quinta-feira, 30 de novembro de 2006

A entrevista

Embora a matéria fosse sobre o HTP, pelo que percebi o mote era a morte do Jece Valadão. As perguntas com a expressão "cafajeste" eram recorrentes.

Expliquei que praticamente não uso essa palavra no meu blog. Além de achar muito pesada, acho que não define bem o ethos do HTP. Na minha opinião, o tipo de cafa personificado pelo Jece Valadão está fora de moda, datado, não atrai mais as mulheres (se é que algum dia atraiu).

Outra coisa que fiz questão de falar foi que nosso mote é sempre o humor. Não pretendemos nos vingar, expor ou humilhar. Temos bom humor suficiente pra rir das situações. Se expomos alguém, somos nós mesmas.

Contei que uma vez uma leitora escreveu contando uma palhaçada e pedindo ajuda pra "bolar" uma vingança pro bofe. Respondi explicando que não nos vingamos, não "armamos" viganças. Pra gente basta contar a história fazendo piada e que o próprio palhaço se reconheça, saiba que agiu mal e é piada na rede, embora não identifiquemos ninguém.

Falei sobre como as palhaçadas podem ser resumidas na frase "não precisava". Não precisava mentir, sumir, enrolar, tratar mal. A única coisa que pedimos é que os palhaços nos tratem com educação. Isso já bastaria.

Vamos ver como vai ficar a edição do programa.
É dos cafajestes que elas gostam?

Havíamos marcado no cyber café de uma livraria. Havia uma meia dúzia de computadores enfileirados. A mulher que estava no ao lado do que ocupei vazou rapidinho. Sobraram três homens. Sentei meio de costas para eles e mandei ver. Acessamos o site e comentamos as palhaçadas. Depois a repórter me fez algumas perguntas. Conforme eu ia falando os rapazes começaram a rir. Eu não via, mas ela disse que eles faziam cara de quem se identificava com as situações narradas. Não digo que é tudo palhaço?

Ao final da entrevista eles se animaram e gravaram depoimentos. Um deles chamou a atenção para a falta de comunicação entre homens e mulheres. Concordo, mas quem não fala normalmente é o homem, né neném? Depois questionou as escolhas femininas. Disse que queremos os cafajestes por serem supostamente melhores de cama, mas depois reclamamos. Nananinãonão! Primeiro que ninguém traz crachá de palhaço ou cafa. Segundo que o cafa contemporâneo é refinado, é sutil e envolvente. O modelo cafajeste do falecido Jece Valadão tá pra lá de datado.

O outro rapaz se confessou cafa. Disse que quando estava solteiro era cafajeste mesmo e não se arrepende. Mas depois deve ter ficado com medo de apanhar e fez uma declaração de amor e saudade da namorada. Sei...

Depois a equipe ainda foi gravar um "povo fala" na rua, mas não acompanhei pois tinha compromisso.
A gravação

Sequei o cabelo com secador e vesti minha blusa da sorte - eu a uso em todas as ocasiões importantes da minha vida (usei na qualificação de mestrado, defesa da dissertação e na sessão de fotos pra matéria do Estadão). Pra falar a verdade, coloquei exatamente a mesma roupa do dia da defesa da disserta. Chovia a cântaros, ruas semi-alagadas, engarrafamentos. Eu, linda, loura e japonesa, cheguei no local combinado - do outro lado da cidade em relação à minha residência - amarfanhada, ensopada e descabelada. Pelo menos cheguei com apenas 10 minutos de atraso.

Como o que não tem remédio remediado está, nem quis me olhar no espelho, afinal não ia ter jeito mesmo. Passei a mão no cabelo e disse que tava pronta pra começar a entrevista. Portanto, queridos, não se assustem com minha peruca descabelada. Meu capacete já está por cortar, depois de exposto às condições meteorológicas não favoráveis deve ter ficado um horror.
Lá se foi meu último naco de vergonha na cara...
ou "Cai um mito" ou ainda "Eu vi a Roberta na TV e ela é linda!"

Sim, amigos desse blog, dileta audiência, respeitável público... hoje eu, Roberta Carvalho, a mulher, o mito, a lenda, mostrei o rosto. Quer dizer, mostrar o rosto eu mostro todos os dias, afinal não ando por aí de máscara, só que dessa vez decidi mostrar a cara na TV.

Hoje à tarde gravei uma entrevista para o programa Domingo Espetacular da Record sobre o HTP. Abdiquei da tracional máscara de palhaço. Eu, jornalista, mestre em Comunicação, blogueira e dona de circo me deixei filmar de cara limpa.

O programa será exibido no próximo domingo, a partir das 18h. Cuidado, não fiquem muito ansiosos, cuidado para não se apaixonarem (e também para não terem pesadelos).
A vida é feita de escolhas

Ontem uma amiga me perguntou se eu estava bem, se estava feliz e se estava satisfeita com minhas escolhas. Rá! Há muito tempo eu não me sentia tão bem.
Classificados estranhos

Para quem não sabe, os "Classificados Estranhos da Roberta" foi umblog que mantive de 28 de março de 2003 a 18 de março de 2004. Durante um ano rifei amigos, leitores e desconhecidos que me enviavam um "e-mail anúncio". Muita gente arrumou namorado, beijou na boca, copulou ou apenas se divertiu. Eu só me diverti, mas valeu. Depois comecei o mestrado, fiquei sem tempo e abandonei o blog. Vou reativar. Classificados rulez!

Quem tiver encalhado, meio na seca, com o carnê do Baú da Felicidade atrasado ou simplesmente a fim de conhecer gente nova pode começar a redigir o anúncio e me enviar. Claro, não garanto a procedência do material e é cada um por sua conta e risco.

Fui lá e o blog ainda tá no ar, mas tá sem imagens e com link muito antigos. Vou pedir pro meu gerente de blog dar uma guaribada enquanto preparo o edital do "Concurso para namorado da Roberta 2007".
Decisão decidida II

Em o bruto sendo lançado ao mar à guisa de oferenda meu picadeiro fica vazio. Encerrei a conta e oferendei tudo quanto era palhaço. Sabe como é, espetáculo repetido é tedioso.

