segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dilema

Quer dizer, na verdade apenas um impasse. Não corto meu cabelo desde o meu aniversário, em fevereiro. Como tinha cortado beeem curto – tanto que meu look foi apelidado de “menor infrator”, ele tava segurando bem. Agora começou a me incomodar e acho que precisa ser cortado, que está com pontas e meio mal-ajambrado.Só que todos os meus amigos dizem que está ótemo e lindo, em um de seus melhores momentos, e olha que meu cabelo é lindo. Ai-ai-ai. Quase desisto, mas só quase. Vou cortar. Tenho uma regra de que cabelo quando raspa nos ombros tá na hora de tosar. Cabelo comprido é coisa que não precisa. Na minha opinião, ninguém devia usar cabelo abaixo dos ombros, sempre fica melhor curto.
Vida nova, cabelo novo

Com a função de juntar e tirar cópia da documentalha pra tomar posse, não tive tempo pra nada nos últimos dias, nem de blogar, nem de me cuidar. Agora vou aproveitar pra ter uma semana mulherzinha: cortar e pintar cabelo, depilação, massagem e alegria. Não falei que vocês iam conhecer uma blogueira nova?
Vida nova

Sexta-feira fui à repartição buscar minha declaração de tempo de serviço. Aproveitei para almoçar com Vavs. Ela comentou como minha vida mudou esse ano. “Mudou de casa, tá mudando de emprego, tá tudo dando certo na sua vida. Agora você tem que parar de dizer que ano ímpar é melhor, 2008 é par!”. Nada, filha, 2008 é par, mas é bissexto.

Lembram que eu tinha dito que ia mudar minha vida toda esse ano? Rá!
A Moqueca do Mendonça

Não foi uma despedida oficial, mas fez as vezes de. O casal Mendonça organizou um convescote vespertino no sábado, com a presença dos editores da repartição, seus cônjuges e rebentos, A Noiva e alguns amigos de Dona Mendonça. Enchemos a cara de cerveja e comemos moqueca. Bebemos mais e comemos brigadeiro. Os meninos foram comprar mais cerveja e continuamos bebendo. Sei que cheguei no Solar dos Mendonça às 14h e fui embora quase duas da manhã. Há fotos.

Na próxima semana vai haver ainda um bota-fora com os cálega tudo.

Por falar em foto, quando fui limpar minha máquina na repartição, encontrei fotos de uma festa de fim-de-ano de sei lá quando. Mendonça traja uma camisa verde-alface e um corte de cabelo meio repolhudo. Vou imprimir e passar lá pra colar no Mural dos Horrores. Também há fotos onde apareço. Estou básica, de saia jeans e camiseta preta. Nada que manche minha reputação. Rá!
O lodo do Mendonça

Como sou gente boa, deixei duas grandes amigas minhas trabalhando com ele. Vavs já tava lá e I.V. assumiu meu lugar. De uns tempos pra cá, toda vez que havia uma vaga na repartição eu tratava de passar para Mendonça currículos de alguns amigos meus. Como é claro que eles eram melhores que os outros, sempre eram contratados. Fiz isso para o próprio bem de Mendonça. É que se eu deixasse, na ânsia de contratar alguém, ele ia enfiar a mão no lodo que existe num canto da sala dele e vasculhar. O primeiro ser mutante e comedor de ratazanas que ele catasse no meio da lama ia puxar pra cima e nomear. Já que depois eu que ia editar as matérias, tratei de lacrar a tampa do personal lodo do Mendonça.
Adeus, Mendonça

Me despedi da repartição na terça-feira passada e minha exoneração foi publicada no D.O. de quarta. Mendonça tentou me dissuadir, me convencer a não assumir o cargo, mas claro que não logrou êxito. Agora ele choraminga que eu o troquei por dinheiro. Nada disso, em matéria de mariolas, as repartições são quase equivalentes. Eu o troquei por estabilidade.

