sábado, 9 de maio de 2009

Homem é tudo palhaço, até as bibas

Pois é, meus amigos. Gays também são palhaços, afinal, são homens, né?

Tava conversando com um amigo meu sobre dor de corno. Ganhei dele o CD Até Sangrar, da Áurea Martins. É maravilhoso, tão bom que me deu vontade até de ter uma dor de corno pra poder ouvir realmente até sangrar, ou como completou meu amigo, chorando e se giletando (amei o "se giletar", eu dizia esfregar os pulsos no chapisco até cortar, mas gostei mais da dramaticidade de se giletar em uma dor de corno).

Já me imaginei com o som nas alturas, me cortando e chorando, ensandecida gritando o nome de um caboclo. Tá, só na imaginação, mas foi divertido. Nunca faria isso porque por pior que seja a dor de corno, sempre passa, sempre vem um novo amor e o amor do momento é sempre o melhor de todos, afinal, ele é o meu amor (até a palhaçada derradeira, é claro). Daí imagina a grana que eu ia gastar em procedimentos estéticos pra encobrir as cicatrizes da giletação? Ai, não. Já gasto muito em cremes e vou começar um tratamento com laser agora.

Então, tava falando com meu amigo que nem tenho por quem chorar, pois sou biscatinha. Estou disponível para fornicação (após um breve processo seletivo, é claro. Sou facinha, mas tenho meus caprichos), mas não para namoro. Estou numa ótima fase solteira. Se apaixonar é uma delícia, mas ser piranha também é muito divertido. Daí meu amigo contou que também está sozinho:

- Também tô sem ninguém. Pior: o penúltimo era lindo como Rick Martin, com dois carros, dentista, 32 anos, atencioso e me deixou por torpedo. Nunca mais nos falamos. Só e-mail no Natal e olhe lá. O último tinha 20 anos. Você o viu comigo na Lapa. Foi trabalhar em Riad, na Arábia. Tenha dó, né? Como no disco da Marlene: "...perguntei ao coração/se queria descansar/ele disse que não/que não queria..."

Comentei minhas últimas três separações e ele se divertiu:

- Estórias estranhas esse pessoal arruma pra dizer adeus. Isso quando dizem adeus, né? Teve um outro que morou comigo por quatro anos e foi embora sem dizer adeus. Depois de meses queria voltar. Imagina. Nunca mais falei com o guapo. Era bonito só por fora.

Como somos otimistas, no fim da conversa ele concluiu:

- Como no disco da Marlene "eu começo e recomeço a minha vida toda hora sem medo nenhum". Daqui a pouco você arruma um grande amor.

6 comentários:

Morango sem chantilly disse...

Amar sempre, mesmo que por uma noite. Afinal, o luto tem o seu charme.

roberta carvalho disse...

Graciana, estou amando muito a mim mesma e aos meus amigos ultimamente. :P

Morango sem chantilly disse...

Delícia! Eu devo ser bipolar! Ando numa felicidade...

roberta carvalho disse...

Adoro este seu estado, adoro ter essas oscilações. heheh

Unknown disse...

biscatinha e piranha foi ótemo.....


adoro me assumir tbém, galinha, putanheiro, garanhão e gostosão....


bjim

gigi

roberta carvalho disse...

Gigi, tu é piranha que eu sei!