Relatório de fim de semana
Sexta tinha marcado um chope no escritório com meu leitor pirado, o Gueto Blaster. Aí ligou Ana Rosa, a Poodle Lôra, querendo marcar um chope no Devassa de Ipanema. Avisei que já tinha marcado um na Taberna, ela disse que ia também. Mandou um e-mail convocação para o CAC. Todos toparam, todos estávamos saudosos. Foi um tal de Juliana, João e Pedro me ligando perguntando se eu sabia do "Chope da Ana Rosa" e se eu ia. Sim, eu vou, o chope é meu, porra.
Foi uma delícia, ai que saudade que eu tava do meu grupelho, ai que saudade que eu tava dos meus, que falta eles me fazem. Primeiro chegou Ju, com a novidade que tinha visto o sogro pelado e ainda não tinha se refeito do trauma. Ai, essa promiscuidade de morar com os sogros dá nisso. Anos de terapia pra esquecer tal cena medonha.
Em seguida chegou O Orientador, com sua amiga paulista. Os dois safados tinham passado a tarde bebendo e tavam colocadésimos. Ai, que raiva de gente que já chega colocada quando eu tô de cara! Contaram que vieram rememorando os velhos tempos. "Ai, lembra que a gente fodia em Paris? Lembra que a gente fodia em Londres?". O motorista do táxi ficou animadíssimo com a conversa.
Nisso chega o pobre leitor pirado, com sua senhora. Ih, é, bem. Acho que ela deve ter ficado com medo da gente. Estávamos numa mesa de quatro lugares, que guardei bravamente, apesar das investidas dos garçons, mas com os novos componentes tivemos que nos mudar. O garçon nos descolou a távola redonda.
Colocáááádo e alegre, O Orientador atravessou o bar me encoxando, se esfregando na minha bunda e bradando "gostooooosa". É, ele tinha bebido.
Já instalados, chegou o meu, o seu, o nosso Pedro. Chegou cheio de novidades de sua viagem a Cuba. Pedro não aquieta mais aquela bunda no Rio, vive dando pinta por aí, tá pior que Vicente Magno.
Quando já estávamos todos semi-colocados, adentra Ana Rosa, a Poodle Lôra, acompanhada de Lázaro, sua bolsa vermelha. Ela sempre chega tarde porque é mãe. Sempre tem que fazer o frete da filha pra algum lugar e se atrasa. Ai, esses meus amigos com prole. A filhinha da poodle é uma marmanja maior que ela, mas enfim. Por que o nome da bolsa vermelha é Lázaro? Eu também perguntei. Porque não sei quem, ao ver a bolsa, confessou "ontem peguei um caboclo chamado Lázaro que tinha uma pica do tamanho dessa bolsa". Ave Lázaro! Todo poder a Lázaro!
Meu leitor e sua acompanhante foram embora meio cedo. Felizmente eles não presenciaram O Orientador patolando os peitos das moças da mesa. Pra nenhuma de nós ter ciúme, ele apalpou Juliana, Ana e eu.
Deise, em nível de amiga e ex-namorada de O Orientador, pudica não, mas ficou com os olhos meio arregalados. Ao fim da noite confessou "essa conversa jamais aconteceria em São Paulo". Sei lá, se ela diz eu acredito. Ah, ela também disse que todos nós somos muito parecidos, temos a mesma fala. É, todos viramos cavalo de macumba de O Orientador, a nossa entidade.
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