terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Haja palhaçada!


sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Ai, caralho!

É pra viajar ou pra me fechar na concha afinal? Na dúvida vou ao bar encher a cara.
Sol na casa 9, lua na casa 1
26/01 (hoje) às 23h21 a 29/01 às 2h03

Sol e Lua nas casas 9 e 1 estão em harmonia, nesta próxima fase que vai de 26/01 (hoje) às 23h21 a 29/01 às 2h03. Você estará vivendo um momento excepcionalmente favorável para fazer contato com pessoas que estão distantes, ou mesmo viajar. Caso não lhe seja possível viajar, procure aproveitar a qualidade de movimento deste pequeno ciclo para fazer coisas diferentes: para que ir sempre aos mesmos lugares, quando existem tantos outros locais para você conhecer? Este é o momento de quebrar a rotina, Roberta.

Coisas mágicas acontecem quando a gente simplesmente vai a lugares onde não costumamos ir! Esta é também uma fase favorável para a expansão de seus próprios quereres e idéias. Você, de repente, descobre que as coisas que havia imaginado podem ser muito mais amplas! Justamente por esta capacidade de obter respostas do nada neste momento em especial, você irá provavelmente dar bons conselhos para pessoas que estarão lhe contando coisas e requisitando opiniões. Todos nós somos mestres uns dos outros nesta vida, Roberta, e neste momento você estará canalizando as qualidades da sabedoria na direção dos outros, falando sobre suas experiências, mostrando caminhos para os problemas alheios, oferecendo uma perspectiva intuitiva e emocionalmente inteligente para as outras pessoas.

Cuidado apenas para não dar respostas prontas demais, lembre-se que cada ser humano precisa chegar sozinho às próprias conclusões. Outro conselho para o momento é que você deve esperar o outro perguntar e solicitar sua opinião, antes de dá-la. O desejo de querer ajudar pode lhe levar a se intrometer onde não é conveniente. Reflexão para o período: o que há de novo para descobrir?
Sol na casa 9, lua na casa 12
25/01 (ontem) às 2h54 a 26/01 (hoje) às 23h20

A Lua se faz crescente entre os dias 25/01 (ontem) às 2h54 e 26/01 (hoje) às 23h20, Roberta, sugerindo algum stress emocional. O risco aqui é de adoecimento por conta de excesso de passeios e farras. Procure observar a importância de manter o recolhimento e a discrição, ainda que o Sol na nona casa esteja lhe impelindo para viagens ou estudos em excesso. Relaxar as emoções é absolutamente essencial neste momento!
Dor de cabeça

Acordei com toda a dor de cabeça do mundo, cansada e irritada. Não chego a estar de mau humor, mas tô quase lá. Como sempre pode piorar, estou de plantão no fim de semana.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Dia ruim

Fui acordada pelo telefone. Era meu primo mais novo contando que acordou e encontro o pai morto. Pronto, eu tinha que acordar minha mãe pra contar a ela que o irmão tinha morrido. Como é que se faz isso? Era o último dos cinco irmãos dela que ainda tava vivo. Bom, convinha ligar pra minha irmã também. Ai, caralho. Minha mãe e minha irmã são do tipo de pessoa que chora e se descabela. Gente complicada de se lidar. Liguei pro meu cunhado, ele é que nem eu, não nos descabelamos e só choramos quando acaba tudo, acho que ele nem quando acaba tudo. De qualquer jeito sabia que assim que contasse pra minha irmã ela ligaria pra ele aos prantos. Era melhor ele estar avisado.

Optei pela estratégia do telhado. Liguei pra minha irmã e acordei minha disse que meu tio tava passando mal. Tomamos café e eu contei que era grave. Dei os remédios dela e disse que ele tinha morrido. Ela disse que era mentira, que eu tava de "piada". Depois disse que a gente tava querendo enterrar ele vivo, como ela acha que fizemos com o outro tio que morreu há três anos. A gente tava na Bahia quando ele morreu. Ai, caralho, bateu pino.

Nisso minha irmã que já tinha ido pro trabalho voltou. "Olha a brincadeira que sua irmã tá fazendo comigo, disse que o Gil morreu. A Lurdes levou um tombo". Lurdes é a melhor amiga dela, levou um tombo quase um ano quando tava saindo da minha casa. É grave a crise.

Meu tio e meu primo moravam perto da minha casa, tipo uns quatro quarteirões. Fomos lá. Minha mãe falou umas frases desconexas e trouxemos ela pra casa. Meus primos também falavam coisas desconexas. A mulher do meu primo do meio também é do tipo de gente que não se descabela e faz o que tem que fazer. Organizou o funeral em tempo recorde. Deixei minha irmã com minha mãe em casa e fui ao enterro. Não fui trabalhar.

No fast velório encontrei minha primalhada. Cada criatura que eu não via há anos e mal lembrava. Também apareceram tias do arco da velha. Na verdade só tinha os cinco primos, filhos desse tio e uma prima, filha do meu tio que morreu quando estávamos na Bahia e minha mãe teima que foi enterrado vivo. O resto da primalhada é primalhada dos meus primos, por parte da mãe deles, mas como fomos todos criados juntos nos referimos sempre como primos.

Como há muito deixei de freqüentar as festas e não confraternizo amiúde com a família, toda hora alguém vinha alguém me perguntar se eu era a Roberta. Alguns eu não lembrava, mas todos lembravam de mim pelo cabelão. Toda hora era um "claro que lembro de você, era uma menina linda (donde se concluí que virei uma baranga) com um cabelão preto pesado, liso até aqui (apontam pra cintura)". Ok, ok, eu confesso, usei cabelão por uns 20 anos da minha vida, mas cresci, amadureci e me regenerei. Uso um lindo capacetinho curto há cinco anos, após uns outros tantos de cabelo em comprimento intermediário. Será que vou ter que pagar pelo cabelão da infância pro resto da minha vida? Me perdoem, eu era uma criança, esqueçam que usei cabelão! Ah, e não era preto, era castanho escuro meu cabelão da infância.

Pelo menos tava sol.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Meu amigo Vicente...

Vicente já não é um bom conselheiro e confidente. Sempre me vem o bordão "Porra, Roberta Carvalho. Como uma mulher bonita e inteligente como você caiu na esparrela desse palhaço?". Oras Vicente, se eu não cair nas esparrelas dos palhaços como fica o HTP? Tenho um compromisso com meus leitores, sou uma blogstar, uma pioneira!

Saudade do meu amigo Vicente, meu querido. Tempo que eu não te sacaneio no blog, né?
Meu amigo Pedro

Perguntei se podia postar a conversa e ele disse que sim, Pedro, como eu, não tem muita vergonha na cara. Aliás, provavelmente por isso mesmo nos tornamos amigos de infância. Pedro é meu conselheiro e confidente. Nós acompanhamos a vida sexual um do outro como novela e quando estou em algum impasse com meus palhacinhos ligo pra pedir aconselhamento dele. Há segredos meus que só ele sabe, claro, também os detalhes sórdidos da minha vida sexual. Pedro é um bom confidente porque ele nunca me critica nem questiona.
Meus amigos...

Pedro: Ah! Depois, ele perguntou: mas você conhece ela mesmo? Pra comprovar, copiei+colei alguns posts que você me cita. Aí ele acreditou!
Roberta: Viu que honra, vc é amigo e confidente da blogstar!
Pedro: Claro! E eu que não dava nada por você... Hehehe...


Não é um safado? É meu amigo sim, mas é um safado.
Sou uma estrela!

Hoje meu amigo Pedro me mandou um e-mail com o subject "About U". Era uma conversa dele com um amigo de infância sobre blogs. Ai, ai, ai. Sou uma estrela, tá?

