Festival O mundo é estranho
Já que comecei a fuçar o passado recente e dar relatório atrasado, do Carriversário rumei pra Lapa pra encontrar com Ana Paula Mattos. Pretendíamos sacudir nossas belas bundas num pagodinho na Fundição Progresso. Aê, mó derrota! Uma das maiores concentrações de gente feia por metro quadrado que já vi em toda minha vida. Sendo realmente justa, gente feia, bizarra, mal vestida e mal educada. Os homens eram todos anões! Eis que estamos no reino de liliputh de novo!
Eu e Ana Paula, que távamos naquela vibe “tô tão piranha hoje”, gargalhávamos porque não conseguíamos sequer vislumbrar nada que se beijasse. O único que vimos e que era mais alto que a gente, quando riu, não tinha um dente. “Aê, quanto será que a dra Sheila cobra pra consertar aquilo ali? Quer dividir o homem e o prejuízo?”. Claro que távamos de pilha. Ele não valia o michê.
O episódio mais divertido da noite foi uma quase-briga no bar. O único homem alto do evento queria pular pra dentro do bar pra espancar o anão-atendente. Ficou num pula-não pula. Te encho de porrrada-só ameaço. Eu, sorvendo minha pepsi light (infelizmente não havia coca) de canudinho, com meu lindo queixinho apoiado na mão, fiquei observando do canto do bar. Como vi que ia ficar só na pantomima, vazei.
Foi uma noite perdida. Nossos pezinhos estavam cansados, a cerveja quente. Acabamos indo embora bem na hora que chegou o DJ Tubarão. Nem deu tempo de fazermos coro com o mulherio enlouquecido e gritando “Tubarããããão.......”.
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