Que que eu vou fazer? Vou relançar o sensacional "Concurso para namorado da Roberta", com edital revisado e atualizado. Aproveito o ensejo e reativo meus Classificados Estranhos.
Decisão decidida

Decidi que, se o atual objeto da minha obcessão não der pinta no picadeiro esse fim de semana taco o bruto de oferenda pra Iemanjá! Meu nome é Roberta Carvalho, não é bagunça, oras.
Blogueira indolente

Nossa, tanta coisa aconteceu nos útlimos dias e eu quase não contei nada aqui. Agora que reparei que não narrei meu feriadão e isso já tem duas semanas! Sou péssima.
Diálogos II

Amiga me liga convidando para almoçar na casa dela domingo desses. Fofocamos, comentamos nossas empreitadas, nossas estratégias de abordagem e persuasão, como às vezes o elemento consegue se evadir mas noutras logramos êxito na operação deflagrada e talz.

Quando mudamos de assunto pra combinar a visita, que foi motivo da ligação, a filhinha dela pergunta com quem ela tá falando. Eu do lado de cá da linha escuto a conversa.
– Com a Roberta, amiga da mamãe.
– Ela tem filha?
– Não, ela tem quatro gatos.
– Ah! Quando ela vier aqui em casa ela pode trazer um?
– Não, não vai dar.
– Ah, mãe, só um!

Pobre criança filha única de mãe solteira sem nem um gatinho pra brincar!

Os meus eu não dou nem empresto, mas se minha amiga deixar levo um filhotinho bem sapeca pra elas adotarem. Um não, dois que gatos se tem aos pares. Hummm, bem... acho que se eu chegar lá com dois gatos perco a amiga. Melhor levar uma caixa de chocolates ou um gatinho de pelúcia pra menina.
Diálogos
ou Não gosto de homens cafejestes, mas de um bonitinho mas ordinário...

– Estou obcecada por um gatinho bonitinho mas ordinário.
– Os ordinários sempre são passíveis de obsessão.
– Sim!
– Como disse outra amiga hoje, é pelos ordinários que nos apaixonamos.
– Isso eu nunca entendi, porque um homem ordinário é sempre interessante
– Não é? Mistérios da vida.
É festa!

Mais tarde rumarei para o aniversário de minha amiga Glorinha. Pior - ou melhor - levo comigo a gangue quase completa: PL, Dr. Cachorra e HV. O cenário vai ser o mesmo cafofo sórdido onde tenho apreciado tantos espetáculos circenses. Aguardem relatório pormenorizado.
Tô na pista pra negócio!

Felizmente hoje começa minha movimentada agenda de pista. Ai, ai, ai. Tô com a programação completa, mas não necessariamente fechada.

O problema é que da última vez que fiz isso - me agendei tanto com tanta antecedência - a programação tava tão fechada, eram tantos compromissos sociais diários, que não tive tempo de dar atenção aos tchutchucos!

Aí fim de semana passado deixei pra decidir tudo na hora, também não logrei êxito. Sabe como é, as prestações do meu Carnê do Baú estão pra vencer, e eu detesto inadimplência. Agora resolvi me programar sim, mas preparada pra refazer a agenda se necessário, digamos assim.
É hoje!
Depois do almoço estava tão agitada, tão ansiosa, pensando de maneira tão fragmentada que nem eu tava me entendendo. Estou numa pilha incrível, quase eufórica. Pra piorar (ou melhorar) tomei tanto café que agora tô trincadaça.
Estou ótema
Não acordei muito boa não, chovia pra caralho, engarrafamento, coisas dando errado.... mas né que ao longo do dia o céu cinza pareceu menos pesado e a vida começou a ficar leve?

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Pouca sorte
Desloquei o ombro, tá doendo pra caralho.
A Palavra Seda

Desde que cedi à obsessã essa poesianão me sai da cabeça. É uma das minhas favoritas e já postei várias vezes,mas dessa vez estou enlouquecendo de tanto repetí-la mentalmente. O que é pior é que o objeto da minha obsessão, que me obseda e desperta, nunca deve tê-la ouvido e, se ouvisse, não ia entender. Como sempre digo, o mundo é muito estranho.


A atmosfera que te envolve
atinge tais atmosferas
que transforma muitas coisas
que te concernem, ou cercam.

E como as coisas, palavras
impossíveis de poema:
exemplo, a palavra ouro,
e até este poema, seda.

É certo que tua pessoa
não faz dormir, mas desperta;
nem é sedante, palavra
derivada da de seda.

E é certo que a superfície
de tua pessoa externa,
de tua pele e de tudo
isso que em ti se tateia,

nada tem da superfície
luxuosa, falsa, acadêmica,
de uma superfície quando
se diz que ela é "como seda".

Mas em ti, em algum ponto,
talvez fora de ti mesma,
talvez mesmo no ambiente
que retesas quando chegas,

há algo de muscular,
de animal, carnal, pantera,
de felino, da substância
felina, ou sua maneira,

de animal, de animalmente,
de cru, de cruel, de crueza,
que sob a palavra gasta
persiste na coisa seda.
Conclusão: fudeu
Aguardem próximos capítulos da novela da blogueira obcecada.
Conselho do tarot online de hoje:
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
obsessão
[Do lat. obsessione.]
Substantivo feminino.
1.Impertinência, perseguição, vexação.
2.Psiq. Pensamento, ou impulso, persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo, e que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo; idéia fixa, mania.
Chove pra caralho
Já cansei dessa brincadeira, quero mais não.
Gorda Safada

Ia postar "Vaca Gorda" à guisa de título, mas não mereço ser cahamda de vaca. Vaquinhas são boazinhas, legais e fofas. Gente gorda é safada e pronto. Vacas não são safadas e não merecem que se comparem gordos a elas. Estou uma gorda safada.

Vou me dar um desconto (pequeno) pois estou menstruada e inchada, mas acho que engordei. Cheugei em casa hoje, com quase todo o mau humor do mundo e tomei meu banhinho quentinho pra melhorar. Usei um sabonete bem cheiroso e peguei uma toalha laranja bem cheirosa no armário. Tava até melhorando, depois de mandar uns comprimidos de buscopan composto pra dentro. Vou me vestir e....e.... a bermuda jeans que há duas semanas tava frouxa, quase ridicula de tão larga está quase apertada na cintura! Horror! Horror! Horror!
Mas sabe do que mais?