Agora Mendonça terá que se virar sem sua Marilda.
Adeus, férias

Sim, até começar na nova função estou de feriaszinhas, não remuneradas, é verdade, mas mereço algum descanso. Eu ia tirar férias em julho e, com a mudança de emprego, vou amargar mais um ano inteiro trabalhando sem férias.
Upgrade de repartição

Em 2006 eu havia feito um concurso público para uma repartição federal e fiquei classificada quatro posições além do número de vagas oferecidas. Para mim aquele já tinha caducado e havia lido algo sobre a organização de um novo concurso em futuro próximo. Eis que numa quarta-feira dessas da vida abro meu e-mail e encontro uma mensagem supostamente enviada pelo órgão: “Atualize seu cadastro”. Pensei “Ah, é spam”, mas rapaz, não é que não era?!

O negócio expirava na sexta. Como preenchi o formulário online, meu nome foi publicado no DOU no dia seguinte, quinta. Isso que é agilidade, hein? Tá certo que levou dois anos, mas e daí? Quando resolveram fazer, fizeram, né? Daí que, a partir da nomeação, eu tinha um mês pra tomar posse e 15 dias para entrar em exercício, o que pretendo fazer no dia 7 de julho.

Ok, a moral da história é que agora serei barnabé federal: vou dar um upgrade de repartição. Tá certo que vou continuar trabalhando numa espécie de meia-água, um puxadinho no meio do mato, mato esse praticamente fora do perímetro urbano, algo como uma transição entre a zona industrial e a zona rural da cidade, mas não se pode ter tudo na vida, né? Tu quer cu e ainda quer raspado? Francamente, meu filho!

Agora você pergunta, mas e eu com isso, porra? E tu com isso que é motivo pra beber. Vamos comemorar! Vamos ao chope da posse?

domingo, 29 de junho de 2008

Por falar em contar histórias de maneira engraçada

Sempre que dou alguma entrevista os leitores comentam que se surpreendem com meu jeito, que pareço calma, tímida, sei lá. Alguns dizem a mesma coisa quando me conhecem. Já teve um que se surpreendeu “Nossa, mas ela é linda, meiga e educada!”. Na verdade, esse era leitor do HTP e esperava uma baranga mal-amada, seja lá o que isso for, mas não esperava a Roberta Carvalho.

Cheguei a conclusão que a decepção dos leitores se dá por pensarem que sou comediante. Gente, eu sou uma contadora de histórias, digamos que eu seja uma boa redatora, mas não sou humorista nem atriz.
Relatório de fim de semana

Sexta foi aniversário de Danny, minha amiga desde a 8ª série (ela não gosta que eu diga há quanto tempo nos conhecemos, mas naquela época tínhamos 14 anos). Ela marcou, pelo segundo ano consecutivo, numa pizzaria mequetrefe, mas parece que a família dela gosta. Não importa, aniversário da Danny é aniversário da Danny. Da “época do colégio”, compareceram AnaPaulaD, IS e Pati. Comi umas quatro fatias de pizza do tal do rodízio, pra garantir a azia da madrugada, bebi umas duas ou três cocas zero pra rebater e ri muito. Desta vez, quem mais falou foi Pati. Acho que não éramos tão próximas nos idos de 1985, não sabia das confusões familiares dela na adolescência. Que coisa, mãe maluca é coisa que quase todo mundo tem, né?

Além do cabelo perfeito e lindo, ela tava elegantérrima de vestido de shantung verde e echarpe bordada. A safada além de tudo tem dotes manuais e faz bolsas, colares, broches e uma infinidade de tranqueiras lindas. Que coisa. Bom, eu tenho talento de saber contar histórias de maneira engraçada.

Observadora, IS diz que nos tempos do colégio eu tinha olhos de passarinho assustado, mas que hoje tenho olhar curioso e atento.

