O mundo é estranho
Quando cheguei no xópi, liguei para Ana, afinal ela também é amiga do Menino Verde. A safada não atendeu o celular. Achei que tava no ônibus, no traslado do trabalho para o Solar Mattos. Tentei novamente mais tarde e nada.
Eis que, depois de comer pizza e encher os cornos de coca light, tamos procurando um banheiro quando ela liga. Em poucas frases descobri que ela estava no mesmo xópi que a gente (assim como metade do Rio de Janeiro), pois tinha ido ao cinema. Não só estava no xópi como tava andando na nossa direção. "Se tivesse combinado não ia encontrar tão fácil", vaticinou o Menino Verde.
Ela veio andando sorridente e se pendurou no meu pescoço. Uau, sei que a Ana gosta de mim, mas não sabia que era tanto. Nos vimos no sábado à noite! Teria sido mais lógico ela abraçar nosso amigo extraviado em SP. Aí ela, pendurada no meu pescoço, começou a chorar e soluçar. Eu abracei, passei a mão na cabeleira Casting Preto Ônix e.... e não sabia o que fazer. "Acabei de ver um filme. Tão emocionante!". Cara, quero ver esse filme não, vou sair chorando? Quero não. Que meda!
Confesso que quase chorei também, porque vocÊs podem não saber, podem andar dizendo por aí que sou cascuda, mas sou uma chorona da porra. Se alguém começa a chorar perto de mim, eu posso nem saber o motivo, mas começo a chorar também. Acredito que a esperança pro mundo é a solidariedade, sabe? Pois é.
Mas a PL conseguiu se controlar antes que eu me debulhasse em lágrimas também e nosso amigo saísse correndo. Fomos tomar um café, todos juntos, amigos para sempre, a Nitratinho Cascudo, a Potranca Lôca e o Menino Verde. Faltou Quéli Cachorra e Vicente PPS. Aí todos choraríamos.
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