plantada no portão!

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