Pérolas de Mendonça
Ontem eu tava meio em crise com a idade. Daqui a quatro meses completo 37 anos – perto demais de 40. Chamei Mendonça, que é um ano mais velho que eu, é perguntei se ter 37 doía. Ele disse que não, que doeu mesmo foi fazer 30. Engraçado, eu não senti a dor dos 30, nem senti que fiz 30.
É a primeira vez que sinto que estou envelhecendo e isso está sendo questão. Merda, vou beber pra esquecer. Esse negócio de ficar sóbria por tantos dias não é para mim. Lembrei do e-mail que Mendonça me enviou enquanto estava de licença com conjuntivite: Hoje completo sete dias sóbrio e não estou nada bem.
Mendonça é pisciano como eu, somos gente estranha da mesma espécie.
Tínhamos falado de tomar uma talagada hoje, mas com o dilúvio que alagou a canícula de São Sebastião do Rio de Janeiro.... pois é. Desistimos. Para compensar, almoçamos juntos. Dei um esbregue em Mendonça em relação a seu comportamento circense recente. Né que o bruto confessou que sabe que errou? Claro, ele não fica se arrependendo porque se arrepender é desperdício de tempo, sabemos disso. Mas o bruto reconheceu que, se pudesse, faria diferente.
Engraçado que, enquanto eu falava ele não me olhava nos olhos. Concordava com a cabeça, mas não me encarava. Homens são sempre meninos.
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