O mundo é estranho
Ontem fui a um casamento. A noiva era minha amiga de infância. Na verdade, pior ainda, ela é filha de uma amiga de infância, um pouco mais velha que eu. Tipo assim, meio deprimente a filha de uma amiga casando - pior, a irmã gêmea dela já tem uma filha de 10 meses. Meio deprimente minha amiga de infância ser avó de um bebê de 10 meses. Me senti meio velha. Tá, minha amiga é oito anos mais velha que eu, mesmo assim, sei lá. Achei esquisito.
Bom, mas minha amiga, na exuberância plena dos 44 aninhos de pura travessura, com três filhos e alguns ex-maridos, tá bem pra caralho. Bonitona, poderosa, absoluta. Sou muito fã dela. Sofreu um acidente de carro quando tinha 33. Desde então é cadeirante. Desde então ela já fez taaaanta coisa. Construiu uma casa toda adaptada, criou os filhos sozinha, cuida da mãe velha, ajuda um irmão e um sobrinho meio trololós, trabalha, dá aulas, dirige e tem um cachorro.
Ela tá muito bem resolvida com um filho caçula enoooorme, uma filha casada, uma filha mãe solteira e uma neta linda de fofa. Além da mãe doente, o irmão e o sobrinho meio trololós, o cachorro e os namorados palhaços que vêm e vão. É uma pessoa feliz, viva, que bilha, sabe?
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