No momento é o que há...
Sexta passada no Riocenacontemporanea já tinha cansado de dançar e fui dar pinta pelas plataformas. Encontro meu amigo Paulinho. "E aí minha linda, pegou alguém?". Expliquei que ainda não tinha logrado êxito, embora reconhecesse que não havia me empenhado. Desde que cheguei tinha era encontrado os amigos, tentado encher a cara de cerveja quente e me acabado de dançar. Agora que tinha dado uma parada pra rosetar e, como meus pés já doíam, a idéia de dar uns beijos na boca não me parecia desagradável.
– Você já conhece fulano, amigo do cicrano?
– Conheço não.
– Branquinho, loirinho, compacto bem acabadinho, heterossexual.... acho ele bonitinho. Quer que te apresente? Tá ali, ó - disse apontando um caboclo que, pelo menos à primeira vista, não me falou à pleura.
– Meio mal ajambrado, não? Não gostei do cabelo nem da roupa. Que camisa é aquela?!
– Minha linda, você sabe que horas são? São 4h30 da manhã.
– Nooooossa, você tem razão. Jeitoso o garoto, hein? Como é mesmo o nominho dele?
Ficamos de sacanagem, discorrendo sobre a relação entre horário, quantidade de subtâncias entorpecentes ingeridas e rigidez dos padrões estéticos. Fomos tomar cerveja rindo muito e esquecemos o bruto mal ajambrado. Mas que realmente ao olhar o relógio ele se tornou um tchutchuquinho não posso negar.
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