quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Ansiedade

Depois da praia fui em casa tomar banho e almoçar. Me arrumei e purpurinei e segui pro Bloco da Ansiedade, em Laranjeiras. Cheguei e o bloco já tava na metade do trajeto. Tava todo mundo lá. Encotnrei primeiro Kalila, que tava meio de bode sentada nas escadarias da igreja. Aquelas porras de degraus de pedra tavam quentes pra caralho.
Ligo pra Vicente Magno. "Tô no Ansiedade". Avisei que tava em pé na escada. O bruto não me viu e passou direto. "Cadê você que eu vou aí. Me dá um ponto de referência".

– Tô de peruca amarela. Eu sou o ponto de referência.
– Porra, tem mó putada de peruca amarela.
– Não igual a minha.

Realmente, era uma mega peruca amarela. Saímos de braço dados, eu a purpurinada e ele a mãe lôra. Ou, como disse Ana Paula, a lôra dos pentelhos pretos.

– Porra, tu vai me empatar de novo, né?

O safado fica dizendo que sai comigo e não pega ninguém pq as mulézinhas pensam que estamos juntos em nível de beijo na boca. Porra, então pra que me chama pra sair? "Eu não chamei, tu que me ligou". Ê malcriação, tu me paga, vai ver só.

Expliquei pra ele que pelo contrário, é um investimento. As mulheres vêem a gente juntos e vão pensar "Porra, o Nescauzinho tem cara de mané mas deve ter seu valor, olha lá, a purpurinada tá pendurada no pescoço dele". Ele continuou de marra, troquei ele.

Tô eu lá, olhando a multidão enquanto Vic exibia seus talentos de dançarino de frevo adquiridos na estada em casa de Iaríssima, qndo ouço meu nome e uma voz familiar. Era menino Cristiano, vulgo DJ Cris. Rá, dei o braço pro Cris e avisei Vicente "Ô, agora que tu não pega ninguém mermo. Ar mulézinha que tava diolho intu vão olhar e falar 'Ih, a purpurinada trocou ele pelo baixinho, o baixinho que é o bom". Sifu.

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