Mesmo mal humorada do caralho continuo me amando, me adorando, me sentindo muito feliz e muito satisfeita de ser quem eu sou e das escolhas que faço. Sou Roberta Carvalho e isso é muuuuito bom!
Mau humor, teu nome é Roberta

Nossa, há quanto tempo eu não escrevia essa frase!
Pois é, vocês já conhecem o texto... mau humor exuberante e resplandescente, mantenham distância segura, essas coisas.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Sempre pode piorar
Estou com uma cólica dos infernos. Vou ficar menstruada. Como, é claro, hoje é um dia péssimo, provavelmente vai acontecer quando não tiver um banheiro disponível.
Velotrol urgente

Acho que preciso voltar a tomar meu Velotrol, apelido dado por Nara às minhas smart drugs. Ando completamente desmemoriada, esqueço de pagar as contas, esqueço de telefonar pras pessoas, esqueço tudo.

Há umas três semanas percebi que estou sem minha carteira de identidade. Já vasculhei todas as bolsas e parece que perdi. Raramente me pedem identidade, então não dei falta e também não tenho a manor idéia de onde a esqueci. Só posso ter esquecido, já que a carteira onde guardo os outros documentos continua em minha posse. Como ainda me lembro quem sou, caguei pra carteira de identidade.

Ontem percebi que perdi minha bolsa. A bolsa grande, que uso pra trabalhar. Daquelas boas que dá pra pendurar atravessada no corpo e enfiar gravador, celular, bloco e toda a tranqueira que repórti carrega. Não tenho a menor idéia de onde está, mas tenho uma desconfiança de ter deixado em um táxi, no domingo à noite. Felizmente eu tinha tirado a carteira pois ia sair. Ia passar na casa de uma amiga pra desovar a bolsa grande e íamos tomar cerveja. Pior ainda, nem sei o que tava na bolsa, por enquanto só dei falta da minha agenda. Carteira e celular estão comigo, por enquanto.

Caralho, tá foda. Vou voltar a tomar meu Velotrol urgente. Amanhã, se eu lembrar.
Pra piorar...

Tá armando temporal de novo, vim pro trabalho de vestidinho florido esvoaçante e fui inadvertidamente agraciada com uma pauta noturna. Que beleza, eu de tamancos e vestido de alcinha pegando chuva na cara. Que merda.
Comentários
Cadê eles? Sumiram? Se não voltarem até amanhã vou colocar outro sistema.
Hoje é um péssimo dia

Morreu um dos motorista da repartição onde eu trabalho. Era o meu favorito, o mais divertido e com quem eu tinha mais assunto. Gorducho bonachão, botafoguense gente boa - como todos que conheço -, torcia pela Beija-Flor e adorava uma Skol. Nós sempre conversávamos sobre política, futebol, samba e o preço da cerveja. Ele morava em Mesquita, na Baixada Fluminense, e sempre brincava comigo que se tivesse nascido aqui seria crente porque achava a cerveja muito cara no Rio. Eu sempre retrucava que era só ir beber em birosca de favela.

Outros repórteres não gostavam dele, achavam que era grosso. Realmente eu o vi ser grosseiro com outros colegas, mas nunca tive reclamação, sempre foi gente boa, divertido e solícito comigo. Nunca me negou nenhum favor nem deixou furo. Sei lá, vai ver que como também sou grossa e gosto de cerveja e samba a gente se dava bem.

A gente tinha ido pra uma daquelas agendas furadas na Baixada numa semana e na outra ele foi internado. Tava no trabalho e se sentiu mal, foi ao hospital e não saiu mais. Tinha a minha idade, mas ao contrário de mim, dois filhos pequenos. Sempre que acontece algo assim fico bolada. Lembro que tenho que viver todos os dias como se fossem o último da minha vida, afinal pode ser mesmo.
Diálogos

Amiga querida me telefona bolada com o sumiço do peguete-quase-namorado. O cara tava fazendo o tipo todo educado, gentil, galanteador, apaixonado. Ligava todo dia, ia pegar no trabalho, falava como se namorados fossem. Depois de um mês sumiu sem deixar vestígio. O clááááássico número do desaparecimento. Recém-solteira, minha amiga não tá escolada ainda.

– Eu posso com isso? O gatinho sumiu!
– Ele é meio maluco, né?
– Meio maluco? Ele é muito maluco, não tô podendo!
– Vai ver que nem fez por mal. Vai ver que é só maluco mesmo e nem notou que sumiu.
– Ai, ele é muito agitado, tem que tomar rivotril!
– Já tá prescrevendo, né?
– Ah, eu medico logo.
– Amiga, pensa assim, se ele sumir de vez pelo menos você aproveitou bem, colocou seu carnê do Baú da Felicidade em dia...Deve até ter adiantado umas prestações, né?
– Ih, amiga, vou te contar. O rendimento era tão bom que até botei na poupança!
– Ah, amiga! Então! Taca o palhaço no mar que é oferenda, você tá no lucro. Carnê adiantado e depósito na poupança!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Se você quiser eu vou te dar um amor
Desses de cinema
Não vai te faltar carinho,
Plano ou assunto ao longo do dia

Se você quiser eu largo tudo
E vou pro mundo com você, meu bem
Nessa nossa estrada
Só terá belas praias e cachoeiras

Aonde o vento é brisa
Onde não haja quem possa
Com a nossa felicidade
Vamos brindar a vida meu bem
Aonde o vento é brisa
E o céu claro de estrelas
O que a gente precisa
É tomar um banho de chuva,
um banho de chuva.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

E o relatório, hein?
Pois é, hoje já é sexta e não dei o relatório de pista da semana passada. Acho que nem vou dar, já não lembro de mais nada.
Todo dia tem função no circo
O HTP tá bombando, temos tido espetáculos diários!

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Meu amigo Pedro
Ele me liga todos os dias, freqüentemente mais de uma vez por dia. "É que eu tô acompanhando sua vida sexual que nem novela". Ok, também acompanho a novela dele.

Outro dia ele me ligou às 2h da madrugada pra chamar pra dançar. Eu tava numa festa e declinei o convite. No dia seguinte ligou às 11h da manhã pra dizer como acabou a noite e saber da minha. Ontem acabou a bateria do meu celular, quando liguei de novo havia uma ligação perdida dele.

Hoje me chamou no msn porque tava num impasse sentimental. Tá com vários carnês do Baú da Felicidade e não sabia qual colocoar em dia no fim de semana. Ele é apegado a todos os carnês, sabe? Isso que dá mantar tantos carnês ao mesmo tempo.

Avisou "estou com um problema, vou te contar e quero uma solução". Solucionei. ;)
Diálogos
Tava com Pedro no msn. Ele me constrangendo a ler o blog de uma mala psicopata e dizendo que era muito divertido. Chaaato. Acabou de acabar com meu humor.

