quinta-feira, 12 de outubro de 2006

"Morre fácil"

Mas querer me arrumar pretendentes não é mania só da minha irmã. Acho que todo mundo acostumou tanto em me ver namorando que não se conforma de me ver solteira, ou pelo menos desacompanhada. Toda hora alguém me liga, escreve pra avisar que vai me apresentar a alguém, botar fulano na minha fita, essas coisas.

Bom, pra se sincera não gosto muito disso. Acho esquisito. Prefiro sair por aí na pista e conhecer simpáticos estranhos por minha própria conta, mas também não recuso o empenho e a preocupação dos meus amigos tão dedicados e zelosos, né?

Nisso outro dia uma amiga minha me escreveu porque via orkut percebeu que tínhamos um conhecido em comum. Expliquei meu vínculo tênue com o bruto. "Pô, mas ele é um gatinho. Nunca tinha reparado, mas fulana me chamou a atenção pra ele. Tipo, é meio cafona, mas dá pra distrair "as vistas". Rimos e fomos fuçar o perfil da criança no Orkut. Tadinho, muito cafoninha: entre as cinco coisas que ele não vive sem listou "mulher". Babe, mulher não é coisa. E ele escreve tudo em caixa alta, gritando, sabe?

Manifestei ainda a preocupação em furar o olho da amiga dela, que eu conheço, e que teve o mérito de ter percebido o potencial do pitéu e tá trabalhando a criança há um tempão. Ela disse que não tem problema, pois fulana dá em cima dele há meses e não arrumou nada. O bruto se faz de gostoso pra cima dela e regula a mixaria. Perdeu mais pontos. Babe, a vida passa rapidinho, não dá tempo de ficar de frescura. Beijo na boca é bom, é de graça, faz bem pra e pele e lavou tá novo!

Essa semana ela me escreveu de novo. Tinha encontrado o mancebo em certo evento social que todos freqüentamos. "Aí, dei uma boa olhada no seu candidato. Morre fácil". Pois é, vejo que por força das circunstâncias serei obrigada a agendar uma ida ao convescote supracitado.

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