Pedro diz: eu to muito a fim de fazer um blog tb
Pedro diz: o q vc acha?
Amigo de Pedro diz: Eu suuuper apóio
Amigo de Pedro diz: acho q todo mundo devia ter um blog
Amigo de Pedro diz: (ou vários)
Pedro diz: assim q eu colocar internet na minha casa, crio o meu blog
Pedro diz: vc promete ler?
Amigo de Pedro diz: Lógico!
Amigo de Pedro diz: Eu sou um bloggeiro relapso mas um excelente blogreader
Pedro diz: ta otimo!
Pedro diz: quem me ensinou a ler blogs foi a roberta
Pedro diz: mundoestranho.blogspot.com
Pedro diz: tudopalhaco.blogspot.com
Pedro diz: sao otimos
Amigo de Pedro diz: Sim, a Roberta eh uma blogstar... vc conhece ela de onde?
Pedro diz: vc a conhece?????????????????????
Pedro diz: ja conhecia o blog dela?
Amigo de Pedro diz: Lógico
Amigo de Pedro diz: O blog dela é importante
Amigo de Pedro diz: O HTP é super conhecido
Pedro diz: nossa......
Pedro diz: eu nao tinha noção..
Pedro diz: vc é a 5a pessoa q me diz isso...
Pedro diz: e eu sempre fico surpreso com a fama da roberta
Amigo de Pedro diz: É um blog antigo... ela eh umas das pioneiras...
Amigo de Pedro diz: o meu blog fez 4 anos... e qdo eu comecei o HTP já era famoso...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Cansaaaada...

Hoje cheguei na repartição meio de ressaca, meio cansada e meio mal humorada. Tava chovendo, eu tava com dor de cabeça e menstruada. Êita dia ruim. Mas tudo bem, meu humor sempre melhora ao longo do dia.

Esse fim de semana foi ótemo, só não foi perfeito porque não fui à praia. Em compensação dormi moito. Passei as tardes largateando no sofá ou dormitando na cama. Uma delícia. Sambei à noite e fui feliz. Ai, ai, ai.

Pena que no próximo estou de plantão, vou me contentar em tomar um chope e talvez ir ao cinema.
Certas coisas não têm preço

Chegar em casa bêbada de madrugada e encontrar uma quentinha na mesa da cozinha com um bilhete "Arroz de brócolis com lula e bolinho de aipim. Tá ótimo" não é impagável? Tava uma delícia mesmo. E eu já tava preparada psicologicamente pra comer pão com queijo! Se bem que bêbada do jeito que eu tava ia achar o pão com queijo tão bom quanto o arroz de brócolis...

Aliás, um grande problema de beber: eu como. Tenho bebido, logo tenho comido e daí não tenho emagrecido. Pelo menos não engordei.
Patrulhamento estético de carnaval

Mulheres fantasiadas não pagam entrada até às 19h, portanto havia certa quantidade de moças com adereços carnavalescos. Observando comentei com as meninas que não nada mais fim de carreira que se fantasiar de normalista ou de enfermeira. Avisei que o dia que eu sair assim elas podem me internar ontem que eu perdi a noção. Todas concordaram.

Nunca esqueço o carnaval que encontrei em certo bloco famoso o namorado de uma amiga atracado com uma loura um palmo mais alta que ele e ainda por cima vestida de enfermeira em certo. Francamente, que situação ele me colocou. Tive que contar, vestida de enfermeira não dá!

Mas a fantasia que tá bombando são as tais asinhas de anja ou de borboleta. Me disseram que custa R$ 8 no Saara. Já marquei uma incursão com menina Janine pra comprar novos adereços. Meus chifrinhos de diaba e minha máscara de mulher gato já estão manjados. O chapéu de franga que Bela me ensinou a fazer é sensacional, mas deve esquentar e dá trabalho pra confeccionar... Acho que no lugar do bloco das frangas, vamos fazer o bloco das anjas ou borboletas, vamos sair todas vestidinhas iguais.
Domingo

Acordei, ou melhor, fui acordada pelo telefone de novo. Dessa vez não era da repartição, era um amigo. Tomei café, liguei o computador e pensei em postar, mas deu preguiça e voltei pra cama. Dormi o dia todo, aliás, esse fim de semana eu dormi quase tanto quanto bebi.

Levantei de novo no fim da tarde. Tomei meu banhinho quente que faz feliz e me arrumei. A pista de domingo era o ensaio do Bangalafumenga e do Rancho Flor do Sereno na Fundição. Confirmaram presença amiga Glorinha, APD, Danny e Janine.

Eu ia de bermuda, mas apesar da chuva resolvi quera uma boa tarde de estréia para meu vestidinho vermelho. Na verdade comprei esse vestido pra usar à guisa de saída de praia, mas como não tem dado praia ele foi promovido a vestido de samba.

Consultei Nara, se eu não ia pagar ridículo com um vestido daquele, se não era curto demais para uma jovem senhora de quase 36 anos. "Que nada, fofilhota, vai na fé que tá beleza". Se Nara diz que tá beleza é porque tá, minha Nara cuida de mim. Fui eu, leeeenda de vestido vermelho quase esvoaçante, apesar da chuva e da ventania. Tá, já saí de casa bêbada, o que ajudou.

Dançamos muito, bebemos muito. O show podia ser mais longo. Lá encontrei uma das repórti da repartição, que comemorava aniversário. Acabei esticando na Sinuca com ela e seus amigos, que eu nunca tinha visto. Gosto de fazer amizade, sabe?
Relatório de pista

Contei o sábado no Carmelitas, mas não contei a sexta, né? Vamos lá.

Sexta passada fui fazer algo inédito: encher a cara dançando e fumando malborão até o dia clarear. As cálega de pista, tudo safada, furaram. Rumei sozinha, linda, loura e japonesa pra Lapa. Mas não fui com meu clássico vestidinho preto de alças verdes, sei lá, não tava nessa onda. Fui com minha mini-saia jeans, que Iaríssima classificaria de "abajur de buceta", com minha bata branca da sorte, minha sandalhota de fancha e minha bolsa preta bordada. Linda de viver que eu tava.

Na verdade já saí de casa bêbada, aliás, bêbada não, colocada. Cheguei da repartição pra tomar banhinho de beleza e enquanto me arrumava fui sorvendo cervejotas e fofocando com Narinha. Já saí de casa ótema!

Dancei semi-possuída na pista (confesso que não tenho mais disposição pra dançar possuída na pista, sou uma jovem senhora de quase 36 anos) até umas 5h com companheira Carol. Ótima companheira de pista, já combinamos "pular" carnaval juntas.

Momento ridículo da noite: na hora do "mulata bossa-nova, caiu na hully-gully, e só dá ela, iê, iê, iê, iê, iê, iê, iê, iê, na passarela", quase que eu caio é de bunda no chão. Mas consegui manter a compostura e quase ninguém viu. Se viu também foda-se.
Blogger filho da puta

Vocês acreditam que ontem cheguei em casa bêbada de madrugada e, depois de mantar e-mails truncados, tentei blogar e não consegui? Caia numa porra duma página tentando me mandar pro blogger novo e não saía dali. Pôxa, imagina os post impagáveis que eu ia fazer semi-alcoolizada? Pois é.

domingo, 21 de janeiro de 2007

Mulheres de atitude

Lembrei dessas cenas do ano novo ontem em Santa Tereza. Távamos indo embora e não havia táxis, aliás, como sempre: nunca há táxis suficientes em Santa Tereza. Tamos eu e Glorinha descendo a porra da ladeira de paralelepípedo à pé, cansadas e loucas por um táxi. Eis que em frente a um restaurante há um táxi parado deixando alguém. Eu mostrei "Olha um táxi! Pôxa, seria tão bom se a gente conseguisse pegar ele, né? Mas tá longe, alguém vai pegar antes....". Glorinha botou dezmerréis no viado, traçou uma reta e saiu quase correndo em direção ao táxi! Logramos êxito. Se dependesse de euzinha correr pra atacar o taxista távamos lá até agora.