Tava um frio do capeta e fui pra casa meio cedo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Dos compartimentos repartitórios e barnabéicos

A repartição possui uma tosqueria anexa funcionando em seu porão. É interessante diversificar os negócios, sabe como é. O diferencial é a tipologia barnabéica que lá prolifera: não são os comedores de ratazanas que prosperam. Ouvi dizer que uma filha-neta do austríaco, tão logo se viu liberta, fugiu para cá e instalou-se no subsolo repartitório. Segundo me disseram, apenas alguém criado sendo molestado em um porão poderia ser tão tosco. No entanto, vocês sabem como são velhos hábitos e como algumas pessoas são apegadas ao passado e à família. Assim que se aboletou, ela passou a reproduzir o esquema aprendido na casa de papai-vovô: arregimentou uns comedores de ratazanas desprevenidos ou mais fraquinhos das idéias para molestar. O negócio é que, dizem, não apenas há a conivência dos vizinhos, como também do síndico.

Como as histórias se repetem e como o mundo é mesmo estranho, né?
Histórias de repartição

Ouvi falar que, dia desses, uma cálega de repartição (cuja dieta protéica desconheço) confidenciou a Mendonça que não sou querida entre os apreciadores de acepipes roedores. Parece que acham antipáticos meus hábitos alimentares. Há quem creia que encarnei a Fera da Penha. Não tenho talento para tanto, juro. Dizem que ela finalizou afimando que Mendonça e eu temos muito brilho e “gente que brilha incomoda”. Pois é, comer ratazana ofusca.

domingo, 22 de junho de 2008

HTP no Microonderia

O Microonderia preparou um concurso de design para adesivos de microondas (óbvio) que inclui uma coleção de adesivos de blogs. Adivinha quem está participando? O blog Homem é tudo palhaço, é claro!

Os adesivos dos blogs são uma categoria independente, com os votos e o prêmio separado dos outros adesivos competidores. Mais detalhes no post.

Pois é, queridos, peçam sua pipoca e votem no HTP. É só clicar aqui. Se você já tiver cadastro no Camiseteria pode usar o mesmo login e senha.

Claro, aproveitem pra divulgar em seus blogs e para seus amigos e inimigos.
O moleskine sem elástico dela

Uma grande amiga me apresentou ao seu blog secreto dia desses. Quando ela permitir a divulgação vocês vão adorar. Ela é inteligente, culta, divertida e debochada. É minha amiga, oras!

sábado, 21 de junho de 2008

O mundo é estranho

Essa semana não consegui blogar, além da falta de tempo, quando arrumava uma horinha pra postar simplesmente não conseguia acessar o blogger. Um complô tecnológico contra mim! Aliás, contra meus blogs.

Alguns posts eu salvei na pendrive, outros deixei pra lá. Aproveitando minha estada em casa de mamãe neste fim de semana, vou publicar os que guardei. Vou colocar data retroativa ao dia em que foram escritos, pra marcar meu humor em cada dia. São bons posts, leiam.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Consulta

Alguém aí sabe fazer confit de tomate?
Confissão

Escrevo comendo Doritos e bebendo coca zero. Ai-ai, os homens da minha vida.
Reflexões II

Com todos eu bebo cerveja.
Reflexões

Tava deitada pensando (não resisto à piada previsível: sim, às vezes eu penso). Pensei naquele item do perfil no Orkut “Com os relacionamentos anteriores aprendi”. Com um aprendi a comer azeitonas, com outro a apreciar Doritos (logo eu, que evito alimentos industrializados). Impossível não lembrar de cada um quando como uma ou outra coisa.

Pensei mais: pobre dos homens que passaram pela minha vida sem deixar nenhuma marca gastronômica, que mediocridade (e olha que não sou nenhuma glutona). Joelho de porco, bolinho de bacalhau, pizza na lenha, chocolate amargo. Impossível comer cordeiro sem lembrar dos olhos verdes do marinheiro (ah, se eu fosse marinheiro, era eu quem tinha partido...). Pensando melhor, ainda bem que sou proto-vegetariana.

