segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Relatório de fim de semana

Sexta, com tantas opções de festas e ainda um jantar de aniversário de um amigo, pretendia ficar em casa curtindo meu mau humor. Como se sabe, quando estou azeda não quero melhorar, só quero ficar cada vez pior pra ver se morro. Já certa do meu exílio voluntário, pipoca o SMS de A Lôra perguntando se eu queria ir no show da Mart'nália no Circo. Onde e que horas nos encontramos? Passei na casa dela e passamos no Antonios para resgatar Isa, a terceira integrante da quadrilha.

A Lapa tava desagradavelmente abarrotada de não-cariocas e gente feia em geral. Isa culpou as excursões vindas de Viçosa por transformar nosso bairro em Feiópolis.

O show foi ótimo, mas acabou por volta de 2h. Obviamente pretendíamos emendar com uma cervejota. Humpf. Simplesmente não havia cerveja gelada. Na verdade, não havia nem onde sentar. Todos os bares lotados. Fomos pro Gomes, quem sabe até jantávamos, né? Cadeiras já para cima. Meus garçons se desculparam e me consolaram explicando que a cerveja gelada tinha acabado, por isso iam fechar. Casa da Cachaça, idem. Vamos apelar, vamos pro Passarela? Nadica de nada de cerveja gelada. Como assim, caralho? Nem no carnaval acaba a cerveja! É, mas acabou. Tomamos duas antárticas tépidas (odio Antártica) na padaria, comemos um sanduíche de salaminho e fomos pra casa.

Acho que não dá mais pra sair na Lapa até acabar o verão, quando as hordas de turistas rareiam um pouco.

***

Sábado
Acho que acordei chata, mas não lembro muito bem. Pretendia dormir o dia todo, mas me aborreci logo que acordei e levantei da cama. Fui ao supermercado e lavei roupa, ótimas atividades para uma tarde sol quando se está azeda. Só piora, mas vida que segue.

À noite havia outro jantar de aniversário de outro amigo. Fui a última a chegar, mas fui. Foi divertido, embora eu já tenha tido melhores momentos no meu humor. Pelo menos eu tava linda e me olhar no espelho sempre dava uma alegriazinha. Claro, a cerveja gelada e a comida perfeita ajudaram. Dei de presente pro meu amigo uma torta de chocolate com nutella que foi sucesso total. Um chocolate também ajudou a sorrir. Foi uma noite de altos e baixos, mas o saldo foi positivo.

Pelo menos não vi os turistas desgraçados.

*** 

Domingo
Mal levantei da cama e fui para o Bar Urca ter com amigas amadas. Estava decididíssima a ser feliz. Pelo horário marcado, achei que era negócio de almoço, afinal, num domingo às 2h da tarde eu nem tomei café da manhã ainda. Tá, só cheguei lá às 3h40, mas ainda era quase de manhã. Pois as cálega tudo já tinham comido. Tudo bem, fui obrigada a me estapear no balcão e quase atacar os atendentes no afã de obter alguma forma de alimentação. Obtive pastel de carne, empada de camarão e carne seca, croquete de camarão e bolinho de bacalhau. Deu pro gasto.

Outras amigas de amigas chegaram, tomamos muitas cervejas e rimos com o portador do cofre forte exibido acima. Era um casal muito bêbado que chegou em um táxi. Ao estacionar o cofrudo já bateu no carro de trás. Depois sentaram na mureta e deixaram uma garrafa cheia de cerveja cair no mar. Tava com receio que a mulher caísse também, porque sentou com as pernas para fora. Arrumaram confusão com algumas pessoas, tentaram fazer amizade com a gente e ficaram lá, conversando, bebendo e pagando mico. A mulher via o cofre do namorado aparecendo e no lugar de levantar a bermuda do bruto... puxava a camisa dele para baixo. Nada eficaz, mas garantia a alegria da galera. O cofre forte era o assunto da tarde.

Pouco antes do pôr do sol eu e Paulinha nos jogamos num táxi e fugimos. Ela rumou pra um anivesário na Tiradentes e eu fui curtir o rescaldo dos blocos na Praça XV, onde tinha rolado a Abertura Não Oficial do Carnaval. Obviamente peguei o restolho e não havia mais cerveja gelada, mas deu pra divertir um pouco e pular nas escadarias do Palácio Tirandentes.

Antes que acabasse de vez, Juliana, Graciana, Eugenia e eu tomamos outro carro de praça e fomos pra Lapa comer. Depois de almoçar salgadinhos, emburaquei no cabrito com arroz de brócolis no Capela. Lá entramos mais amiguinhos ávidos por alguma forma de alimentação persuasiva e tomos enchemos a cara de cabrito. Fui dormir quase feliz de barriga cheia e empapuçada de cerveja.

***

Já houve fins de semana mais divertidos, mas também já tive piores. Vou dar jeito nisso.

7 comentários:

guetoblaster disse...

maldição de montezuma guetoblaster ao inves de ir encher a cara de cerveja gelada na minha casa foi tomar cerveja quente na Lapa. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Clara disse...

depois de dos ano passei alguns dias no rio no comeco de dezembro... a gente só encontrava cerveja quente!!!! fiquei triste, rs

roberta carvalho disse...

Gueto, mas tb ia ser muita cara de pau eu sair do show e ir pegar uma saideira na tua festa, né? kkkk

Clara, carnaval passado tb foi assim, tá foda.

guetoblaster disse...

kkkkkkkkk eu sai de lá era quase 4 da manha e ainda tinha cerveja gelada !

Eugenia disse...

Sua presença é sempre um loosho...

roberta carvalho disse...

Gueto, te prepara então, rapá! Próxima vez que acabar a cerveja na Lapa vou te ligar.

Eugenia, luxenta!

Livia disse...

gente, cerveja quente? BOTA GELO E VAMO SER FELIZ!
Roberta, no Beco do Rato sempre tem cerveja gelada.