segunda-feira, 6 de julho de 2009

A vida é bela, sempre

Hoje é dia de mau humor, é segunda-feira. Não que eu não tenha fique mal humorada em outros dias, mas segunda-feira é um melhor que os outros para se ficar rabugenta. Pois então. Até dormi bem esta noite, acordei antes do despertador e fiquei olhando para o teto (minha atividade favorita nos últimos tempos). Apesar de estar tudo supostamente bem, algo me dizia que este não seria um bom dia.

Levantei pra fazer xixi e descobri que tinha ficado menstruada, adiantada. Então era por isso que ontem eu tava me sentindo inchada e desfortável e ainda ataquei uma barra de chocolate meio amargo enquanto esperava minha companhia masculina atrasada para o almoço.

Sabe, tem todo tipo de gente no mundo. Tem gente que transa com defunto, tem gente que tem tesão em cocô e tem gente até que faz cabeças de durepóxi, bota uma peruca e diz que é a mulher ideal. Tem todo tipo de gente e de perto ninguém é normal, mas de todas as perversões que já ouvi falar a mais bizarra é mulher que diz que gosta de ficar menstruada. Minha amiga Ana Paula diz que se sente mais mulher. Eu me sinto inchada, desfortável e com cólica e dor de cabeça. Nem vou citar o desforto de ter um travesseirinho no meio das pernas ou uma rolha na xoxota (adorei a expressão "rolha de buceta" que li em um livro outro dia- Meus lugares escuros, autobiografia do James Ellroy -, adotei imediatamente). Bom, digredi. Pois é, acordar menstruada não ajudou em nada meu humor fugaz.

Como era um dia nublado, coloquei um lindo vestido roxo novo para tentar ser mais feliz e saí para trabalhar. Senti frio e quase voltei pra casa para trocar de roupa, mas como sempre estava semi-atrasada. Por que será que sou tão lerda de manhã? Claro, as coisas sempre podem piorar: meu cabelo está disforme, empenado e medonho. Tá, eu sei que meu cabelo é lindo, mas hoje estou achando ele péssimo. No ponto de ônibus, vindo para o trabalho, havia um homem muito bonito. Pegamos o mesmo 497 e descemos no mesmo ponto. Será que trabalhamos na mesma repartição? Claro, ele olhava através de mim: eu era invisível, inesxistente para ele. Nada pior para a autoestima de uma mulher do que ser invisível para um homem que ela considera atraente. Nesta manhã, ele não devia ter me feito essa falta de gentileza. Bruto!

Não preciso explicar que cheguei na repartição bastante mal humorada, querendo ver sangue e ranger de dentes. Já tava conformada que este seria um dia de péssimo humor. Comecei minha rotina, respondi alguns e-mails, li os sites de sempre e resolvi dar uma flanada pelo Bulhufas, da minha Narinha. Ai, que saudade de Bulhufas, que saudade de Narinha. Até encontrei a bruta no sábado, mas na verdade sinto falta da nossa convivência. Fez tão feliz ler Narinha que passou meu mau humor, rabugentice ou ranzinzice. Estou alegre e sorridente. A vida é bela, sempre, e eu tenho alguns dos melhores amigos que alguém pode ter.

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