Dos Palhaços Sovinas
Essa semana meu amigo Cafa aproveito o gancho da história do Palhaço Sovina, publicada no dia 14 de setembro, pra contar como ele, o Oráculo dos Cafajestes, lida as mulheres que vão ao banheiro quando a conta chega. O post também já tinha repercutido no blog das Solteiras do Rio de Janeiro. O André também fez um post comentando que um amigo dele ficou supreso quando uma moça tomou a iniciativa de pagar a conta, concluindo com a pérola "hoje em dia o macaco tá comendo a banana". Cara, leva a mal não, mas não sou nem macaco nem banana.
Eu adoro histórias de Palhaços Sovinas. Porque eu publico as histórias não quer dizer eu ache que meus pretendentes tenham a obrigação de me adular pagando minha conta. Como sempre digo, sou uma jovem senhora, do tempo que a corte cabia aos machos da espécie, mas não necessariamente isso inclui jantares. Não, não acho que os caras têm obrigação de pagar a conta. Não, não sou interesseira, muito longe disso, e a maioria dos meus namorados eram pobretões. Gosto das histórias e sempre que recebo publico porque, além de sempre tocarem fogo no circo (como diz meu amigo Gustavo Mardegan, eu gosto de causar), normalmente ilustram falta de noção (afinal, ninguém vai discutir que dividir uma conta de cinco reais não é falta de noção). O HTP na verdade fala de falta de educação, o que mais grosso modo ainda, se resume a falta de noção. Infelizmente, nem todo mundo tem senso crítico e de humor pra entender. Como sempre digo, os posts se resumem a "não precisava ter feito isso".
Como comentei no blog do Cafa, Eu nunca saio de casa sem dinheiro e cartão de crédito, nunca peço nada que EU não possa pagar, nunca vou a lugar nenhum achando que alguém vai pagar minha conta. Quando a conta chega, tomo a iniciativa de pagar minha parte.
Antigamente, quando eu era mais jovem, eu brigava pra pagar conta, pra dividir. Me ofendia se o cara queria pagar, achava que tava querendo alugar minha companhia. Até que conheci a sábia Nara Franco, que me ensinou que, se ele se oferece pra pagar a conta é porque quer e pode. Que não se briga pra pagar conta, seja com namorado ou amigo (a), com ninguém. Ela me convenceu. Hoje em dia, em nível de jovem senhora, se o cara toma a iniciativa de pagar, eu deixo, mas confesso que me sinto um pouco desconfortável.
Normalmente, no primeiro encontro eu deixo os rapazes pagarem a conta, acho bonitinho, gentil. Mas também não acho nada errado se ele aceita dividir. Se emplaca um namoro, prefiro dividir. Afinal, se eu fosse bancar alguém toda vez que saio ia quebrar, então porque vou esperar que ele tenha dinheiro pra isso?
Tá, não precisa contar centavos nem ficar contando quem tomou quantos chopes. Ou divide-se mais ou menos ao meio a conta ou um paga o cinema e o outro a pizza ou um dia um paga tudo e na próxima saída o outro paga ou cada um paga quando der na telha, sei lá.
Eventualmente, se o bonitinho tem síndrome de macho alfa provedor e faz o número do ofendido, afirmando que não aceita dividir, então, amigo, pode pagar, né? Feio é ficar brigando pra pagar conta, discutir por dinheiro. Pensando bem, isso nem deveria ser questão, muito menos valer um post.
Pois é, como disse meu amigo Cafa, o negócio é o tal bom senso.
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