sexta-feira, 1 de outubro de 2004

O motivo do choro
Menino Pedro me escreveu de tarde. Depois de ler meu blog achou q eu tava chorando há 2 dias pq não conseguia terminar o trabalho de O Orientador. Nem tanto.
Ontem tive um piti por vários motivos. Sabe qndo junta tudo? Pois é. O texto q não saia, o computador q dava pau toda hora, o cansaço, os textos acumulados pra ler, uma aula mala q me matriculei, uns vacilos q dei no trab, sei lá, uma conjunção astral desfavorável, sabe?

Liguei pro Lobão e comecei a chorar desfiando meu rosário de desgraças. Minha mãe, aquela vaca velha magrela podre e safada, ficou ouvindo escondida. Qndo desliguei veio me esculhambar. Disse q eu era resmungona, q parecia uma velha, q era fresca e q tinha problemas, q era tudo palhaçada. Fiquei muito chateada.

Nem só por ontem, mas pq ela sempre fez isso. Desde criança ela fazia isso comigo, tudo q era meu era bobagem, nada tem importância, tudo sempre frescura. Nunca estou doente, tenho problemas ou preocupações. Sou uma fresca ridícula. Só ela tem problemas, sabe? Desde q eu era muito pequena vi a magrela desequilibrada dando chiliques. Ela é apega ao seu tesourinho de desgraças de maneira totalmente esquizofrênica. Não admite q ninguém tente intervir. Os problemas dela são os maiores do mundo e totalmente insolúveis. Ela, pobre mártir, tem q carregá-los até a morte. Então ninguém no mundo tem o direito de se queixar de nada. Se ela (acha) q não reclama, como eu ouso?

Fiquei péssima e não conseguia parar de chorar. Queria bater nela.

Às vezes odeio minha mãe.

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