terça-feira, 2 de junho de 2009

Raiva

Eu sou uma pessoa que sente raiva. Sinto muita raiva de muita coisa e de muita gente. Não me dou ao trabalho de matar ninguém, mas ficaria mais alegre se algumas pessoas morressem. Acho que alguns óbitos, inclusive, mereceriam champagne pra comemorar.

Meus ódios são todos de estimação, não pretendo me abrir mão deles. Se um dia se forem, tudo bem, mas não vou trabalhar para isso. São que nem meus preconceitos, tudo coisa de estimação: não fere ninguém, não serve pra nada, mas tenho apego. Além do que, eu pago meu macarrão e posso odiar à vontade. Não acho errado, não tenho culpa, nem considero falta de educação. Eu posso pensar o que quiser e bem entender do que e/ou quem quiser e bem entender. Posso até pensar que você é um repolho mutante. Indelicado seria eu te contar isso.

Não odeio só pessoas, atitudes e idéias, sabe? Odeio também algumas cidades, com a implicância resvalando para os nascidos em tal localidade desgraçada. Odeio formatos de cabeça, cores de esmalte, tipos de sapato, cortes de cabelo. Claro, o portador de tais itens personifica meu desprazer e passa a ser o objeto do meu ódio. Como eu disse, nada grave. Afinal não é errado ser assim, só é odioso, mas não vou matar ninguém. Só vou... odiar.

Quer saber? Eu te odeio. Morra. Eu quero que você morra. Às vezes fantasio dar um tiro na sua cabeça, mas como não vou fazer isso (sequer sei manusear arma de fogo e, de qualquer jeito, acho anti-higiênico), apenas aguardo o dia triunfante do seu velório. Se for morte dolorosa melhor. Fantasio pogar ensadecida no seu enterro e cuspir na sua sepultura, mas não vou me dar a esse trabalho. Apenas sorrirei e, talvez, brindarei.

Já que você é uma bosta ambulante que não serve para nada - além de tornar o mundo um lugar pior de se viver - e sua existência é perniciosa ao equilíbrio do universo, por favor, tenha a delicadeza de falecer, faça alguma coisa que preste pelo menos.


O que? Quem eu odeio com tanta sofreguidão? Jamais saberás.

9 comentários:

Vicente Magno disse...

É... o clima tá meio ruizinho hoje, hein. Ainda bem que não ando no grupo odiado.

roberta carvalho disse...

Vicente, eu te amo e vc sabe disso, seu mala.

Vinicius disse...

Muita calma nessa hora. Pq tanta raiva nesse coração ?

Como diria o grande Mestre Madruga: A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena.

tunics disse...

bom, esperando não fazer parte do ódio, preciso pedir desculpas por não pode rnem pensar em chopp quinta. tenho trabalho sexta e tô assim completamente histérica com o fato...

bjs

Deja disse...

Não te conheço, vi essa postagem agora, e por ela eu já te amo.

Anônimo disse...

Amiga, ao invés de assaltar velhinhas podemos matar pessoas atropelando-as.

Tem um conto do Rubem Fonesca de um pai de família que sai de casa para atropelar pessoas. Quando li, morri de inveja.

roberta carvalho disse...

Vinicius, há momentos em que calma é a última coisa que quero ter.

Tuninha, ó querida, vc não conta. Eu te amo. Não esquenta que entre amigos não tem espaço pra cobrança. Apareça quando puder e quiser. ;)

Deja, seja bem-vinda ao meu mau humor.

Amiga Anônima, a gente não tem carro. Vamos atropelar de bicicleta?

Anônimo disse...

Roberta,

Vc disse TUDO q eu estou sentindo nesse momento... só q eu queria dizer pra ele!!!!

roberta carvalho disse...

Ana, sou boa com as palavras e melhor ainda com raiva. ;)