quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Dom João na Igreja dos negros

Meu amigo João Baptista me avisa por e-mail.

A igreja de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, localizada no Centro do RJ, está muito apropriadamente recolhendo assinaturas em um livro convocando a todos para se juntarem às comemorações dos 200 anos de chegada da Família Real ao Brasil. Foi justamente na igreja dos negros, situada na rua Uruguaiana, no Centro do RJ, que Dom João VI e toda Corte agradeceu ao Senhor a viagem bem sucedida. Pela lógica portuguesa, o agradecimento deveria ser na Catedral e esta, provisoriamente, e já há setenta anos, abrigava a Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro, uma vez que o templo do Morro do Castelo encontrava-se em ruínas. As irmandades negras de Rosário e Benedito foram proibidas de receber a Coroa. Mas estas fingindo-se conformadas abriram alas quando a Corte se aproximava da Igreja proclamando que a Igreja era dos negros e que a Corte era muito bem vinda ao templo. Por causa disso, a Catedral foi transferida para a Igreja do Carmo, em novembro de 1808.


Adoro essa história desde a primeira vez que ouvi dele, em um de seus Roteiros Geográficos. Imagino as caras dos nobres e dos padres brancos quandos os negros saíram de tras da igreja e abriram alas, se apresentando à Dom João. Como disse João Baptista, até os ateus e marxistas devem gostar dessa história. Isso que é vingança.

Também adoro a visita à Catedral Metropolitana, quando ele conta a história de São Sebastião e da biba má do Diocleciano...

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