No ano novo foi a mesma coisa. Saímos da festa já exausta, enlameadas e doidas por um táxi pra nos conduzir ao conforto seco e seguro de nossos lares. Chovia pra caralho. Outra falha da organização, não havia táxis na porta. Ficamos na marquise do prédio ao lado da entrada da festa rezando por um táxi e tentando em vão ligar para todas as cooperativas de táxis que conhecemos. Eis que chega um táxi pra trazer um retardatário na festa. Eu, como sempre "ih, olha um táxi chegando. Puxa, seria tão bom se pegassemos ele, né?". Ficamos olhando o carro amarelo como uma miragem, um sonho distante. Menina Krako levantou a bunda da escadinha do prédio e saiu quase correndo, no que vinha um outro grupo tetnar pegar o táxi. O que? O "táxi é meu!", avisou. Quando vimos que ela tinha logrado êxito na missão de busca e apreensão do veículo saímos correndo na chuva alegres. Ai, ai, ai, como é bom ser amiga de mulheres de atitude, né?

Então, no táxi com Glorinha lembrei disso e de outras histórias do ano novo que ainda não tinha contado.
Rescaldo do ano novo

Ontem lembrei de duas cenas da festa de reveillon que esqueci de contar.

Certo momento da noite, pés já cansados, estamos sentadas na nossa mesa sorvendo champanhota e falando bobagem. Um grupo de patricinhas começa a tirar fotos. Bom, eu odeio as pessoas que tiram muitas fotos só por elas existirem e serem tão idiotas que não conseguem lembrar de algo se não tiverem uma foto pra olhar. Odeio mais ainda quando o grupo de peruas está exatamente atrás de mim, cacareja entre as fotos e no 'junta mais pra aparecer fulana' me dão bundadas na cabeça.

Nara, puta, falava alto 'chega de foto, porra'. Nada de semancol, elas continuavam abundando em cima da gente pra se arrumarem pras fotos. Não pensei duas vezes, apertei a bunda de uma delas. Num instante ela puxou as outras mais pra frente. Foto que segue. Chegaram perto da gente de novo. Apertei outra bunda. Patricinha vira pra trás, nos olha e diz 'quem foi que fez isso, hein?'. Nara caiu na gargalhada: "Eu vivi para ver Roberta Carvalho patolar a bunda de uma patricinha".

****

Patricinhas acabam a sessão de fotos e vão pra putaqueaspariu. Reparamos num tiozinho dormindo numa mesa em frente a nossa. A festa bombando e ele, cotovelo apoiado na mesa, a cabeça apoiada na mão, dormindo. Não resisti. Peguei uma uva e atirei. Dei um teco de uva no tiozinho dorminhoco. Né que ele olhou em volta e dormiu de novo? Outra uva na testa. Tá, como eu tava meio bebinha eu errava umas três uvas pra cada que acertava. Agora ele acordou, ficou esperto! Vazamos antes que ele repasse em quatro loucas semi-alcoolizadas comendo uvas às gargalhadas. Vamos dançar!

****

Tamos lá dançando, samabando, descendo até o chão no funk e Nara me cutuca. "Olha quem tá ali!". Era o tiozinho, ele acordou! Viu como fui legal? Ajudei o bruto a aproveitar a festa! O engraçado era que ele só dançava da cintura pra cima. Da cintura para baixo ficava imóvel.
Saudade, teu nome é Roberta

Essa não preciso explicar, preciso é tomar uma providência que não sou mulher de passar vontade.
Palhaços de samba

Havia vários palhacinhos de todos os naipes, mas não pegamos nenhum. Távamos numa vibe estranha, eu e Glorinha. Tinha um menino beeem bonito que toda hora paravana nossa frente e ficava sorrindo. A gente até sacaneou que ele devia ter feito clareamento nos dentes e tava querendo mostrar. Quando Glorinha foi fazer xixi ele veio falar comigo. Disse que o irmão dele, que era de Roraima, queria me conhecer. "Mentira, ninguém é de Roraima, Roraima não existe!". Ele riu mais ainda. Perguntei se ele queria conhecer minha amiga, mas ele disse que tava com a namorada, que só veio me falar do tal irmão que era tímido. Perguntei se o irmão era retardado ou mudo, que não sabia falar por ele mesmo, mas ele disse que não, que o rapaz era só tímido. Chamou o tal irmão, que parece que tava encantado comigo. Putaqueopariu!

Era literalmente um menino, devia ter uns 16 anos. Tá, eu aprecio a energia da juventude e sei dar valor a um tchutchuquinho, mas isso já é pedofilia. Dispensei o rapaz e avisei Glorinha, que voltava do banheiro químico "esse é o momento estratégico pra vazarmos". Encontramos de novo o irmão-sorriso que veio me questionar pq não me entendi com o irmão-tímido. Respondi que ele era muito novinho. "Bom, é verdade, isso ele é, mas ele ficou encantado com você, o que importa é a intenção".

Bom, ok, mas 16 anos não dá.
Carmelitas

Rumei pra Santa Teresa com amiga Glorinha, lá nos encontrou menina Cris, como sempre já chegou calibrada. Tava uma delícia o ensaio do Carmelitas, mas vamos combinar, sambar em ladeira de paralelepípedo é uma função. Pra piorar, eu tinha ido de tênis. Sambar de tênis é sempre uma função. Tô com as pernas cansadíssimas e amanhã tem mais samba!

Ficamos lá das 8h até quase meia-noite, descemos pra comer na Lapa e já estou em casa. Outra delícia da temporada de carnaval é que eu até durmo! Como os programas começam cedo acabo chegando em casa bebinha pra dormir por volta de 2h.
Preguiça, teu nome é Roberta

Passei o dia todo mole, indolente. Entre o sofá e a cama, com intervalos no computador. Quase 19h meu celular tocou: era amiga Glorinha me chamando pra ir pro Carmelitas! Ai, salvou minha vida. Espanei a preguiça e fui.
Ressaca, teu nome é Roberta

Hoje acordei de ressaca. Tá, quem lê esse blog vai dizer "ah, conta uma novidade, Roberta Carvalho". Conto: essa ressaca foi pior que as outras.

Acordei antes das 11h, com o celular apitando. Alguém me ligava da repartição. Retornei a ligação e resolvi o problema. TAva sol, eu tava acordada, mas minha cabeça parecia que ia explodir. Deitei de novo pensando "é muito cedo pra ir à praia, levanto ao meio-dia e vou". Humpf. Acordei depois das 15h. Tava nublado.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Mas quem disse que eu te esqueço

Saudade amor, que saudade
Que me vira pelo avesso
Que revira meu avesso
Puseram a faca em meu peito
Mas quem disse que eu te esqueço
Mas quem disse que eu mereço
Domingo

Ainda não recebi convites, então em havendo sol vou à praia, se estiver nublado vou dormir até o cu fazer bico. Se não conseguir domrmir vou ao cinema.
Sábado na Corte Imperial

Sábado, se estiver sol, vou à praia que tô precisada. Se não estiver - e acho que não vai estar - vou ao "barraquinho" (mutirão dos Devotos mais devotos que os outros devotos pra "colar paetês" nas fantasias da nossa ala, tudo pela honra e glória do Império Serrano).