Mudo de assunto e comento com ele que tô com o carnê do Baú da Felicidade atrasado.
– Humpf. Pelo seu ritmo você tá é com prestação adiantada!
– Nada, semana passada não paguei a prestação, nem dei uma passadinha na loja do Baú da Felicidade. Essa semana tenho que colocar em dia.
– Roberta, a prestação do Baú é mensal!
– Ah, me desculpe, mas a minha é semanal! Vai que passo a pagar mensal e perco a chance de ser sorteada?!
O carnê do Baú da Felicidade
Hoje acordei com o telefone. Era uma amiga querida que tem licença pra me acordar. "E aí amiga? tem pago seu carnê do Baú da Felicidade?". Gargalhada.

Pior que não, tô com o pagamento atrasado, avisei. Ouvi uma bronca: como ela me lembrou, não pode deixar carnê atrasado, afinal, só pra colocar em dia qualquer mixaria basta. Pois é. Claro, a safada tava tripudiando porque foi sorteada.
Linda e famosa
Vocês viram minha foto na Escola Nacional de Circo?
Chata, muito chata
Estou tão chata, mas tão chata, que vou dispensar duas pistas hoje. Tinha uma expedição noturna na Lapa que eu queria muito ir e uma festa no Odeon.
Chaaaaata
Tô muito chata hoje, mais que o normal. Acordei tarde, me sentindo cansada. Estou com o corpo dolorido, como se estivesse gripada. Pouca paciência e muito irritação com tudo. Sim, estou em TPM e só comecei a tomar o remédio hoje. Talvez isso piore um pouco a situação. Talvez seja só sono.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Por onde andarei:

23 de Novembro (quinta-feira) às 18h - Auditório 53 (5º andar)

Mesa Redonda: "GENTE DO RIO"

Profª Drª Aureanice de Mello Corrêa (coordenação de mesa)

* "As Negras de Ganho: as Donas do Pedaço" – Profª Drª Marilene Rosa Nogueira da Silva (História – UERJ)

* "Espaços e Lugares no Universo da Estrela Marlene" – Prof. Dr. João Baptista Ferreira de Mello (Geografia – UERJ)
Por onde tenho andado durante meu sumiço:

III SEMINÁRIO SOBRE O RIO DE JANEIRO

22 de Novembro às 18h - Auditório 53 (5º andar)

Mesa Redonda: "NO RIO DE FESTAS E CLAMORES"

Prof. Dr. João Maia (coordenação de mesa)

* "A Festa de Santo Antônio no Largo da Carioca: Ritual Simbólico Secular" – Profª Adriana Pires Marcial (Mestrado em Geografia – UERJ)

* "Manifestações Espaciais e Políticas Públicas na Parada Gay na Maravilhosa Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro" – Profª Elizandra Ferreira Dias (Pós-Graduada – UERJ)

* "Jogos Pan-2007, a Cidade Espetáculo" – Prof. Dr. Gilmar Mascarenhas de Jesus (Geografia – UERJ)

* "Território da Prostituição na Praça Tiradentes e o alcance espacial da DASPU" – Prof. Dr. Miguel Ângelo Campos Ribeiro (Geografia – UERJ)

* "No Balé do Lugar e nos Ritmos do Samba e das Eternas Marchinhas do Bola Preta ao Subúrbio de Oswaldo Cruz"- Prof. Roberta Carvalho (Mestre em Comunicação – UERJ)
O mundo é estranho
Ando sem a menor vontade de blogar. Até penso em posts, mas quando sento no computador prefiro fazer outras coisas.

Qualquer hora eu volto.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Blogstar
Hoje tem matéria sobre o HTP no caderno Link do Estadão.

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

É festa
Ontem fui ao lançamento de um filme com tema central eleições. Na verdade são três curtas produzidos pelo Nós do Cinema, Nós do Morro e Cufa.

A festa foi na Casa do Tá na Rua, na Lapa, e tava linda. Tinha esquecido como aquele lugar é quente e não estava com uma roupa adequada, por isso não dancei muito. Tava derretendo. Depois uma cervejota no Arco-íris pra dormir feliz.

O lançamento de verdade, com a exibição do filme, vai ser sábado no Odeon, às 23h.
Dor de cabeça, teu nome é Roberta
E o pior é que nem é ressaca. Acho que é pouco sono, pouca água e má alimentação. Daqui a pouco vou tomar uma cervejota pra rebater.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Dilema de locomotiva
Tenho duas festas 0800 pra ir hoje, ó dúvida cruel...
Das vacinas...
Minha amiga Glorinha veio me causar inveja. Avisou que amanhã vai ao posto de saúde tomar a 3ª dose da antitetânica. Safada. Mas como ela é gente boa prometeu que vai se informar de todas as vacinas disponíveis digrátis.
Meu celular novo
Fui na assistência técnica da Nokia buscar meu celular hoje. Humpf. Parece que eles realmente resolveram ficar com ele pra peso de papel. Disseram que como não havia peça para reposição me mandaram outro aparelho. Até aí tudo bem, obrigação deles já que o meu tava na garantia. Só que mandaram um preto, enquanto o meu era prata. Não, não gostei. Não, não fiquei satisfeita.

Cheguei a falar pra atendente que não queria, que fazia questão de um celular idêntico ao meu: prata. Ela me mandou a real que não havia a menor previsão de me descolarem um. Como já tinha cansado do tijolão pesando na minha bolsa peguei a porra do aparelho preto e fui embora odiando a Nokia.

Eu só comprava celulares da empresa supracitada. Além da interface ser simpática, o carregador é sempre o mesmo. Comprava, pois jamais comprarei outro. Sim, eu sei que qualquer fabricante poderia ter feito o mesmo comigo, mas acontece que os outros ainda não fizeram. Acho que voltei até a simpatizar com a Motorola, que eu tinha jurado nunca mais comprar também depois do último.

Como acabei ganhando uma porra dum celular novo não solicitado e uso os aparelhos até eles pifarem, devo ficar com esse por um bom tempo ainda. Quando quebrar vou comprar um de outra marca. Ah, vou escrever pra Nokia reclamando, é claro. Sou chata e não desisto nunca.
Homem é tudo palhaço
E todo dia tem espetáculo no circo!
Solzinho faz feliz!
Que delícia o calorzinho gostoso que fez hoje e o céu azul. Claro, seria melhor se eu pudesse estar na praia, mas mesmo assim alegrou minha vida.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Os palhaços passam, o circo fica

Babe, neném, tchutchu... titia Roberta, dona do circo e domadora de palhaços vai te contar. Em cinco anos de blog você nem imagina quantos blog "Mulher é tudo puta", "Roberta Carvalho é uma vagabunda" e congêneres já surgiram. É, bem.... sinto informar que nenhum deles tá na ativa.

