domingo, 15 de abril de 2007

Bulhufas

Já Narinha anda sorumbática, pensativa, introspecttiva, noltálgica e poética. Uia!
Como ela diz, não me bulhufa que eu te bulhufo. Ela também descreve nossa última praia. Depois disso tomamos um chope, ou melhor, caipirinhas, no Espelunca Chic com menina Pohlman outro dia. Na verdade pouco tenho visto minha Narinha. Ai, tô nostálgica e saudosa também, deve ser bode de domingo.

Narinha e eu somos muuuuuito diferentes, temos opiniões, visões de mundo e histórias de vida bem diferentes, mas nos damos bem pra caralho. A gente se diverte juntas, digamos assim. Nara é uma das irmãs que eu escolhi. Somos tão próximas que quando Dona Fernanda, mãe dela não consegue achá-la liga pra mim. "Fala pra tua amiga qu ela tem mãe". Mãe é tudo doida e tudo igual.

Eu raramente brigo com alguém, mas já bati boca com Narita mais de uma vez, mas no dia seguinte continua tudo como antes. Aliás, qndo a gente sai do bar já tá tudo como antes. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e a amizade continua a mesma. Nara assumiu em post que é só fachada, e eu não sei disso? Nunca disse a ela pra não ouvir "vai tomar no cu, Roberta Carvalho". Ela não tem disjuntor, estoura.

Ela comenta como rimos juntas, mas que andamos meio sem assunto. Talvez estejamos ficando meio velhas, meio chatas e tamos sem novidade, sem história bizarra pra contar. A vida anda meio morna, sabe? A gente tá trabalhando demais e reservando pouco tempo pra alegria.

Nara ouviu em primeira mão algumas das minhas histórias mais freaks. Como vcs sabem, moro com minha mãe e irmã em um pacato subúrbio carioca, mas me aboleto amiúde no Franco's Palace, como é conhecido o apê que Narinha habita. Tenho o privilégio de ter chave e lugar cativo com muda de roupa no quartinho azul. O Franco's Palace tem um quarto azul, um amarelo e um verde. A sala é branca, uma coisa assim, bandeira do Brasil, sabe? Eu durmo no quartinho azul, que segundo Nara, vai ser o quarto do bebê quando ela se reproduzir. Mas enfim, enquanto ela não se reproduz, eu me aboleto lá.

Hoje em dia a gente pouco sai juntas, mas sempre fofocamos quando estou me arrumando pra sair e quando acordo. Nara sempre sabe das coisas em primeira mão. Eu conto tudo pra ela porque sei que, mesmo discordando, ela não me julga. E se diverte. Nara é tão escrotinha quanto eu, acho que isso que nos une.

Por estarmos sempre juntas, termos trabalho juntas em vários lugares, bebermos juntas, blogarmos juntas e eu ter a chave da casa dela, Piada das piadas, já teve muita gente boa que achou que éramos namoradas. Tipo assim, Narinha é minha amiga, é bonita, inteligente e gente boa, bom papo e bebe como poucas mulheres, mas a gente não se come não.

Pândega que sou, quando soube que em certa redação onde trabalhamos, comentava-se que éramos namoradas, resolvi me divertir. Uma vez ela esqueceu o crachá e o restaurante de lá não aceitava dinheiro, tinha que passar o crachá pra comer. "Filha, me empresta teu crachá pra eu jantar?". "Claro, babe. Eu banco minha mulher". Silêncio dos outros, riso contido nosso".

Na verdade quem confessou foi O Gordo, quando virou nosso amigo. Ele viu que não éramos namoradas e comentou "Pô, eu pensava que vcs eram casal. Todo mundo pensava". Soubemos que nêgo tecia altas histórias e fantasias. Havia a facção que achava que já tínhamos sido namoradas e outra que achava que ainda éramos e debatiam as possibilidades. Ai, sou uma estrela mesmo, por onde passo. Se passo com Nara então...

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