À noite vou pro samba, vou à Corte Imperial, que não sou de ferro e tô precisada. Vou sambar e beber até o dia clarear. Nossa, fico podre, acordo no dia seguinte com os pés doendo pra caralho, mas é tão bom... recarrega as baterias da locomotiva!

Ai, como eu adoro a minha vida.
Sexta

Mas tudo bem, vou dormir daqui a pouco, acordar linda, loura e japonesa, apesar das olheiras e, depois de mais um dia estressante na repartição, vou cair na pista.

Vou tomar meu banhinho de beleza, passar uma massa corrida na cara pra ajeitar o reboco, colocar meu vestidinho preto de alças verdes, calçar minhas sandalhotas pretas de fancha e vou me acabar de dançar até o dia clarear. Claro, enchendo a cara de cerveja e fumando malborão.

Ai, eu adoro minha vida.
Cansaaaaada...

Nem fui na "Quinta sem lei" com o pessoal da repartição. Só fui a uma até hoje, mas pelo que sei sempre acabam a noite cantando músicas do Roberto Carlos no cu da madrugada. Eu bem que precisava de uma(s) cerveja(s) depois do dia foda de hoje, mas não tive disposição. De qq jeito tenho que acordar cedo amanhã.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Não há comentários?!
CAC

Sexta também recomeçam os encontros do meu grupo de estudos. Que bom, estava com saudade. Preciso pegar o pique de estudar de novo, não posso molengar. Quero fazer a prova pro doutorado esse ano e nem tenho projeto ainda.
E o plantão?

Me safei desse por causa do compromisso de sexta. Vamos ver se consigo me esquivar do próximo também. Ou não, sei lá. Como um dia vou ter que fazer, de repente ofereço meu corpitcho em sacrifício no último fim de semana do mês, afinal não vai dar pra fugir sempre então é melhor me livrar logo. Além do que, quero minha folgueta pra ir dar pinta em SP.
Planos para o fim de semana

Amanhã já começa a agenda de cerveja, com a "quinta sem lei" do pessoal da repartição. Sexta vou dançar e sábado tô querendo ir pro samba. Ainda não fui a uma quadra nessa temporada, tô sentindo falta de samba. Ando cheia de sambas-enredo na cabeça, que fico cantando mentalmente no ônibus. Domingo estou livre, convites?
Vai ser festa?

Meu aniversário cai no carnaval outra vez. Quer dizer, pior, cai na Quarta-feira de Cinzas. Nascer foliã tem dessas coisas. Como vou comemorar meus 36 aninhos de pura travessura em plena ressaca carnavalesca? Ai, ai, ai.

Acho que vou marcar um chope na quarta e de sair pra dançar no sábado. Tipo assim, total novidade sabe? Uma coisa que nunca faço. Provavelmente vou a lugares i-n-é-d-i-t-o-s....
E por falar em circo...É festa!

Dia 30 de janeiro o HTP completa cinco aninhos de pura travessura circense. Ando enrolada e não vou ter tempo de organizar a comemoração como gostaria, mas vou pelo menos tomar um chope com meus leitores fiéis no dia 30 e marcar de dançar no sábado.

Quem quiser ir me mande um e-mail para shaisha@hotmail.com que eu passo hora e local do balacobaco. As quatro donas do circo já confirmaram presença, mas as fotos são proibidas, ok?
Por falar em ser idiota ou estar congelada
Todo dia é dia de circo e hoje tem espetáculo novo no HTP.
O mundo é estranho

Minha nova companheira de baia na repartição hoje estava se lamentando por alguém que foi eliminado do BBB. Ou melhor, ela ficou surpresa e preferia que outro tivesse saído. Ah, tá. Ela me olhou buscando cumplicidade. Eu não tinha a menor idéia de quem eram os citados. Tá, não sou idiota nem estive congelada nos últimos anos, eu sei o que é BBB, mas não sei e não quero saber quem são.

Outro dia a mesma cálega ficou chocada porque eu não entendi uma alusão a uma tal duma mala. Era um programa do Silvio Santos. Ela quase não acreditou que eu não aprecio tal sorte de entretenimento.
Continua chovendo, puta que o pariu

Hoje fez até frio, pros meus padrões. A previsão é de mais chuva. Que merda.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Escolhas

Meu próximo projeto de endividamento era fazer depilação definitiva. Uma amiga que fez e está satisfeitíssima me seduziu contando "ih, fiz há mais de dois anos. Agora nasce um pentelho aqui, outro ali". Como todos sabem, odeio pêlos.

Já ia marcar a primeira sessão de laser, mas felizmente tava bronzeada demais. Nisso pensei bem, olhei pro meu dente que ficou escurecido de depois de levar uma porrada, me olhei em uma foto com aquele dente escurecido piscando e ofuscando todo o resto... pois é. A guaribada odontológica passou a frente da depilação definitiva.

Como disse Ana Paula, dente não tem jeito, não dá pra botar maquiagem, pêlos a gente arranca com cera quente uma vez por mês. "Ah, vale muito mais a pena. Dente todo mundo vê, pentelhos são só pra alguns poucos eleitos". Pois é, os meus poucos eleitos (menos do que eu gostaria) vão me desculpar, mas prefiro rir linda para todos. Quem sabe assim não aumento o rol de eleitos? ;)
Hoje é um dia feliz

Fui na dentista da Ana Paula, não tava satisfeita com a minha. Já adoro ir a dentistas, mas adoro ainda mais essa. Ela disse que posso sim fazer clareamento.

Uhu! Vou ficar com um sorriso mais leeeendo ainda. Tá certo que isso vai me custar os olhos da cara, quiçá o do cu, mas tudo bem, vai valer a pena. Vou sair por aí, linda loura e japonesa, desfilando minha beleza, graça e sorrisos alvos e brilhantes!

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Nunca mais vai parar de chover?

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Mudando de pau pra caralho, quer dizer, de assunto

Meu cabelo está com uma cor linda! O corte também está ótimo, pena que todo mundo me pergunta se cortei "igual ao da menina da novela". Não, não cortei igual a ninguém, nem sei quem é a menina da novela porque não tenho tempo de ver novela!

Eu chego no salão e digo pro cabelereiro "curto, mas com fios longos, que combine com eu rosto e esteja na moda, seja prático e não precise secar com secador todo dia". Simples assim, fácil assim.

Ele é o profissional, o problema é dele. Quase sempre fico feliz com o resultado, se não ficar também não tem problema porque meu cabelo crescer muuuuito rápido.
Vamos dar crédito a quem merece

Como dizia uma secretária maluca de uma revista onde fui estagiária, vamos respeitar (por que secretárias de redação são sempre malucas?). Não vou cuspir no prato que comi e me lambuzei. Eu confesso: tinha esquecido de contar, mas cheguei a encontrar um outro exemplar de pirocão, inclusive numa situação, digamos, mais pessoal. Foi no final do ano passado, pra não dizer que 2006 não teve nenhuma boa surpresa....
Para não dizer que nunca mais vi um pirocão

Lembra que comentei que os pirocudos eram uma raça em extinção ou tinham virado todos gays? Então, o striper desse sábado lá no Kalesa eu ainda não conhecia. Menina, como diria minha mãe, benza Deus. Todo poder a Fabrício! Ainda existem pirocões no mundo!
Vida de repórti

Minha amiga Nathalia ia ficar uns dias no Rio, com a porra do buraco do Metrô teve as folga cassadas e voltou hoje de manhã pra SP.
Ah, já reouve meu celular!

