Acordei com o telefone tocando pouco depois do meio-dia. Meu estado etílico ao chegar em casa não me permitiu o saudável hábito de tirar o som do aparelho. Era uma amiga dizendo que queria ir na Feira da Lavradio. Porra, nunca cheguei lá antes das 3h da tarde. Precisava ligar ao meio-dia? Tudo bem, a ansiedade, essa coisa terrível. A minha eu domo com rivotril e buspar, mas nem todo mundo tem o bom senso de ir a um psiquiatra pedir remedinhos da felicidade.
Não consegui dormir de novo, mas fiquei deitada tentando. Na dúvida se vomitava, morria, chorava ou simplesmente continuava deitada quietinha curtindo talvez a pior ressaca da minha vida, levantei e fui tomar um banho. Tava tonta. Tava bêbada ainda. Pensei em deitar no box, mas já quase me afoguei assim uma vez e fiquei traumada. Tomei um banho quente e longo a despeito da minha preocupação com os recursos hidrominerais. Continuava bebada, mas tinha melhorado. Tava enjoada, mas achei melhor comer.
Desci pra tomar café na padaria, afinal não tenho cafeteira. Não tinha a menor condição de andar, mas achei que pegar algum sol e ar na rua podiam me melhorar. Queria vomitar e não conseguia. Desaprendi a enfiar o dedo na garganta e vomitar lindamente como outrora. Duas da tarde pedi um pão na chapa e um café expresso e sentei na minha mesinha de madeira favorita, pra ver o povo e seus costumes passarem pela Praça João Pessoa. A cada mordida a dúvida se vomitava ou não. Pensei em pedir ajuda pra Lôra, mas que ela poderia fazer? Voltei pra casa e fiquei deitada até 4h da tarde. Melhorei, mas bateu fome.
Saí de novo e fui almoçar. Voltei agora. Minha irmã ligou pedindo pra eu ir na casa dela. Sem condições. Vou tentar dormir, afinal, hoje é sábado. Enquanto moça trabalhadora que cumpre expediente de 9h às 5h, de segunda à sexta, hoje eu posso enfiar o pé na jaca mais lindamente ainda. Já coloquei o despertador pras 10h, que é o tempo de levantar, tomar banhinho, botar roupinha, passar uma massa corrida na cara e partir pra vida. Me aguarda a minha caipirinha da saúde, aquela de uva, manga e pimenta. Depois, show do Tom Zé no Circo Voador. A vida é bela.
10 comentários:
gente,achei que eu era a unica hoje a acordar nessa sensação do vomito ou não vomito?pqp.que merda.
tomei coca-cola deu uma melhorada..mais andar de bus sacudindo não foi boa ideia...segurei com mt vento na cara...cheguei no trabalho(pq eu não vivo vegeto e trabalho todos os dias)e comi alguma coisa...mas agora.19h da noite...eu ainda não tou em condições de sair...tou ficando velha...vou pra casa dormir.
Monique Vieira
Para forçar o vômito era só ficar uns 5 minutos na igreja vizinha...
Monique, acredita que não tenho coca em casa e onde almocei só tinha pespi? uma merda.
Adriano, hoje não tem culto.
Menina, me conta, você dormiu no box uma vez? Hahaha, eu já!!! Mas eu recostei na parede, que fiquei com uma meda danada de me afogar. Devo ter dormido uma meia-hora lá, encostada na parede...
Adoro essas histórias!
Dei uma "deitadinha" pq tava muito bebada e meu braço tampou o ralo, que era pequeno, como o da pia do banheiro. E, como o box tinha uma muretinha de uns 20cm, acordei com a água entrando no meu nariz.
Pára Roberta, tá me dando dor no maxilar de tanto rir,da situação,ñ de vc...
Eu tô sempre com dor na barriga, como se tivesse feito abdominais, de tanto rir.
Roberta, eu só te liguei ao meio dia porque só tinha crédito no celular para ligação para fixo ou para celular da oi. E, por isso, queria conseguir falar contigo antes de você ir para a feira. Em Santa Teresa não tem lugar para comprar cartão de celular. Desculpe se incomodei seu sono. Pode deixar que não ligo mais. Bjs.
hahahahha
Inda bem que tu acordou, neguinha! Agora já sabe: da próxima vez, recosta na junção das paredes! Não tem nem com cair! Rsrsrsrsrs!!!
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