Apenas reflexões.
Resoluções práticas

Eu tinha comprado um espelho para colocar no banheiro da minha casa nova. Não era um espelho luxuoso, mas era simpático. Como não possuo furadeira e não conheço machos capacitados a operar uma, o espelho jaz em cima da mesa, encostado na parede. Eis que, escrevendo, quando levanto os olhos acima da tela, vejo meus olhos. Gostei. Como já acostumei a escovar os dentes sem ver e não penteio cabelo mesmo, o espelho fica aqui e foda-se o banheiro.
Afazeres domésticos

Outro dia recebi uma ligação de alguém interessado em levar o HTP para certo portal de informação. A proposta era interessante e conversamos longamente. Nunca mais tive notícias, mas conversa rendeu frutos interessantes. Meu interlocutor perguntou sobre os acessos do blog e respondi que abriria o Google Analytics para ele. “Me passa seu gmail, mas só vou fazer isso quando chegar no trabalho que me mudei há pouco tempo e ainda tô sem Internet”. Depois que desliguei me toquei que já me mudei há quase três meses, pouco tempo porra nenhuma, pouca vergonha na cara. Na verdade, pouca paciência para comprar todas as opções disponíveis e tomar uma decisão. Mas nisso, nesse instante percebi que a casa ta montada: tem quase tudo de necessário. Além de itens de decoração, só faltam as cortinas e a Internet. “Só”.

Naquele momento pensei “porra, vou tomar vergonha na cara e resolver essa porra”. Isso foi há umas três semanas. Jacaré resolveu? Nem eu. Sigo desconectada com a janela desnuda, sendo acordada pela claridade.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Alegrias noturnas

Madrugada dessas, tô eu zapeando. Pela segunda vez, ao passar por um dos telecines da vida, me deparei como filme Cortina de Fogo (aquele dos bombeiros, lembra?). Vou ver essa merda mermo.

Tava começado: daí a pouco a cena onde o Robert De Niro leva o Baldwin bonitinho pro que ele chamou de “controle de pragas”. Uma espécie de audiência onde está sendo decidido se um velho incendiário preso, interpretado pelo Donald Sutherland, tem condições de ir pra condicional, regime semi-aberto ou coisa parecida. Ele fala para a banca que entende que causou sofrimento, se arrepende e blábláblá.

O De Niro se levanta, saca uma boneca chamuscada de um saco de papel e, mostrando a ele, pergunta se ele lembra de quem era a boneca, se ele lembra da garotinha a quem pertenceu o brinquedo.

- E o que você fez com ela?
- Botei fogo.
- E o que você faz com velhinhas?
- Boto fogo.

O brilho nos olhos do incendiário e a o prazer na voz foram sensacionais! A galera vibra! Comecei a gargalhar e aplaudir. Meu ídolo! Também quero tocar fogo em garotinhas e velhinhas!!!!
Mas enfim. Tô puta porque apesar de mal-humorada e escrota, sou educada. Tenho escrúpulos babacas de magoar as pessoas, mesmo as que merecem. Daí quando penso em um post, logo em seguida lembro “mas fulano pode se reconhecer”, “beltrano pode se chatear”, se Cicrano ler vai ficar ofendido”. Mas que caralho, hein? Pra que que fui fazer blog assinando meu nome verdadeiro? Nem sequer posso esculhambar a idiotice que me cerca.
Ah, e por favor, não venha me ligar ou me escrever pra me contar da sua vidinha de merda, porque eu não te ligo ou escrevo pra falar da minha vidinha de merda, ta? Aliás, você é tão mesquinho em sua imbecilidade, que nunca percebeu que eu caguei pros seus questionamentos infantilóides? Claro, também nunca te ocorreu que eu tenho os meus próprios questionamentos infantilóides pra me ocupar, logo não tenho tempo nem estou interessada nos seus, assim como você não está interassado(a) nos meus? Você já percebeu que me aluga me contando esse mar de babaquice mas não sabe da minha vida? Então não me enche porque não somos amigas.
Sabe outra coisa que me irrita? Gente que quer entender tudo e pergunta “Por quê?”. Porque de cu é rola, meu amigo. Vai tomar no seu cu e não me enche o saco. Por que você vai tomar no seu cu? Porque vc é chato pra caralho, porra!
Pior que censura, só auto-censura