Clarisse deixou no trabalho da minha irmã hoje à tarde. Já pode me ligar!
Domingo

Acordei com toda a ressaca e dor de cabeça acumulada do fim de semana, mas pelo menos sabia onde estava. Tomei banho e café pra acordar, liguei o computador, respondi uns poucos e-mails, almocei e fui me arrumar. A festa não pára e era dia do aniversário de Clarisse!

Rumei pro Solar Cintra, na aprazível localidade do Grajaú. Me perdi um pouco, como sempre e, depois de ligar cinco vezes, consegui chegar. Comi e bebi muito, ri e conversei. Mas da festa de Clarisse já contei ontem.
No churrasco cooptei Robertinha, que também tá na pista pra negócio, e arregimentou uma cálega de cadimia pra ir conosco, a Carlinha. Nos encontramos na porta do Kalesa e a despeito de todos que disseram que a fila ia estar enorme e não conseguiríamos entrar.... entramos rapidinho. Rá!

O Kalesa já foi mais divertido, mas tudo bem. A companhia era ótima. Ana Paula e Danny são animadíssimas, pena que IS não foi. Dançamos mooooito, até às 4h da manhã e a noitada também rendeu espetáculos pro HTP: o fim de semana foi pródigo em espetáculos circenses.

Durante a noite desenvolvi uma ótima técnica pra driblar a ressaca. Eu tava com uma dor de cabeça do caralho. Continuei tomando cerveja. Na terceira já nem percebia mais.

Eu e Roberta nos interessamos pelo mesmo cara, que chegou na Carlinha, só que ela não ficou com ele porque tinha gostado era do amigo do bruto. Porra, que zero a zero hein? Falei pra Robertinha pra gente virar o jogo, chamar o bruto na chincha e perguntar se ele não tava interessado num double pack: duas Robertas pelo preço de uma. A princípio ela achou uma boa idéia, mas depois arregou, ficou com receio que ele pensasse que havia benefícios não inclusos na promoção “leve 2 e pague 1”. Bom, como o bruto sumiu deixamos pra lá.

Depois de enfrentar uma mega fila pra pagar – isso que sempre me desanima a ir no Kalesa – peguei meu táxi e fui pra casa dormir. O taxista era divertidíssimo, fomos falando de feijoada.
Sábado: pista que segue

Levantei com toda ressaca e dor de cabeça do mundo. Banho e café pra acordar. Liguei o computador, respondi uns e-mails, almocei. Era hora de recomeçar os trabalhos. Era aniversário de Talita. Comprei cerveja e rumei pro churrasco.

Foi ótimo, quórum foi admirável. Nathalia veio de SP e Viviane que tá morando na Escócia, mas tava por aqui dando pinta foi também. Reencontrei até Robertinha, que eu pensava que ainda tava morando em Santos, mas já votou pro Rio há um ano. Dos expatriados fez falta André. Os outros eu vejo sempre.

Falei muito, ri muito, contei e ouvi histórias. Pré-marquei com Nathalia uma ida a SP assim que o frenesi na repartição amansar. Saudade de dar pinta em SP.

Cheguei às 17h30, a idéia era ir embora às 20h. Era. Saí de lá 23h, bêbada. Arrumei uma carona providencial que me deixou na porta de casa. Tomei o banho mais rápido da minha vida, me arrumei correndo e saí de novo. Aniversário de Ana Paula Diek no Cabaré Kalesa.
Relatório de pista

Sexta-feira passada não consegui sair da repartição a tempo do ensaio técnico do Império Serrano. Ódio. De qq jeito estava cansadíssima, não se ia dar no couro de atravessar a avenida sambando. Para recarregar as energias, rumei logo pro ensaio do Escravos da Mauá pra tomar uma cervejota com minha amiga Glorinha. Bebi várias.

Glorinha estava com umas amigas e uns amigos das amigas. A conjução acabou rendendo espetáculo pro HTP. Ela disse que eles sempre ficam em uma das esquinas, achei que há localizações melhores, mas tudo bem. Foi divertido.

Cansada pra caralho, mal dormida e enchendo a cara de cerveja não demorei pra ficar bêbada. Foi uma delícia, ainda mais que caiu um temporal. Chão molhado e locomotiva sambando bêbada: percebi que tava adernando. Como o piso é irregular, tratei de fincar cada pezinho em cima de um paralelepípedo e parei de sambar efusivamente. Tratei de me mexer sem mover as patinhas pra não levar um estabaco. Tudo bem, havia cálega em situação pior, encostada no poste.

Como enquanto tiver cerveja e companhia pra beber eu não paro, de lá seguimos Eu, Glorinha e Cris pra Lapa pra tomar a saideira na Taberna do Juca. Chovia pra caralho e távamos as três beeeeem bêbadas e nossa conversa não fazia muito sentido, mas tava divertido.

Não sei como, mas Cris levou a gente em casa (e muito menos como chegou em casa depois). Acho que cheguei por volta de 4h30, 5h. Não lembro bem como, mas entrei, tomei banho pra tirar a lama do pé e caí na cama. Acordei quase 7h da manhã, o quarto meio escuro com a persiana abaixada e eu não sabia onde estava. Pior, estava em casa. Dormi de novo até quase meio-dia.

domingo, 14 de janeiro de 2007

Sou muito legal, rapá!

Sabe, acho que enquanto não apreciador de felinos casado com uma gateira convicta e emérita, ele devia era me agradecer. Luiza é uma gata problemática, pouco sociável, nascida pra ser filha única. Se não fosse isso certamente Clarisse já teria outros gatos, mas ela não quer causar incomodos à Luiza. Logo, se não fosse eu ele moraria com uns três gatos, no barato.
A Gata Luiza

Gata Luiza, uma gatona cinza e branca, mal humorada e voluntariosa, é a gata de Clarisse. Fui eu que dei quando ela ainda era solteira. O marido dela não gosta muito de gatos, principalmente de gatos antipáticos como a Luiza, logo ele me culpa cada vez que a gata mija no sofá. Tipo assim, "A Luiza mijou o sofá de novo, Roberta filha da puta!".
Sou legal, rapá!

– Clarisse, seu marido me deu o DVD do Zeca Baleiro dele.
– Deu?!
– Deu.
– Caraca.
– Pois é.
– Que consideração!
– Eu falei que se ele se arrepender até eu ir embora pode pedir de volta que não vou me chatear.
– E eu que achava que ele te odiava.


Marido da Clarisse passa atrás da gente vindo da cozinha.
– Você deu seu DVD do Zeca Baleiro pra Roberta? Você não detestava a Roberta?
– Não! Eu gosto da Roberta, ela é legal.
– Mas foi ela quem me deu a Luiza.
– Tá, quando eu lembro Roberta-Luiza..... Mas eu acho a Roberta legal.
Na casa de Clarisse

Hoje fui no aniversário da minha amiga Clarisse, cálega de faculdade. Comi muito, bebi bastente, não levei presente e ainda ganhei um dvd. Bom, pelo menos eu levei cerveja e coca light.

Quando cheguei fui logo falando oi pra todo mundo, tipo, não lembro os nomes, mas os rostos eram familiares: vejo todos eles uma vez por ano, no dia 14 de janeiro. Vou criar uma comunidade no Orkut: "Galera do aniversário da Clarisse".
Não adianta ligar pro meu celular

Esqueci na casa da Clarisse, só vou reaver o bichinho amanhã à noite.
Pérolas de Narinha

Um leitor amigo, compadecido com minha aparência de zumbi, me escreveu dando a dica de um creme de hemorróidas que é ótimo para disfarçar olheiras. Segundo ele, se deixa o cu bonito, imagina o que vai fazer pela sua cara.