Ah, outra coisa. Eu tenho nome e sobrenome, sou Roberta Carvalho, 35 anos, solteira biscate, jornalista mestre em Comunicação Social, gateira ailurófila assumida e blogueira contumaz. Não nego e não devo satisfações da minha vida a ninguém. Já quem faz blog apócrifo falando mal de mim é.... palhaço.
Sou uma estrela!
Gentem, mantenho dois blogs há cinco anos, fora o dos Classificados que durou pouco mas divertiu. Já fiz amigos, namorei leitor, ri, chorei e ganhei prêmios por causa dos meus blogs. Já dei entrevistas e fomos citadas em vários jornais de circulação nacional, revistas de informação e sites. Tá, também já fui xingada e ameaçada, mas faz parte da fama.

Agora, até hoje nada disso fez eu me sentir tão estrela quanto o post impagável que Narinha fez no HTP hoje. Ela descobriu que algum palhaço magoadinho fez um blog chamado "Homem é tudo palhaço?". Lá ele explica porque fizemos o blog, quem somos, o que nos move. Também analisa nossas leitoras e comentaristas. Concluiu que "é tudo puta". Que criativo! Segundo o bruto, sou uma vagabunda e estou na boca do povo! Ueba! Sou uma estrela!

É isso mesmo meu amigos, desde julho o bruto gasta tempo e energia para nos gongar. Faz print screens e posta com link para os posts e suas análises. Caralhos, nunca me senti tão importante!

Tá, tá certo que até Narinha postar ninguém sabia do blog e ele não tinha nenhum comentário, mas é daí? Todo mundo tem direito a uns instantes de fama e resolvi ajudar o pobre. Vai lá rir um pouco: http://tudopalhaco2.blogspot.com
E ainda dizem que Deus não dá asa a cobra...

Eu tinha uma amiga que tinha um tio hipocondríaco. Ele era gerente de uma farmácia! A família dava as receitas pra ele trazer os remédios pois comprava com desconto. Tudo ele comprava a dose dobrada: uma pro dono da receita e outra pra ele. Dobrada nada, nem sei qual a proporção. Tipo, se era um xarope e mandava tomar duas colheres de sopa por dia, ele tomava dois frascos por dia. Sim, amigos, isso mesmo. Eu vi o bruto abrir o frasco de xarope e mandar pra dentro de uma talagada só. Emabixo da cama dele havia várias caixas cheias de remédios, afinal ele também sabia valorizar as novidades da indústria farmacêutica. Tá, ele fedia a remédio.
E ainda dizem que Deus não dá asa a cobra
Não é errado ser assim, só é estranho

Naquele dia que fui à Campos o motoristas da repartição, com quem eu converso muito sobre as os lançamentos de remédios, as promoções e até dou uma dicas, veio me perguntar sobre como andam as farmácias. Começamos a conversar. O fotógrafo achou que a gente tava de pilha, que era sacanagem. Eu hein, não é errado ser assim. Tem gente que passeia no supermercado, eu vou à farmácias, oras.
Das cápsulas, pomadas e efervecentes...
Mamãe tem predileção por anti-ácidos e comprimidos efervecentes em geral. Gosto mesmo é de uma cápsula, manipulada de preferência, como já comentei, mas sei dar valor a uma boa pomada, preferência e vício da minha irmã. Caraca, ela tem mó coleção de bisnagas de pomadas debaixo do travesseiro. Quando vai dormir ela levanta o travesseiro e se busunta. Ela se sente segura passando os remédios na pele, tipo, tá com o corpo fechado de besuntado. Prefiro mandar pra dentro, mas respeito.

Ela tem pomada pra pereba infeccionada, pra pereba só meio inflamada, pra pereba que deixou cicatriz escura, pra pereba que deixou cicatriz branca. Foda, ela é uma potência da pomadas! O chato é que ela acha que, por preferir as pomadas, que tem direito a todas. Tipo, se eu compro uma pomada ela vem logo me pedir. Porra, não é porque eu prefiro comprimidos que vou achar que todos são meus ou que não sei dar valor a um bom ungüento.

A safada deu a elza na Diprogenta que usei pro piercing inflamado e na Bepantol que comprei qndo fiz a última tattoo. Achei meio sacanagem, mas tudo bem, deixei barato. Aí comprei uma Nebacetin e ela pediu correndo, disse que tava com umas perebas na perna e talz. Tá, leva perebenta.

Agora, a gota d’água foi quando comprei uma Bactroban na Farmácia em Casa outro dia e ela queria estrear. Fala sério, nem era uma Mupirocina, era Bactroban mesmo, minha pomada favorita! Sei que dei mole, deixei a caixa em cima da cômoda. Ela veio logo pedir, dizer que tava com umas perebinhas renitentes e talz. Falei "porra, nem abri ainda". 'Ah, deixa eu abrir, deixa eu usar, deixa de ser egoísta". Não fode. Abri, busuntei a minha perna e depois deixei ela usar. Assim que reouve o tubo de pomada escondi na minha gaveta de meias. Rá! Ela jamais vai procurar lá. Tira o olho da minha Bactroban! Quer Bactroban vai comprar! Se ela pegar minha Bactroban vou roubar a Trok, é a que ela mais gosta. Caralhos, ela gasta um tubo por mês!

Agora, imagina a inveja que bruta vai ficar quando souber que comprei uma pomada de arnica e ainda tá novinha, fechadinha no fundo da gaveta de meias! Tá, essa tô guardando pra uma ocasião especial. ;)
Confissão II
Mas vou contar uma outra coisa. Eu queria mesmo era tomar vacinas, sabe? Outro dia vi que há um monte de vacinas para adultos tomarem. Fui ao posto de saúde mas não tinha nada. Até me olharam com uma cara estranha, como se eu fosse doida. Humpf. Aí liguei pra uma clínica particular de vacinas. Porra, é caro pra caramba. Tem que ser quase rico pra ser vacinado! Pôxa, meu próximo projeto de endividamento é tomar todas as vacinas disponíveis. Imagina, pensar ‘estou imunizada!’, vou me sentir muito segura.
Bulário Online
Antigamente eu colecionava bulas. Tinha uma ótima coleção, gostava de ficar lendo, organizando por ordem alfabética e indicação e talz. Tinha até comprado um álbum pra colocar todas. Alguma, as melhores, eu até guardava mais de uma, assim podia gentilmente ceder pra algum amigo meu. Sabe como é, além de me auto-medicar, eventualmente eu prescrevo. Mas aí descobri o bulário online da Anvisa! Me desfiz da minha coleção de bulas de papel, afinal, se estão todas disponíveis na internet não havia mais sentido. E isso de guardar papel à toa é coisa de gente doida, né?
Confissão
Tá, eu confesso, adoro passear em farmácias. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana é meu paraíso. Outro dia como não tinha dado praia mesmo, desci pra almoçar e depois fui dar pinta. Ai, que delícia. Em três quarteirões visitei sete farmácias diferentes!