Ai, falta de paciência é mesmo uma merda e fode o mundo. Eu tô tão chata, mas tão chata que tô sem paciência até para brigar. De discutir ou polemizar eu nunca gostei mesmo porque não estou interessada em gastar meus argumentos com você, seu imbecil. Não quero te convencer de nada nem me interessa te tirar do seu medíocre limbo intelectual, sabe? Caguei pra você e suas certezas de merda. Freqüentemente, quando exponho alguma opinião e alguém discorda veementemente e diz “nossa, mas por que você não gosta dele/disso/daquilo?”, pra não sentar-lhe um soco no pau do nariz respondo “Porque o cabelo dele é feio”. Sabe, a pessoa vai me achar idiota/fútil e vai me deixar em paz. É prático e caguei pro que ela pensa de mim mesmo.

Cada vez mais tenho respondido “o cabelo dele é feio” ou “ele se veste mal”. Sei que com essa atitude não estou contribuindo para tornar o mundo um lugar melhor de se viver. Mas porra, o mundo não vai mesmo se tornar um lugar melhor de viver, então vou tornar a minha vida melhor de se viver e vou me aborrecer menos. Certa vez, como nutria certa consideração pelo meu interlocutor, expus alguns dos meus pontos-de-vista. “Noooossa, falando assim eu entendo. Puxa, como você é inteligente, eu nem tinha pensado nisso. Mas por que você não argumenta?”. Porque eu sou inteligente e você burro, seu idiota.
Mau-humor, pra que te quero?

Ando muito chata, mas muito chata mesmo. Quase que nem eu me agüento, mas a alternativa é o suicídio, então vamos levando. Tudo me aborrece, me entedia. Ando sem paciência ou boa vontade. Não sou obrigada a ouvir babaquices, sandices e futilidades. Como também ninguém é obrigado a ouvir meus comentários ácidos ou aturar meu azedume, me tornei reclusa. Eu não te ligo, você não me procura. Você não me enche, eu não te conto como você é um imbecil. Você não me pentelha e eu não te dou uma porrada nessa tua cara de babaca. Ai, como é bom estar de acordo e conviver com pessoas que respeitam as diferenças.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Boa noite

Acabou a coca zero.
Ai, como é reconfortante estar entre os meus

No dia seguinte almoçamos juntos antes de cada um seguir para sua repartição. Fomos quase antipáticos e quase grosseiros com o garçon. Oras, oras. Se sentamos na varanda é porque não preferimos sentar na parte de dentro. Que pergunta idiota! Na verdade, o cartaz de “proibido fumar” nos deixou com pouca boa vontade. Sei que é uma lei, mas não me conformo. Olha que nem fumo, mas sou solidária aos meus amigos fumantes. Então tem que ser tudo igual? Tudo tão autoritário? Não seria mais civilizado “fuma quem quer e vem aqui quem quer”? Por que não há bares onde não se fuma, outros onde se fuma se quiser? Os não-fumantes que se reúnam nos bares anti-tabagistas, oras.

