Arreguei

Eu confesso, arreguei. Não saí de puliça ontem. Companheira Graciana avisou por telefone que a Lapa tava cheia, mas não tinha ninguém fantasiado. Parti então para o plano alternativo: vestidito preto e orelhas de oncinha. Claro, as orelhas foram na bolsa até a porta do Circo Voador.

Pra não dizer que não era carnaval, me busuntei de um glitter discreto. Tô andando pela Gomes Freire pra encontrar Graci na Cachaça e passa um palhaço cafona por mim. "Saindo essa hora toda brilhosa...". Ivagina bicha, ivagina se eu tivesse de puliça? Ia ser obrigada a meter o cassetete sem revista ou averiguação. Foi bom ter ido de wannabe oncinha.

Da Casa da Cachaça, passamos no Belmonte pra resgatar Patrícia e sua gangue. Cervejota na porta do circo, entramos. Encontrei muitos outros amigos, dancei, conversei, me diverti. Tava ok, nem cheio nem vazio. Mas confesso que o chope tépido a R$ 5 me desanimou. Pra ser sincera, não teria sido mau negócio se tivesse ficado em casa. Sei lá, não fiquei bebada e acordei hoje com uma puta dor de cabeça que resolvi atribuir ao chope quente.

Pouco depois das 2h companheira Natália ligou. "Tô na porta, saí da aí, já deu". Vazei e fomos nos atracar com sanduíches no (ou na?) UnoDue antes de dormir.


Nota: o cara mais gatinho da noite tava fantasiado de... Chapeuzinho Vermelho!!!