A repartição
Eu adoro o trabalho que faço e gosto da equipe, me dou bem com praticamente todo mundo ou pelo menos não chego a odiar ninguém. Quando alcanço a porta da sala onde trabalho, aciono a maçaneta, entro e fecho a porta atrás de mim a vida é bela. Gosto do que faço lá e dos meus cálega de repartição tudo. O negócio é que não possuo um tele-transporte entre a portaria do meu prédio e minha sala de trabalho.
O Orientador tentou me animar contando que levou 3 anos pra se acostumar com a Uerj. Três anos... que animador. Tudo bem, hoje em dia, doze anos depois, a Uerj é a segunda casa dele, mas... três anos é de fuder. Tento me animar, lembrando que quando fui estudar na UFF odiava ir pra lá porque era muito contra-mão e sofria também, mas como a aula era maravilhosa eu perseverava. Com o tempo passei até a gostar de ir, mas também me mudei pra mais perto e arrumei uma carona pra Niterói.
O trajeto para a minha nova repartição nem é longo, em dias normais levo meia-hora pra ir outra meia-hora pra voltar, mas dói. Dói por vários motivos que não vou explicitar, mas dói. Tem gente que adora, mas gente é gente e tudo doido e diferente, né? Pior do que eu que não gosto são os que não compreendem eu não gostar. Eu sou apenas uma pessoa chata e com senso crítico, já estes são idiotas, coitados.
Há uma infinidade de outros detalhes que me incomodam lá, que me causam espécie, irritação, repulsa, indiganação e desprezo. Sei que com o tempo vou banalizar e acostumar, que nem vou mais reparar e a vida vai ser bela, desde que meu pagamento não atrase. Só que até chegar a esse ponto...
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