Detesto imposições.
Certas coisas eu só conto para O Orientador. Ele até briga comigo, até me censura às vezes, mas na verdade partilhamos código ético e estético em relação a quase tudo. Contei a ele de certa fantasia recorrente minha. Apesar de reconfortante, ela me causa culpa. Ele disse que tem certeza de que não é uma fantasia e concorda, mas que também não confessa pra ninguém ou seria linchado. Me exortou a não me sentir culpada, ao contrário, pra ficar esperançosa. Hoje, pensando bem, não é culpa que sinto: é apenas a constatação da inadequação. É saber que tal pensamento é rechaçado pela sociedade, e seria considerado doentio ou exibicionista. Na verdade, tenho é preguiça das críticas que ouviria. Fica entre nós então.
Quando acabar a coca zero vou dormir

Domingo jantei na casa de O Orientador. Eu já tava de camisola de gatinhos coloridos (azul, laranja e verde em fundo branco) cortando revistas quando tocou o celular. Ele tinha acabado de chegar do sítio e tava fazendo macarrão. Troquei de roupa e corri pra lá. Bebemos muita cerveja e alguma coca zero, comemos entradinhas de queijo e depois macarrão com lingüiça. Prescindimos da sobremesa. Falamos mal do mundo e trocamos confissões inconfessáveis. Coçamos gatos e rimos. Vimos TV e nos divertimos. Quando a TV a cabo deu pau e saiu do ar fomos dormir.
A vida é bela

Estou tão alegre hoje, quase exultante. Pena que o despertador vai tocar antes da 7h da madrugada. Infelizmente, apesar de bem saber que o mundo não existe antes das 10h, eventualmente sou enredada nessas ficções.
Estava para blogar...

Lembrei de um texto em um livro escolar da minha infância. Algo sobre um marido chato pentelhando a mulher por um figo que estava para passar. O palhaço sai para o trabalho e, da janela de casa, a mulher vê um rapaz passar pela calçada, tirar o figo do galho que pende sobre o muro e comer. Quando o marido chega e pergunta pela fruta ela responde “O seu figo que estava para passar mas não passou, porque passou quem passou. Se não passasse quem passou, passava, mas como passou quem passou, não passou.

Pois é, ando para blogar, mas não blogo. :P

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Dia dos namorados

Ganhei galochas vermelhas de presente. Lálálálá...

Agora quero que caia um dilúvio pra eu estrear meu calçado anfíbio!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cabelo novo

Não corto nem pinto o cabelo desde o meu aniversário, em fevereiro. Tinha cortado beeem curto – tanto que meu look foi apelidado de "menor infrator" - daí ele ainda está semi-curto.

Os primeiros fios brancos começaram a aparecer quando eu tinha 14 anos, pinto cabelo desde os 19, daí nem lembrava a cor "de verdade" dele. Comecei com henna, passei pro tonalizante e recentemente usava tintura mesmo, variando mensalmente entre tons de castanho avermalhado. No passado já usei a peruca do Ronald Macdonalds, listras platinadas sobre o cabelo castanho escuro, mechas vermelhonas e o diabo-a-quatro.

Quando começou a crescer desta vez achei que os fios brancos não tavam aparecendo tanto. Depois, achei que eles eram simpáticos. Em seguida, fiquei curiosa em relação à cor castanho escura que ia surgindo na raiz. Aí lembrei da Bela falando em como acumulamos chumbo no organismo pintando os cabelos.

E assim resolvi que o cabelo tava ótimo do jeito que tava e pronto. Tava, do verbo não está mais. Grisalho tava indo bem, mas como tá grandinho e a tinta desbotou ficou tricolor: quatro dedos castanho escuro mesclado com branco e outros quatro de castanho avermelhado desbotado. Não, não está bom. Marquei hora no cabelereiro pra sexta da semana que vem.
Marcos?!

Mal chegou na repartição ontem, I.V. veio correndo falar comigo.

– Sonhei com você. Sonhei que você tava grávida, com o maior barrigão.

Ao som da gargalhada da Vanessa, olhei pra ela com cara de "só me faltava essa" e respondi "Obrigada, muito amiga você". Ela nem se abalou, continuou animadíssima.

