quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Mau humor, teu nome é Roberta

E só piora.

Acordei menstruada, com dor de cabeça e cólica. Obviamente todas as roupas do armário tinham encolhido ou sido trocados por um duende durante a madrugada, pois nenhuma me servia. Como ainda não lavei roupa desde que voltei de férias, minhas opções de calcinha também tão ficando restritas (já comecei a reciclar meias). Acho que o duende também esvaziou as garrafas dágua, porque não havia uma gota pra se beber com um remedinho (vou comprar água mineral na farmácia quando chegar em casa, também não quero mais encher garrafas ou ir ao supermercado). De tomar café da manhã já parei tem tempo: posso dormir mais 15 minutos assim. Encontrei uma maçã podre na geladeira, odeio ecossistema na minha geladeira. Como vou direto do trabalho para o lançamento do livro de um amigo, botei um vestidinho mais arrumadinho, que pediu um sapatinho, embora eu quisesse vir de havaianas ou no máximo com um allstar velho. Desci para o trabalho e ventava: senti frio. Subi de novo pra pegar a jaqueta jeans. Quando desci, tinha aberto um mega sol. Ao chegar na esquina passaram os dois ônibus que me servem. Derreti no ponto vestida na caceta da jaqueta enquanto esperava outro e me atrasava. Tinha um cara pedindo dinheiro no ponto do ônibus. Entrei e havia uma mulher gritando ao celular. Eu tentava ler o capitulo 7 de "O universo das imagens técnicas - Elogio da superficialidade", de Flusser. O motorista era kamikase e o coletivo sacodia pra caralho. A dor de cabeça piorou. Guardei o livro. A mulher louca ainda gritava ao celular com a filha Julia. Outra, com um cabo de vassoura, ameaçava a integridade física do motorista avisando "eu tô com o pau na mão, pra andar de ônibus tem que ter o pau na mão". Em represália, ele parou muito depois do ponto, fazendo a gente andar como cornos filhos da puta que somos. A mulher do pau na mão gritou "quer levar a gente pra Penha? Olha que eu tô com o pau na mão". Atravessei a passarela pensando em Flusser. Passei pela entrada da repartição e dei bom dia à guardete e ao gatinho preto e branco que fica na entrada (ele tá lá todos os dias na mesma posição. Graciana que me chamou a atenção. Mas antes de eu sair de férias ele não ficava ali não, era um cachorrinho caramelo o ajudante do guarda). Entrei no meu prédio e em seguida na minha sala. Bafo. Aqui tá sempre um bafo do capeta, eles não gostam de ar condicionado. Fica suarento e bafento e eu odeio. Estou suada e irritada. Doida que alguém fale comigo pra levar uma patada. Enquanto isso, pentelho vocês.

5 comentários:

guetoblaster disse...

me bate, me chama de lagartixa, me joga na parede ! relaxa amor ! ta faltando vinho tinto e rosas

Fernando disse...

Já pensou na opção de não ficar menstruada? Mulher moderna pode.
Manda o duende pra cá trocar minhas roupas velhas por novas, kkkkk. Argth, que gente descontrolada, o descontrole emocional é contagioso; cuidado!

roberta carvalho disse...

Gueto, lagartixa!

Fernando, já bem, mas não posso parar de menstruar. Conversei com a minha gineco e as cracas que tenho no útero não me permitem.

Helga disse...

Hhahahaahah ADORO quando isso acontece. Fico caçando alguém pra soltar um A pro meu lado pra eu poder dar a patada. :)

juliana disse...

Roberta, você é maravilhosa...hahaha
Não estou sozinha no mundo...
bjo