quinta-feira, 13 de outubro de 2005

NÃO
No referendo do dia 23 vou votar NÃO.

Ia votar nulo, afinal sempre voto nulo. Acho que todos deveriam votar nulo para mostrar que não concordam a essa palhaçada de referendo. Só que qndo começou a campanha vi que não ia dar, vou votar não.

Acho que na verdade sempre quis votar não, mas talvez esteja estivesse com culpa, afinal sou contra armas em geral, portanto deveria votar sim. Acho absurdo que se gaste dinheiro com armamento que só serve pra causar tristeza, enquanto existe fome e miséria no mundo. Não gosto de armas, não fico perto de quem as tem, jamais namoraria alguém que andasse armado e acho que deve ser coisa de quem pau pequeno, daí compra uma arma pra se sentir mais poderoso.

Mas por outro lado sou contra proibições per si também. E essa lei do desarmamento não me soava bem.

Achava melhor votar nulo pq não sabia quais interesses estavam por trás de cada lado, não tava a fim de ser joguete e preferia dizer "caguei pra vcs" através do voto nulo, como faço em todas as eleições pra qualquer coisa, principalmente quando sou obrigada a votar.

Quando comecei a ver os argumentos de um lado e de outro e depois que li a tal lei que estaremos referendando (ou não)....só podia votar NÃO.

Primeiro, a lei só proíbe a comercialização de armas e munição em território nacional, não a posse de quem já as têm ou o registro posterior de quem as importar. Ah, tá. Então os ricos podem se armar contra os pobres, né?

Em segundo, li que tirando as armas de quem tem direito a porte pela profissão que exerce, como policiais, militares, juízes e uns outros, só existem 16 armas legalizadas no Rio de Janeiro.
Hum....

A campanha do sim fala como se fosse facinho, facinho comprar uma arma atualmente. E infere que se o NÃO for aprovado no dia seguinte todo mundo vai comprar uma arma. Vêm com uma lenga-lenga de que as armas que estão nas mãos dos bandidos foram roubadas de cidadãos de bem. Ah, tá. As 16 armas?

Tem outro caô de que se a pessoa estiver armada pode dar um tiro em alguém numa discussão. Ah, tá. Amigo, eu não vou dar tiro em ninguém pq proibida ou legalizada eu nunca teria uma arma, porra! E se quisesse agredir alguém pegaria uma barra de ferro, uma ripa de madeira, um tijolo, uma pedra ou simplesmente daria duzentos real pra um guardinha municipal dar um corretivo no bruto, muito mais fácil e higiêncio. Só que eu não faço nada disso pq apesar de mal humorada e irritadiça, sou contra a violência e prefiro simplesmente blogar pra extravasar minha raiva em post coléricos. Simples assim, fácil assim e sem maiorres conseqüências do que uns leitores me chamando de "mal amada". Fala sério!

Sem falar que se o sim for aprovado ninguém vai conseguir comprar uma arma, né? Tipo assim, aqui no Brasil nem existe tráfico de nada, né? Alow, de ave em extinção a míssel, quem quer e tem dinheiro compra o que quiser nessa terra.

Os argumentos devem ser parecidos com os que usaram quando proibiram o consumo de maconha.

Então decidi votar NÃO. Entre favorecer os interesses dos contrabandistas e traficantes, além dos fabricantes de armas gringos e dos fabricantes de armas nacionais, decidi gerar emprego e renda por aqui mesmo. Até sei que se o sim ganhar a "indústria" do tráfico de armas vai crescer e arregimentar novos trabalhadores, então ia acabar absorvendo a mão de obra que seria demitida das fábricas, msa sei lá, sou careta sabe? Cada um faz o que quer, mas sempre prefiro não ser eu a incentivar atividades criminosas.

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