Mas eu vou mais pra ver as ‘novidades’ mesmo. Comprar eu compro pela internet. Além de ser mais barato, quando o pacote chega eu fico toda feliz. Parece que alguém mandou presentinho pra mim! Um pacote cheio de remedinhos que fazem feliz! Não importa que a conta do presente vá vir no meu cartão de crédito, não vamos nos apegar a detalhes bobos assim.

Ah, eu também pego todos os encartes. Ler encartes de farmácia é quase tão divertido quanto a revista Nova, com a vantagem que são digrátis! Minha irmã sempre traz encartes das farmácia do Centro pra mim, umas que normalmente eu não vou, sabe como é... Fico horas lendo todos os encartes, analisando os remédios, as fotos. Muito bom.

Só fico meio chateada quando tem algum remédio que não sei para que serve. Pô, e se o preço estiver bom? Vou perder a promoção? E se eu quisesse comprar aquele remédio?
Quando acontece isso eu corro para o bulário da Anvisa pra saber as indicações do remédio misterioso.
Falar em Vic...

Em Brasília Vicente ficou chocado com a quantidade de cápsulas diárias que eu ingeria. É que além do Nootron, como eu tava pra ficar menstruada tava tomando minhas quatro cápsulas diárias do meu complexo anti-tpm (hipericum, valeriana, vitamina B6 e castanha da índia). Acho que também tava rolando uma cápsula diária de óleo de prímula e outra de omeprazol, pois meu estômago não tava muito bom. Quando me viu mandar pra dentro 8 e ½ comprimidos por dia mais um redoxon Vic se assustou. Ficou com mais medo quando viu a farmacinha portátil que carrego na necessaire. Tolinho.

Dizem que sou hipocondríaca, mas não é verdade. Apenas gosto de me sentir medicada, dá uma sensação de segurança, sabe? Pra vocês verem como é maledicência, atualmente estou tomando apenas meio comprimido diário – quase nada. Realmente há épocas que tomo muitos remédios, mas acho que isso acontece com todo mundo. Eu poderia estar tomando meus dois comprimidos diários de Nootron, mas resolvi dar um tempo. Achei que tava banalizando. O óleo de prímula tomo por 60 dias e paro 30, agora estou no intervalo.

Antigamente eu gostava de remédios de grandes laboratórios, nada de genéricos. Marcas famosas me traziam segurança. Hoje desencanei e até tomo genéricos, claro, dos meus laboratórios favoritos, mas minha onda agora são os remédios manipulados, sabe? Tipo assim, customizado, feito pra mim! Me sinto muito segura.
Reinações de Narizinho
Imperdíveis e impagáveis os post de Vicente contando detalhes sórdidos da cirurgia plástica que fez para arrebitar o nariz.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Agenda de pista
Ai, como é dura essa vida de locomotiva social. Hoje é véspera de feriado e nem vou sair pra me poupar. Se começar a sair na terça vou desmaiar antes de sexta. De qualquer jeito, apesar de locomotiva social, sou uma jovem senhora e estou com dor na coluna.

Amanhã, quarta, vou conhecer o novo cafofo de Quéli com Vic e PL.
Quinta tenho um chope e uma festa.
Sexta tenho uma festa.
Sábado rola Feijoada do Império Serrano, aniversário da Carrie e Odisséia, ainda não sei pra onde vou.
Domingo tenho um aniversário ao som de samba à tarde e outro à noite.
Segunda devo visitar uns amigos ou ir ao cinema.

Para a próxima semana ainda não fechei agenda. Convites?
Perguntinha básica
Nuuuunca mais vai parar de chover?

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Maratona
Aliás, no próximo sábado tinha marcado de ir na Feijoada do Império Serrano, um convescote de noitinha com um casal de amigos e de dançar à noite. Com o convite pro aniversário transferi a visita aos amigos pro sábado seguinte. A Feijoada vou pensar se vai rolar, vai depender do meu estado depois da noite de sexta.
É festa!
Começou a temporada de aniversários. Tenho um no sábado e outro no domingo. Até o fim do ano tenho aniversários de amigos quase todos os fins de semana.
Confesso que dormi
Pela primeira vez em muito tempo esse fim de semana dormi muito mais do que bebi. Não que tenha ficado de bico seco, mas confesso que enchi o cu de sono e tava precisada.

Sábado saí do plantão por volta de 12h. Cheguei em casa tão chapada de sono que nem lembrei que não tinha comido nada ainda, embora lembrasse que tinha acordado às 6h45. Tava com um cafezinho no estômago e assim me joguei na cama. Por volta de 15h uma ligação do chefe do plantão interrompeu meu soninho da saúde porque tinha dado um chabu. Não pude ajudar e voltei a dormir.
Acordei às 17h com vontade de fazer xixi e percebi que o estômago tava roncando. Se fosse descer pra almoçar ia perder horas preciosas de sono e ia acabar despertando. Comi duas fatias de pão de forma com duas fatias de queijo dentro e um copo de coca light meio sem gás e voltei pra cama. Despertei às 19h30 querendo roer o rodapé.

Como não tinha nada pra comer tomei uma cervejota enquanto me arrumava pro convescote na casa do meu amigo. Até tentei ir linda de vestido verde, mas o frio da porra me dissuadiu e mandei meu traje básico: calça e camiseta pretas com jaqueta jeans. Deixa o vestido para ocasião mais quente.

Comi e muito, bebi cerveja e muita, ri e muito com meus amigos. Lá pelas 3h30 fui obrigada a ir embora já pensando na porra do plantão de domingo.

Domingo
Acordei com os olhos ardendo e a cabeça doendo, mas tomei meu banho e rumei pra repartição. Como o mundo não precisa ser cruel, a cálega de repartição e infortúnio dominical foi voluntária para a agenda. Fiquei na redação lendo os jornais.

