O Aniversário

Domingo passado acordei e fui almoçar com minha família. Mamãe maluca, irmã trololó, cunhadão vascaíno e 30 gatos. Salada de rúcula com molho de alho, capeletti de quatro queijos e torta de chocolate. A vida é bela.

Antes e depois do almoço nos divertimos em uma sessão de fotos. Minha irmã diz que sou careta, que tiro foto parada. Ela gosta de fazer poses. "Vamos fazer foto cara-e-bunda". Perguntei que porra era essa. "A gente se debruça na varanda e a pilastra tapa nossa barriga. Só sai o melhor na foto: a cara e a bunda". Fizemos. "Agora com cara de vencedora do Rio de prêmios! Ih, ficou parecendo ganhadora do Toto Bola!"; "Faz trezinho. Mãe, engancha o braço pra não descarrilhar"; "Só os cabeções!"; "Partiu o bonde das popuzudas!". Minha irmã é uma figura, muito mais maluca que eu.



Como o maracanã está entre o Grajau e a Lapa, esperei o jogo começar e fui embora. Passada rápida em casa para uma toillete de festa, versão pocket. Já tinha usado meu sabonete de sal grosso e arruda, comprado na Chapada dos Veadeiros, de manhã. Usei apenas o esfoliante de Açaí. Algumas borrifadas de Very Irresistible, algumas pinceladas de máscara incolor e um batom dourado e tava pronta. Infelizmente, depois de comer e beber como uma porca safada no carnaval, o vestido adquirido para a ocasião não coube em mim. Quer dizer, caber... até cabeu, mas amassou meus peitos. Fui obrigada a passar um que acho que nunca tinha usado. Não era assim... um vestido de aniversário, mas fez feio não. Parti pro Gomes.