Orgulho de amiga
Hoje fui à defesa da dissertação de mestrado do Vicente-vem-dar-o-cu-pra-gente Magno. Ai, que orgulho. Quase chorei, fiquei realmente emocionada. Tive que sair correndo para o trabalho, nem deu tempo de dizer a ele como aquele dia era importante pra mim também.
Enquanto ele falava, enquanto a banca falava pensei no caminho que todos percorremos desde que eu inventei de entrar para o mestrado, em 2003. Caralho, como o tempo passa rápido. No segundo semestre de 2003 fiz a prova pra seleção do mestrado na Uerj. Tirei férias e, em um mês, estudei pra me atualizar e pari um projeto razoável. Em abril de 2004 comecei o mestrado. Vicente me apoiou o tempo todo, me empurrou pra frente, me ajudou, ameaçou me bater quando eu quis desistir e me abraçou quando eu quis chorar. Vicente é o meu melhor amigo, entre tantos amigos maravilhosos que tenho. Assim que entrei no mestrado comecei a pentelhar ele pra entrar também. Ele dizia que não sabia, que blábláblá. No ano seguinte ele fez a prova: começou no ano que terminei.
Lembrei de todas as dificuldades que ele teve pra fazer essa dissertação, trabalhando pra caralho. Para terminar ele chegou a pedir demissão do emprego e ficar em casa só escrevendo uma época. Lembrei da gente no Intercom 2006. Lembrei do dia da minha defesa, no segundo semestre de 2006. Vicente tava lá comigo. Treinei apresentar pra ele antes da defesa e fomos beber juntos depois.
Pra aumentar minha emoção tava lá Janete, recém chegada do Japão. A Jan acho que foi quem mais me ajudou e incentivou a entrar no mestrado. Ela ajuda todo mundo em tudo, é a mãe de todos que já passaram pelo Laboratório de Pesquisas de Opinião da Uerj e dos agregados, como eu. Desgraçada de CDF, ela começou o dela em abril de 2003 e foi aprovada com louvor em agosto de 2004. Foi a primeira defesa que assisti na vida e fiquei orgulhosíssima. Ela escreveu uma dissertação de 400 páginas em pouco mais de um ano, isso sendo funcionária da Uerj no LPO, ajudando nas aulas de Pesquisa de Opinião na graduação e na pós, fazendo graduação em Letras/Japonês e dando aulas de japonês nos cursos para a comunidade. Claro, tudo na Uerj, porque ela não tem teletransportador. Ah, ela já tinha graduação em Economia pela UFF e em Relações Públicas pela Uerj. Depois ganhou uma bolsa não sei das quantas e passou dois anos no Japão. Dessa experiência vai sair o projeto de doutorado. A Jan é foda. Não vou dizer que eu não teria entrado para o mestrado e conseguido concluir sem ajuda dela, mas certamente teria sido muito mais difícil. Aliás, teria sido muito mais difícil sem a ajuda de tantos amigos: minha lista de agradecimentos era imensa.
Hoje foi um dia muito especial na minha vida, muito alegre e muito emocionante.
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