Às 14h fui pra casa com umas bolachas e um café no estômago. Pior que nem tava com fome, mas dessa vez almocei antes de desmaiar na cama. Acordei às 21h, comi mais, bebi coca light e fiquei vendo TV até de madrugada.
Agora, né?
A assistência técnica da Nokia tá me ligando pra eu ir buscar meu celular. Se eu tiver tempo vou amanhã.
Que porra de frio é esse?
Alguém quer avisar ao responsável pelo termostato que novembro não faz mais frio no Rio de Janeiro?
Trilha sonora
A leitora Marcia falou dessa música e fui correndo ouvir.

Folhetim
Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres
Que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim

E, se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim

E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidoso, supor
Que é o maior e que me possuis

Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte
Te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim
Aniversário estranho
Ando tão enrolada que a data passou e nem lembrei. Dia 8 de novembro esse blog completou cinco anos de atividade. Sim, dileta audiência, há cinco anos eu conto aqui a novelinha da minha vida, minhas histórias estranhas, amores e desamores, alegrais e decepções. Caralhos, é muito tempo!

sábado, 11 de novembro de 2006

Sono
Ontem fui beber com meu mais novo amigo de infância, o Leitor Pangaré. Falamos absurdos variados, fizemos confissões inconfessáveis e trocamos quase-segredos até às 3h da madrugada. Hoje quando o despertador tocou às 6h45 pareceu um pesadelo. Preciso dormir!

Tinha combinado ir à praia com Quéli se estivesse sol: pela primeira vez na vida vou dizer felizmente está nublado. Vou sair da repartição na hora do almoço e vou pra casa dormir o dia todo, afinal à noite tenho uma festa e quero estar linda de vestido verde.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Humilhação, teu nome é Roberta
Ontem consegui a proeza de ser rejeitada por dois homens na mesma noite!

Tinha marcado de encontrar com um tchutchuco e levei bolo. Bom, minha companheira de pista, Glorinha, disse que tecnicamente não foi bolo, porque ele não garantiu que ia, avisou que tinha um aniversário e ia tentar ir. Ah, sei lá. Eu achei que ele ia. Decepção. Pra mim foi bolo e ele se transformou em oferenda pra Yemanjá. Taca no mar que é oferenda!

Bom, como o tchutchuco todo bom não foi, peguei uma figurinha repetida que tava pinta na pista, facinho a R$ 1,99. Né que ele me trocou por uma loura? Tá, tá certo que ela era mais alta e magra que eu e tinha cabelão (homem cafona adora um cabelão - nesse momento ele se tornou cafona), mas não acham que é falta de educação? Bom, como praga de puta deus escuta, ele tomou toco da loura e volteou "Pô, você sumiu. Tava te procurando". Jura neném? Taca no mar que é oferenda!
Frenética na pista
Ontem tava cansada pra caralho, pensei "saio, tomo um chopinho, dou uma sambadinha básica e durmo cedo. Você acreditou? Eu quase acreditei, acredita?

Saí do trabalho e fui encontrar minha amiga e companheira de pista Glorinha, que tava tão bagaça de sono quanto eu. Rumamos pra Lapa, era dia de roda de samba do Empolga às 9 no Teatro Odisséia. Demos literalmente uma passadinha no Arco-íris e tava cheio de gatinhos. Mantenha o foco, Roberta! Hoje isso não é para você!

O show já tinha começado e entramos logo. A casa estava mais vazia do que eu esperava, mas foi enchendo aos poucos. A noite foi maravilhosa. Dancei e me diverti muito. Tipo assim, era noite de chope duplo. Não preciso contar que fiquei bebinha, né?

Eu tinha marcado com um tchutchuco que não apareceu, mas acabei encontrando outro que não esperava. Figurinha repetida não completa álbum, mas dá pra brincar de bafo-bafo, né? Bom, ele acabou apresentando um novo espetáculo circense, mas isso é assunto pra outro blog.

Era aniversário de menina Flávia, que chegou mais tarde e já bebinha com Raco, André e mais um monte de pessoas simpáticas que eu ainda não conhecia. Adorei vê-las.

Como sou brasileira e não desisto nunca, joguei a oferenda no mar e parti pra outra pista. Saímos e fomos pra Casa da Matriz. As meninas arregaram, mas eu entrei com meu amigo. A noite tava ótema. Dancei, fiz "amizade" e bebi mais um pouco.

Cheguei em casa à 9h30. Dormi das 10h às 13h. Dormir pra que?

Quando cheguei menina Narita tava se arrumando pra trabalhar. Disse que nunca tinha me visto fedendo tanto a cigarro. Pois é, há tempos eu não me enfiava naquele buraco sórdido.

Falar em cigarros, encontrei um maço de Marlboro e um isqueiro na minha bolsa. Acho que nem deus sabe de onde vieram.
Sexta véspera de plantão
Sim, amigos, voltei a ser o azougue da pista, a locomotiva social, mas hoje estou devagar. Além de estar cansada, com os olhos ardendo e espirrando, tenho que acordar às 6h30 da madrugada pra abrir a repartição às 7h30.

Se tivesse mais descansada até iria trabalhar virada. Se tivesse alguma pista forte até iria trabalhar virada. Se tivesse companheiros frenéticos pra pista hoje ou algum tchutchuco pra dar uns amassos até iria trabalhar virada. Se não tivesse chovendo... Como diria minha amiga Ana Paula, se meu pai fosse muher eu teria duas mães.

Fato é que vou tomar um chopinho com um amigo, falar umas bobagens, contar uns quase-segredos, fazer umas confissões inconfessáveis e ir dormir não muito tarde. Quem viver verá.
Diálogos
Meu amigo Pedro virou leitor compulsivo do meu blog, além de elenco de apoio. Távamos no tel agora comentando.

– Eu só acho que você abre muito a sua vida no blog.
– Você acha? Mas eu não conto tudo, nunca conto os detalhes sórdidos, esses só em mesa de bar.
– Ah, não! Você conta muito, eu não teria coragem.
– É? Então vou parar de contar, vou contar menos.
– Não!!! Conta sim, eu adoro ler, o blog tá ótimo, animado, divertido.
E como diria a sábia Nara Franco
"Porquê" é coisa que não existe. Eu completo que o mundo é estranho e, afinal de contas, não é errado ser assim.
Por que a gente é assim?