Animada, repassei pra Nara, cujas olheiras estão maiores e mais exuberantes que as minhas. "Tu tá maluca? Tu acha que vou passar creme de hemorróidas na cara?". Narinha está irredutível, para ela creme de hemorróidas é pra passar no olho do cu e não nos olhos da cara.
Relatório de pista
Estou com uma puta dor de cabeça, mega ressaca. Vou tomar banho pra me arrumar pra próxima festa. A locomotiva não pára. Amanhã dou relatório pormenorizado, mas adianto que o fim de semana foi pródigo em palhaços. O circo vai bombar, os bons tempos voltaram. ;)
Me conta...

Nuuuuunca mais vai fazer sol no verão do Rio de Janeiro? É isso mesmo?

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Parece até sacanagem...

Todo dia acontece alguma coisa pra eu não poder dormir. Hoje aconteceu de novo. Dessa vez não foi o telefone nem os vizinhos. Tô dormindo e mei que acordo com a Gata Mimi puxando meu lençol. Quando ela faz isso eu levanto "a coberta", ela entra embaixo e dorme comigo. Grogue, estendi o braço procurando a beira do lençol e...tava molhado.

Sim, amigos desse blog! Ela não tava querendo entrar embaixo, ela tava tampando porque tinha feito xixi na minha cama! Não, ela nunca tinha feito isso antes. Não, não sei o que aconteceu. Desconfio que, com a proximidade do carnaval, Gata Mimi tá querendo virar tamborim pra aproveitar os festejos de Momo.

Isso aconteceu às 7h da madrugada. Claro que não dormi de novo. Acho que vou morrer de sono.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Locomotiva meia bomba

Ando cansada pra caralho. Hoje à tarde no trabalho eu tava com uma puta vontade de chorar. Quando estou muito cansada simplesmente choro. Fico sem vontade de nada, a não ser sentar no chão e chorar. Tava nesse estado. Teve um momento que levantei pra pegar café e senti que meu corpo tava todo dolorido.

Preciso dormir, mas não tenho tempo nem consigo. Sou ansiosa, pilhada, penso muito e de maneira fragmentada, bebo muito café. Não consigo desligar. Passo o dia todo com sono, mas à noite... cadê que vou pra cama? Tenho dificuldade pra pegar no sono, quando durmo meu sono é agitado, entrecortado. Acordo várias vezes, por qualquer barulho e sonho tanto que às vezes acordo cansada.

Andei pensando que deve ser por isso que quanto mais cansada estou menos penso em ficar em casa. Melhor ir pra pista, encher a cara, dançar até de manhã e, aí sim, dormir até o corpo doer.
Lembrei do aniversário de Daniel ao fechar minha agenda e pista. Ele vai embora dia 15, domingo, e não conseguimos nos encontrar de novo.

Sábado tem o surrasco de aniversário de Talita, nossa cálega de faculdade também. Eu não freqüento churrascos, considero sessão de magia negra. Hoje em dia eu nem sou tão próxima de Talitão, embora ela seja boa companhia. Como tenho um aniversário de dançar à noite e, apesar de locomotiva, sou uma jovem sonhora e ando cansada, tinha deicidido não ir e me poupar pro aniversário de APD à noite.

Só que é provavel que Daniel vá, e, pior melhor ainda, Vivilouca, que está também está no Rio é capaz de dar pinta por lá também. Acho que serei obrigada a ir ao surrasco de Talita. Tentarei não manguaçar muito e voltar pra casa pra um soninho de beleza antes da pista noturna.

Pensando bem, até que é bom não ter mais biscatinhos de MSN, eu ficava online e acabava não descansando pra noite. Tudo tem seu lado bom, né? Agora posso beber até o fim da tarde, encher o cu de sono até umas 22h e sair linda, loura e japonesa descansadinha lá pra meia-noite!

Ai, ai, ai.
A mamãe malvada de Daniel

Eu e Daniel somos amigos desde os tempos de faculdade, já fomos muuuuuito próximos. Houve uma época na qual um era a pessoa mais importante da vida do outro. Tudo que eu ouvia, via ou fazia pensava o que Daniel diria e ele a mesma coisa. Éramos apaixonados um pelo outro, mas sem beijo na boca, só amigos. Vivíamos juntos em todos os lugares. Já brigamos, nos reconciliamos, quase brigamos de novo, viramos amigos de infância de novo. Impossível a Mamãe Mercedez não lembrar de mim!

Quando nos conhecemos no 1º período da graduação em jornalismo Dani tinha 18 aninhos e eu 24. Lembro que quando soube quanto anos eu tinha ele ficou chocado, éramos tão amigos que achava que tínhamos a mesma idade. "24 anos?! Não acredito. Você é velha! Nooossa, você é muuuuuito velha! Você é velha, tem quase idade pra ser minha mãe! Você tem idade pra ser minha mãe! Você é minha mãe? Mãe? Mamãe? Mamãe? Você é minha mãe?". Quem conhece Daniel imagina perfeitamente a cena. Como ele não calava a boca sentei-lhe um tapão. "Ai, você me bateu! Você me machucou! Doeu! Você é má! Você é malvada! Você é uma mamãe malvada! Você é a minha mamãe malvada?!". Caí na gargalhada. Desde então sou a mamãe malvada de Daniel.
Menino Daniel

Meu amigo Daniel, biba expatriada que foi dar pinta na Argentina e ficou, veio ao Rio comemorar seus 30 aninhos de pura travessura no dia 29 de dezembro. Ele andou em crise dos 30, deu chiliques, me fez malcriações via e-mail, mas estava exultante na hora da festa.

Ele tava hospedado na casa da mãe, que mora em uma vila em uma rua residencial. Quando o taxista parou olhou pra vila e me avisou "Ih, dona, não tá com cara de ter festa aí não, tá muito desanimado. Vou esperar porque acho que a senhora vai voltar pra Lapa...". Abusado. Precisa esperar não, vou ficar mesmo que a festa esteja ruim.

A casa era logo a primeira e a mãe dele estava do lado de fora. Eu, do portão, abraçada com uma caixa de cerveja disse "Oi, dona Mercedez!". Ela nada. "Oi, dona Mercedez, sou eu, Roberta!". Nada. "Dona Mercedez, abre o portão!". Ela continuo para igual a um dois de paus. Ai, porra. "Dona Mecerdez, sou eu, Roberta, vim pro aniversário do Daniel!!!!". Que ela achava que eu tava fazendo plantada no portão abraçada com uma porra duma caixa de Skol? Como a velha não se mexia toquei o interfone. Daniel veio correndo e quando ele chegou na porta ela "Daniel, ela tá dizendo que veio pra sua festa". Não, Pedro Bó, tô fingindo que vim doar uma caixa de Skol, mas vou assaltar a casa!. Daniel inconformado "Mãããe! É a Roberta!". Pois é.

Daniel tava todo feliz, disse que nunca tinha conseguido reunir tantas das mulheres de sua vida ao mesmo tempo. Faltavam Viviane e Isabelouca. Fofocamos e, como sempre, relembramos algumas de nossas melhores histórias. Mas ele nem quis as que partilhamos, essas relembramos via MSN outro dia. Ele queria ouvir a história do dia que eu fui pra um motel com um caboclo e o bruto cagou no chão. Daniel disse que essa é a melhor pior história que ele já ouviu, que conta pra todo mundo. Pois é, sou uma estrela.

