quarta-feira, 23 de julho de 2025

Chata, amarga e infeliz

Hoje ia começaram uma nova terapia. Como tinha um tempinho antes, resolvi tomar um café. No balcão havia um lindo bolo de chocolate. Pedi um café expresso e uma fatia de doce. Fui me sentar. Um senhor veio com bolo e perguntou se eu queria açúcar ou adoçante. Nisso, tirei um pedaço do bolo. O velho quase teve um treco e já que eu havia comido o doce, não deveria adoçar o café e começou a falar sem parar. 

Eu só queria ficar sozinha com os meus pensamentos pensando na terapia. Tá, eu podia ter dito "cala a boca, velho podre", mas estava numa vibe terapia, queria ficar quieta. Aquiesci e tomei o caralho do café sem adoçar. Realmente, não havia acidez. Não havia nada, era água morna. O bolo também se tornou o insosso. 
Insaciável, o velho desgraçado veio me mostrar os grãos do café. Ele não podia me deixar em paz, era mais forte que ele. 

Paguei e fui embora desejando mal a ele e a filha. Nunca mais volto naquele muquifo. 

Ele era tão insuportável que não podia aceitar que existe gente chata, amarga, infeliz e egoísta que quer apenas tomar sua merda do seu café com dois apertões de adoçante em paz? Se eu pago igualzinho aos felizes, doces e alegres, por que não posso ter paz?

Tomar no cu, velho podre 

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