quinta-feira, 2 de julho de 2009

A louca do cartão de crédito

Chega de fazer a louca do cartão de crédito. Pelo menos esse mês não posso comprar mais nem alfinete. Se compro mais um par de meias quebro. Daí não vou poder beber cerveja ou vou ter que beber só no Mineiro de Santa Teresa. Contei pra vocês não?

Pois é, sábado desses, íamos a uma festa louca em Santa e marcamos uma cervejota no Mineiro pra abrir os trabalhos. Távamos lá, eu, Graci de filme PVC na coxa recém tatuada, Carrie, ainda comemorando o doutorado, e Flávia, bebendo em pé no balcão e rindo. Eis que vem o garçom com um cerveja. "Os rapazes daquela mesa mandaram pra vocês". Graci imediatamente mandou devolver. Carrie titubeou "ué, se quer pagar cerveja, deixa pagar...". Eu e Flávia ficamos quietas, mas acabamos aderindo ao "devolve" quando manjamos o naipe dos catiços. "O negócio é que se a gente beber, eles vão se achar no direito de vir conversar". Tudo bem, até poderíamos beber e não querer conversar, mas não távamos a fim de perder tempo nessa negociação. Melhor pagarmos nossa cerveja.

Passa mais um tempo e volta o garçom. "Ó, não me dá porrada não, sou só o mensageiro. Aqueles rapazes ali mandaram isso aqui pra vocês". Eram outros rapazes, mais jovens e bem apessoados, digamos assim (Carrie imediatamente decretou "o de verde né feio não..."). Só que "isso aqui" que eles mandaram era "Ginseng afrodisíaco". Ridículo demais, pode devolver. Mas né que o bruto era ousado e veio conversar com a gente? "Vocês não são do Rio não, né?". Não, Pedro Bó, somos de Ubatuba. E de perto ele era mais feio e mais idiota do que tínhamos avaliado.

Nisso, um tiozinho que tava no balcão bebendo do nosso lado - e aceitou a oferta do ginseng por nós - me chamou e avisou "olha, pelo que ouvi aqui, vocês podem beber a noite toda de graça....".

É, pode ser útil.... gasto todo meu rico dinheirinho de moça trabalhadora em vestidos novos, me arrumo toda e vou pro Mineiro, sentar no balcão e esperar me pagarem cerveja. Pensando bem, pra isso nem precisa de vestido novo. Pensando melhor ainda, quero não.

11 comentários:

Dona Mila disse...

Po, Roberta, me leva pra beber de graça! Sou muito despudorada e aceito meeesmo, negar cerveja é contra minha religião. :)

Milena disse...

Ai ai.. sempre leio tudo de vc.. aqui e no HTP.. nunca comento. Essa coisa da cerveja é engraçada aki em Salvador os moços não tem sido assim gentis pelo menos, e se a gente vacilar eles quererm beber da nossa..kkkkkk Não nós conhecemos mas adoro você e tudo que escreve aquece meus dias. Beijusss Linda!

Rossana disse...

Poxa Roberta, quando eu tava aí no Rio ninguém pagava bebida, não!
Hoje contei para os meus "cálegas" gringos sua teoria sobre comida viva e comida morta. E não é que até os chineses riram? Um fato praticamente inédito! E ainda falaram que "essa sua amiga que criou a teoria deve ser muito engraçada"!
Viu só, estou ajudando a tornar a blogstar famosa internacionalmente :)

Cynthia disse...

Oi Roberta... adoro os teus blogs! Junto aos meus emails é a visita sagrada deles que me faz rir pela manha desse lado do Atlantico. Estou morando/trabalhando na Alemanha há uns anos, e já me coçei muito pra mandar uns "causos" no HTP no estilo "é tudo palhaço mesmo, independente de cor, idade ou língua que fala"! Vou ver se me animo qq dia desses e te escrevo... em cada uma, digno de "brasileiro". Abração

Rosi disse...

Título excelente, Roberta!
Acompanho seus textos há um bom tempo, não sou de comentar muito não, gosto é de rir das suas façanhas. A propósito, se eu estivesse no Rio ia no Mineiro contigo, rá!

Eugenia disse...

ai, amiga, sei lá. depende do momento, da cara dos caras, da vibração...

não sei como eram esses aí, mas
às vezes o cara nem e´ bonito, mas vai ser um bom papo, fazer a gente rir por alguns instantes.
ontem no carioca da gema eu aceitei duas cervejas long necks...risos... e ñ fiquei com o cara não. mas já sei a quem recorrer qdo tiver altos investimentos...
mais importante é a pessoa ser educada, não achar q pq te pagou uma cerveja vai poder ser inconveniente.

por outro lado, às vezes a gente só quer fofocar com as amigas, ñ quer ninguém sentando na nossa mesa, aí é melhor cortar o mal pela raiz mesmo.

ó, vou chegar tarde no encontro, mas vou. primeiro verei o show do Arlindo Cruz no Rival. É que saio cedo do trabalho, e não tenho nada pra fazer até as 8 da noite. e ñ vou subir Santa só pra malhar...e, acredite, qd um cara te oferece uma bebida, ele CONTA, SIM, com a hipótese de ñ conseguir nada em troca a não ser um papo rápido.

Morango sem chantilly disse...

So para registrar, o tal flme PVC estava coberto pela calça preta. Ninguém além da Roberta viu a minha tatuagem naquela noite. hehehehe...

O caras não valiam apena nem para conversa, menos ainda a tal bebida bizarra afordizíaca. Meu papo vale mais de 4 reais.

roberta carvalho disse...

Dona Mila, vc tem que conhecer Carrie, vcs vão se dar bem. Quando ela vier ao Rio formamos uma gangue de mulheres loucas e partimos pra pista. ;)

Milena, eba, adoro aquecer os dias dos meus leitores! Poxa, tive em Salvador ano passado, podíamos ter nos conhecido.

Rossana, sou uma criadora de teorias! Passa o link pra essa putada gringa ler! Quero dominar o mundo!

cynthia, cintia, syntia... egal!, aguardo os relatos. Se vier ao Brasil avise pra gente se encontrar. Se eu for à Alemanha aviso tb. Eu tinha planejado ir a Berlin em janeiro, mas a viagem caiu.

Rosi, pois então venha ao Rio e marcamos uma incursão!

Eugenia, a gente tava na pilha de fofocar. Távamos falando de gatos, sobrinhos, roupas e sapatos!

Amiga, sei que não ia ter que ficar com eles, oras. Ninguém tem que fazer nada que não queira. Só não tava a fim de fazer amizade.

Sei lá, confesso que me sinto desconfortável de um estranho perguntar se pode me pagar bebida. Nunca aceitei. Talvez seja bobagem, sei lá.

Graciana, somos valiosissimas, luxuosíssimas, inoxidáveis, né amiga?

Lady Metal disse...

Eu quero que role chopp dos leitores em dezembro/janeiro...aí eu vou!!

Fred disse...

Depois não sabem porque estão encalhadas...Vcs devem ser malas pra caralho. rs.

Carrie, a Estranha disse...

Não era mais feio de perto. Só tava tão travado q não abria a boca para articular as palavras.