Lá pelas tantas Daniel confidencia. "Acho que minha mãe tá ficando doida". Ah, eu também acho. Ela me deixou plantada no portão!
Linda

Indo pro trabalho passei pelo maldito camelo de pilhas e chumbinho que outro dia, ao me ver de vestido azul turquesa esvoaçante me chamou de mulherão, ofendendo a honra da família. Rá! Hoje ele me estendeu a bandeja e ofereceu "Vai chumbinho-mata-e-seca-o-rato? Pilha alcalina, madame?". Madame é o caralho, come esse chumbinho e enfia a pilha no rabo, mas o que importa é que eu não sou mais um mulherão pros padrões p-o-v-o! Rá!

Na repartição comentei com minha cálega de baia a calça froxa. Ela me entendeu e comemorou "Ai, isso é maravilhos! Claro que a gente se acha linda de roupa frouxa! Claro que você tinha que vir com essa!". Há coisas que só outra mulher entende.

No fim do dia apareceu pra dar pinta uma cálega que tá em dando ixpidiente em outra repartição. Quase gritou. "Todo dia eu invejo alguma coisa da Roberta, mas hoje essa sua roupa tá impecável!!! Ah, e eu quero sua bolsa!". Rá!

Sou linda, impecavalmente vestida e trajo itens invejáveis!
Linda de viver

Hoje fui acordada pelo telefone mais de meia-hora antes do despertador. Não preciso dizer que isso não faz bem pro meu humor mais instável do que um alce bêbado em um monociclo, segundo dizem. Não bastasse ter mudado de horário no trabalho e agora ter que acordar cedo, não houve um dia essa semana que algum filho da puta não tenha me acordado antes da hora. Não, isso não ajuda em anda meu humor.

Mas eis que não postei o clássico “Mau humor, teu nome é Roberta”, né? Pois é! Fui me arrumar e nenhuma roupa me servia ou caía bem, tudo me aborrecia, como era de se esperar em um dia desses. Eu tinha planejado sair de calça vermelha, camisete e blusa de bordado inglês brancas. Adoro essa roupa, me sinto linda. A blusa tava moito amarrotada e eu não tava a fim de passar. Outra opção. Não tinha outra blusa branca limpa. ÓDEO! Troquei tudo. Peguei minha calça preta e... m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! A última vez que usei estava normal, hoje estava ótema! Laaaaarga! Quase ridícula de tão frouxa, caía no osso do quadril e na bunda ficava aquela coisa parecendo que eu tava cagada! Maravilha! Peguei uma camisete preta e uma blusa verde que tinha parado de usar porque tava meio apertada. Larguérrima, sobrando no braço! UHU! É com essa que eu vou! Estou leeeeeeeenda! Mau humor pra que quando se é magra?
Confissão, ou melhor, inconfidência

Nara já foi porta-estandarte do Rola Preguiçosa.
O mundo é estranho

Hoje recebi um e-mail de uma leitora jornalista pedindo o contato do Bloco Rola Preguiçosa. Tudo bem, eu entendo, mas achei engraçado. Como a princípio eu não sabia de onde ela tinha surgido questionei se eu lá tinha pinta de assessora de imprensa de rola preguiçosa?

Contei pra meu amigo Pedro. "Roberta! Vc já virou referência em carnaval carioca!". Menos, Pedro.

Como sou uma mulher generosa, descolei um contato pra ela, mas não sem algum estranhamento. Minha ajuda chegou tarde, ela já tinha arrumado com outras fontes.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Cafofo reaberto

Segunda-feira recebi o e-mail aviso: Comunico aos cariocas a reabertura do cafofo. RMRO, Catirina e STA voltam à ação em http://enlouquecer.blogspot.com. Foi a primeira reslução do Ano Novo: reencontrar aquela leveza e o bom humor, passar por cima de mal-entendidos e vida que segue. beijocas e pitocas

É isso aí, meus amigos, Rainha do Maracatu Roubada de Ouro, Catirina e O Senhor do Teu Anel estão de volta. Palhaços de Pernambuco, gays ou heteros, tremei.
Elenco de apoio

Enquanto minha vida anda morna, me lembrem de contar o Natal de Pedro, foi melhor que o meu.
Pérolas de Pedro
Ele se mudou semana passada e está decorando o cafofo novo. Ontem mandou a seguinte mensagem que me causou uma cena de riso. Imagino perfeitamente a cena e a cara dele saindo da loja.

Pedro escreveu:
Ah! Não te contei a minha cena de sábado.

Acordei e fui todo serelepe procurar um sofá em Copacabana. Entrei em várias lojas da Barata Ribeiro. Na última loja, toda bonitinha, com uma vitrine com cadeiras orientais e biombos elegantes, eu entro e pergunto:
- Oi! Tem sofá de dois lugares?
A moça responde com serenidade:
- Meu filho, isso aqui é uma casa de oração.
- Ah! Desculpa...
- Tudo bem...

A placa era "Johrei Center". Não parece nome de loja? Só depois me contaram que é da Igreja Messiânica...

bj
Meu amigo Pedro

Como vocês sabem, atualmente Pedro é o amigo mais presente na minha vida. No falamos todos os dias via msn, e-mails e telefone. Além de trocar conselhos sentimentais, um acompanha a vida sexual do outro como se fosse novela. Pedro me diverte e me faz feliz.

Tão fofo, sábado ele passou no bar onde eu estava pra me dar um beijo indo pra uma boate. No domingo ele me ligou pra contar como a noite dele foi agitada. E eu achando que a minha tinha sido animada. A dele teve barraco, reconciliação, lavação de roupa suja familiar, o fervo!
Hoje tem função no circo

Narinha narra mais um espetáculo. Um palhaço sem loção apontou para as olheiras dela. E olha que sou testemunha do esforço da moça. Tem pouco saído à noite, tenta dormir o quanto pode e andou comprando creminhos, corretivos, massa corrida e sei lá mais o que pra passar nas olheiras. Pobre amiga Nara.

Eu confesso que também ando incomodada com minhas olheiras, mas ainda não parti pros cosméticos. Tenho tentado manter a média de 6h por noite e bebido bastante água. Acho que vou fazer umas compritas de cosméticos também.
Má notícia

Meu computador subiu no telhado.
Má notícia

Meu computador subiu no telhado.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Tristeza não tem fim

Felicidade sim.
Não me perguntem, não quero falar sobre isso.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Sol na casa 8, lua na casa 3
04/01 (hoje) às 02:19h a 06/01 às 15:50h

Neste período, que vai de 04/01 (hoje) às 02h19 a 06/01 às 15h50, a passagem do Sol pelo setor das crises pessoais e a Lua na Casa 3 pode favorecer - e muito - que você ponha para fora questões emocionais que vêm lhe incomodando, e discuta com as partes envolvidas as coisas que lhe sufocam e que você deseja resolver. Tende a ser um período levemente crítico, mas não exatamente complicado ou problemático. Mas as questões virão à tona, convém não se esquivar delas! É um bom momento para começar um trabalho de análise ou de auto-reflexão, que lhe permita tomar decisões resolutivas num futuro próximo. Atente também para o fato de que é bem provável que você venha a tomar conhecimento, neste período, de problemas e questões difíceis de irmãos, amigos ou parentes, que você precisará ajudar.


Comentário plausível: medo.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Rescaldo de reveillon: mais fragmentos

No dia que postei a primeira leva ia contar mais, mas fui abduzida no MSN. Lá vai o que ainda me lembro.

O Troféu Abacaxi

Na festa havia um drink servido dentro de um abacaxi. Algumas de nós estávamos na champanhota e outras no whisky, mas cada vez que alguém passava com o tal do abacaxi invejávamos. "A gente não sai daqui sem tomar um desses", avisou Nara. Fernanda emendou "Esse é pra de manhã, pra quando a gente já tiver muito doida rolando na grama, eu e meu abacaxi na relva!" e eu "Ih, vou no táxi bebendo. Imagina a cara do porteiro, a gente cheia de lama e cada uma com um abacaxi na mão". Nossa outra amiga "Então não vou no mesmo táxi que vocês". Eu tenho todo tipo de amigo, sabe?