– Aí eu te perguntava "tá feliz?" e você "é, mais ou menos, não ligo muito pra isso, mas o Marcos está super feliz!". Lembro perfeitamente de você falando do Marcos, por isso vim correndo contar.
– Marcos?! Quem é Marcos?! Não conheço nenhum Marcos!
– Eu sei, por isso vim contar!

Como eu sempre digo, o mundo é estranho e meus amigos todos doidos.
Hoje acordei cantando...

Na verdade, acordei ouvindo a Marisa Monte cantar Velha Infância. Em alguns momentos acompanhei, afinal, hoje é dia dos namorados. :P

Você é assim,
Um sonho pra mim,
E quando eu não te vejo.
Eu penso em você,
Desde o amanhecer,
Até quando eu me deito.
Eu gosto de você.

E gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta,
E a gente dança
E a gente não se cansa.
De ser criança,
A gente brinca,
Na nossa velha infância.

Seus olhos meu clarão.
Me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem o caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.

Você é assim,
Um sonho pra mim,
Quero te encher de beijos.
Eu penso em você,
Desde o amanhecer,
Até quando eu me deito.

Eu gosto de você,
E gosto de ficar com você.
Meu riso é tão feliz contigo.
O meu melhor amigo é o meu amor.

E a gente canta,
E a gente dançar,
E a gente não se cansa.
De ser criança,
A gente brinca
Na nossa velha infância.

Seus olhos meu clarão,
Me guiam dentro da escuridão.
Seus pés me abrem um caminho.
Eu sigo e nunca me sinto só.

Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.
Você é assim, um sonho pra mim, você é assim.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Resoluções

Lembram queu disse que ia mudar minha vida em 2008? Rá! Casa nova, emprego novo... Pensando nisso resolvi mudar mais ainda, resolvi me reinventar de novo. Vou mudar tudo. Tremei! Lá vem uma blogstar novinha em folha. Quem viver verá.
A vida é bela, mas às vezes é dura

Juro que tenho tentado blogar, mas nunca dá tempo. Muito trabalho, muito aborrecimento, muitos compromissos e pouco tempo.

Pois é, não bastassem as aulas (em nível de ouvinte) no doutorado e as reuniões do grupo de estudo, com suas respectivas leituras, a manutenção de mamãe lelé, meus compromissos gateiros e ailurófilos, as demandas da repartição, incluindo a manutenção psicológica de Mendonça, minha própria manutenção estética e psicológica, meus recém-adquiridos afazeres domésticos, a visita à dentista todas as quartas, os médicos que freqüento, os encontros com meus amigos... ai.

Pronto, tô atrasada. Fui.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Em boca fechada não entra mosquito

Cuidado com mal-entendidos! a polêmica está no ar!
04/06 às 7h12 a 30/06 às 2h40
Marte em oposição ao Mercúrio natal

Alerta vermelho, Roberta! Entre os dias 04/06 às 7h12 e 30/06 às 2h40, um choque entre o Marte do céu e o Mercúrio do seu mapa de nascimento pode indicar um período em que mal-entendidos podem ocorrer. Discussões desnecessárias podem ser iniciadas por conta de você dizer algo sem pensar. Vale aqui cultivar o máximo de bom senso, para saber quais discussões realmente valem a pena. Tomar mais cuidado com o que você diz evitará também problemas no que diz respeito a fofocas - nesta fase, Roberta, há o risco de você dizer uma coisa e tal coisa ser propagada (e distorcida) de uma forma inimaginável, como se você tivesse dito uma maldade, o que não é necessariamente verdade. O silêncio deve ser cultivado, e procure se abster de emitir opiniões. A prudência verbal é essencial neste período. Você poderá dizer o que pensa mais tarde. Falar agora apenas dará aos outros material de sobra que poderá ser usado contra você!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Imunizada! Imunizada!

Ontem tomei a última dose da vacina para hepatite B.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Alegria, Alegria

Mas não é que depois de um longo e tenebroso inverno está tudo dando certo na minha vida, melhor do que a encomenda? Rá!