Bom, fato que Narinha tomou o abacaxi e não aprovou. Preferi seguir firme na champanhota. Só que desde o tal do abacaxi não sai da nossa cabeça. Eu sempre tive mania de dizer "dá um abacaxi pra esse puto calar a boca" quando alguém fala merda. Antes era em alusão ao Programa do Chacrinha, quando os calouros gongados levavam o Troféu Abacaxi. Agora sempre que digo isso me vêm o drink à cabeça.

Ontem, por essas coincidências da vida, compromissos profissionais levaram eu e Nara ao mesmo lugar. Claro que nos postamos lado a lado pra praticar um patrulhamento estético básico. Atrás da gente uma dupla de caleguinhas bostejava sem o menor constrangimento. Nara mandou "teus cálega falam merda, hein?". Repliquei "Dá um abacaxi daquele do reveillon pra cada um calar a boca". Gargalhadas contidas.
E sabe de uma coisa?

Quando a gente pensa que já viveu, viu e ouviu de um tudo na vida, a gente descobre que o mundo é muito mais estranho do que a gente imaginava.

O bom é que eu não me choco mais, só me divirto. Tá, tenho certo estranhamento, mas não chego a me obnubilar. Agora é só gargalhada. Como diria o Bozo, sempre rir, sempre rir....
Meus amigos

Recebi um e-mail de um amigo com uma matéria dizendo que a foz do Amazonas está afundando. Encaminhei pra outro amigo que achei que gostaria. Recebi a resposta "afunda a sua bunda?".

Posso ser ingênua, mas juro que não esperava, dei uma gargalhada no trabalho que todos me olharam. Mico.

Ele se vingou, diz que já deu muita gargalhada lendo meu blog no trabalho e a secretária era doida pra saber de que ele tanto ria. De mim, oras!

Tudo bem, pela graça ele vai pagar o chope que vamos beber essa semana.
Acharam, mas tava com defeito

Garganta inflamada, dor que vai do pescoço até os dedos da mão direita, olheiras ridículas e dor de dente. Dor de cabeça? Ué, existe vida sem ela? A auto-estima também não vai muito bem não.

Melhor jogar no lixo. Arrumem outra blogueira pra vocês.
Perdemos Roberta

Quem sabe um dia ela será encontrada de novo!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Fragmentos impagáveis

* Todos apinhados vendo os fogos das tendas na beira do mar. Olho pro lado e Nara está de pé sobre um pufe embaixo de uma árvore pulando sorridente.

* Descobri ontem que sou um talento para dar laços. Se precisar de um laço aí é só me chamar, dei laço na roupa das cálega tudo.

* Nós animadíssimas porque tínhamos descolado dois pratões de doguinhos, que na verdade eram uns hamburguinhos. Descobrimos também que, enquanto eu sou um azougue pra furar a fila do bar pra pegar champanhota, Nara é uma potência pra pegar doguinhos. Ficar em fila pra pegar ceia que nada! O negócio é se empanturrar de doguinhos. Fernanda, contentíssima lá pelo quarto doguinho, sentencia: agora tô feliz, enchi o cu de doguinho, vamos dançar!

* Eu e Fernanda, lá pelo meio da noite, capitulamos: precisávamos mijar. Na fila do banheiro químico ouvíamos as meninas que saíam dizendo que era grave a crise: tava imundo, fedorentérrimo e com lama até a canela. Que perspectiva para nosso primeiro xixi de 2007, hein? Nisso chega Amiga e apresenta o Plano B: vamos pro matinho.

Fomos pra trás de um caminhão ou sei lá o que, mas havia holofotes e váááários soldados. Ui, nunca mijei com tanta segurança! Até tentamos convencer os digníssimos representantes das forças armadas a virar de costas, mas nem todos se sensibilizaram. Já tava me preparando psicologicamente pra mijar no coturno dos brutos quando Amiga apresenta outra proposta: olha aquele arbusto na beira do mar. Yes.

Nosso primeiro xixi de 2007 foi agachada atrás de um arbusto, com as outras duas fazendo paredinha. Eu não fazia xixi fora de instalações sanitárias adequadas há muitos anos.

* Dançando até o chão, no "glamurosa, rainha do funk", eu e Paula nos empolgamos e quase quenão conseguimos subir. "Aí meu joelho", "Aí minha perna". Pois é, devemos nos conscientizar que somos glaurosas rainhas do funk, mas jovens senhoras.

* Com a chuva a grama virou atoleiro. Tamos indo de uma tenda pra outra e Fernanda, de sandalhota rasteira doirada como a minha avisa "puta que pariu, patolei o pé na lama". Já era tarde, eu tinha patolado em seguida. Lá se foi minha linda sandalhota em cetim doirado e fivela de strass. Pelo menos a da Fernanda era de couro, talvez tenha salvação.

* Certo momento da noite palhacinho até bonitinho chega em mim. Era pequeno, mas bem acabado. Moreninho, do meu tamanho, de bata branca... dava um caldo. Bom, eu tava bêbada mesmo e confesso que meu senso crítico estava prejudicado. Ele queria conversar. Tagarelava muito e eu não entendia muito bem tudo que o bruto falava. Tá, sou meio surda quando tô bêbada (o primeiro que disser pau no cu do surdo toma uma porrada, hein).

Continuando, ele perguntou onde eu morava, o que eu queria pra 2007 e sei lá mais o que. Atrás as meninas faziam caretas, umas mandando eu agarrar logo o bruto e outras dizendo pra eu mandar ele embora. Era educadinho, perguntou se eu tinha preconceito com homens mais novos. Magina, neném. Disse que se formava em Economia na PUC ano que vem, mas não falou a idade. Aí o momento fatídico: perguntou o que eu fazia da vida. Cheguei a ensaiar a cara de pau pra dizer "eu vendo avon", mas ele era tão tchtchuquinho que, idiota que sou, fiquei com pena e falei a verdade. Ele me xingou e foi embora. Tá, depois conto essa no HTP. Foi o primeiro palhaço de 2007.
O reveillon

A festa até que tava legal, ou poderia ter sido mais legal se não estivesse chovendo. Para chegar ao local era preciso andar por um caminho de terra, que virou um caminho de lama. A festa era ao ar livre ou seja à chuva livre, então todos ficaram embaixo das tendas. Ok, havia espaço para todos sob as tendas, mas teria sido melhor se estivessem mais espalhados. Por exemplo, os pufes tadinhos, ensopados nos espaços entre as tendas. Se estivesse seco teria me animado a encher (mais) a cara e cair no pufê depois.

De qualquer jeito acho a infraestrutura podia ser melhor pelo preço do convite, ou eles deveriam ter pensado no caso de estar chovendo, sei lá. Banheiro químico com lama até a canela é foda.
Ressaca, teu nome é Roberta

Acordei às 9h30 de tanta dor de cabeça e não consegui dormir de novo de verdade, fiquei fritando na cama até às 13h. Levantei de fome, tomei um banho e estou aqui, uma panqueca. Dor de cabeça, sono, moleza, piriri. Por que é que a gente bebe mesmo? Porque é líquido! Se fosse sólido a gente comia!

Vou sair pra arrumar alguma coisa pra comer e na volta abro uma cervejota. O mal foi eu ter bebido champanhota ontem, meu negócio é cerveja.