Mais uma dose?
É claro que eu estou a fim
A noite nunca tem fim
Por que que a gente é assim?

Agora fica comigo
E vê se não desgruda de mim
Vê se ao menos me engole
Mas não me mastiga assim

Canibais de nós mesmos
Antes que a terra nos coma
Cem gramas, sem dramas
Por que que a gente é assim?

Mais uma dose?
É claro que eu tô a fim
A noite nunca tem fim
Baby, por que a gente é assim?

Você tem exatamente
Três mil horas pra parar de me beijar
Hum, meu bem, você tem tudo
Pra me conquistar

Você tem exatamente
Um segundo pra aprender a me amar
Você tem a vida inteira
Pra me devorar
Pra me devorar!

Mais uma dose?
É claro que eu tô a fim
A noite nunca tem fim
Por que a gente é assim?
Por que que gente é assim? Por que eu sou assim?
Roberta, Roberta, Roberta, por que você faz essas coisas?
Como sempre digo, não tenho vergonha na cara.
Tijolão rulez
Entre dormir e ir buscar o celular no Centro da cidade, claro que preferi dormir. Mais um fim de semana assustando as pessoas com esse celular jurássico.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Nota pertinente
Domingo passado caiu uma ficha que tava presa há um tempão. Que alívio! Pena que demorou tanto pra cair, teria me poupado choro e humilhação.
Relatório de pista atrasado e resumido
Eu já dando a agenda do fim de semana e nem dei o relatório da semana passada. Ando uma blogueira inadimplente em minhas obrigações com meus queridos e amados leitores, né? Mas sabe como é, entre viver e blogar fico com a primeira opção. Além disso, ando trabalhando como uma moura corna.

Bom, vou dar um resumo de pista:

Domingo
Não tava muito boa, o dia tava chuvoso. Resolvi fazer um programa i-n-é-d-i-t-o: fui tomar um chope com minha amiga Glorinha no Belmonte de Copa. Foi ótimo, como sempre. Pecorremos nossas infâncias e relacionamentos, uma verdadeira sessão de análise em dupla. Fui dormir bebinha e feliz.

Sábado
Ai, caralho, que que eu fiz sábado mesmo? Ah, tá. Show do Bangalafumenga no Teatro Odisséia. Antes chopinho no Arco-íris. Foi o mulherio todo (as cálega tudo!) e nos acabamos de dançar. Básico.

Sexta
Eu não tinha programa e, como tinha desistido de cortar os pulsos, afinal eu tinha marcado Odisséia com "as meninas" no dia seguinte, ia ficar em casa tomando cervejota e blogando. Para minha sorte e azar dos meus leitores, meu Leitor Pangaré tava online e, depois de meses tentando marcar um chope encruado, ele me deu um ultimato: "Filme tal, cinema tal, sessão tal". Faltavam menos de 2h para o horário, mas vambôra.

Assistimos "O ano em que meus pais saíram de férias", legalzinho, como eu esperava. Meu acompanhante ficou decepcionado, eu não. De lá rumamos para um lugar tipo assim, diferente: fomos tomar um chope no Belmonte de Copa. Ai, caralhos, porque eu sempre acabo nesse bar que nem gosto tanto? Bom, a noite foi divertida, meu Leitor Pangaré e é meu mais recente amigo de infância. Trocamos confissões escatológicas e inconfessáveis, além de quase-segredos. Rimos muito e bebemos bastante (entendo bastante não como muito, mas como o que basta). Diz ele que não lembra como chegou em casa. Eu, hein, gente estranha.

Quinta, feriado de finados
Outro programa quase inédito: chope na Lapa com minha amiga Glorinha. Ela chegou já semi-bebum e acabou a noite completamente bebum. Eu tava devagar pois meu estômago ainda tava meio mareado. Demos pinta na Taberna do Juca e no Arco-íris, falamos mal de um monte de gente e socializamos com os tchutchucos rinpongas.

Quarta, véspera de feriado, como vcs lembram eu dispensei festão 0800 pq tava cansada e enjoada.
Tô na pista pra negócio
Ontem comecei a agenda sócio-etílica da semana. Fui conferir a abertura da 11ª Mostra Internacional do Filme Etnográfico no Odeon. De lá fomos tomar um chopinho na Lapa. Programinha light: dormi das 5h30 às 9h30. Hoje vou começar a pegar mais pesado: roda de samba.

Sábado marquei praia à tarde com Quéli Cachorra e à noite tenho um convescote mega-etílico, mas amanhã ainda não tenho programação. Convites?

Entre uma coisa e outra estou de plantão e serei obrigada a dar pinta nas manhãs da repartição. Aliás, como diria minha mãe, no cu da manhã. Dormir pra que?
Diálogos estranhos II
– Que que você faz?
– Sou jornalista.
– Maneiro, tenho uma irmã jornalista também.
– Ah, é? Legal. E você, faz o que?
– Sou músico, poeta e maconheiro.
Silêncio. Então tá, né?
Convites estranhos
Feriadão passado foi realmente animado. Recebi várias propostas surpreendentes. Um gatinho me chamou pra acampar em Sana. Obrigada, mas eu não acampo. Sou uma jovem senhora, durmo em cama e tomo banho quente.

Outro babe me convidou para andar de skate nas Paineiras. Neném, se eu não andava de skate quando tinha 15 anos, não vou começar aos 35.

Seguindo a safra de "estranhos tchutchucos", outro me convidou para ir ao baile funk com ele. Primeiro ele cantou um rap exaltação do CV de lavra própria, depois me disse que não é bandido, mas tem consideração dos irmãos, então qualquer morro do CV que eu queira ir ele me leva. Ah! Era exatamente o que eu tava pensando em fazer no fim de semana!

Fortes emoções se anunciam, quais convites bizarros receberei no fim de semana que se aproxima?
Diálogos estranhos
– Eu queria ter uma namorada como você. Você quer ser minha namorada?
– Não bêibe, eu não namoro.
– Como assim?
– Eu sou biscate, não namoro.
Silêncio....
– Você é maluca?
– Sei lá, mas não é errado ser assim.
O mundo é estranho
No feriadão da semana passada fui pedida em namoro duas vezes, por dois homens diferentes. Gentem, há uns 20 anos ninguém me verbalizava um pedido de namoro e, de repente, recebo dois com menos de 48 horas de intervalo! Agredeci e declinei educadamente.
Últimos capítulos da novela do celular quebrado

Outro dia no Lamas, Pedro pediu pra eu ligar para O Orientador pois seu celular tava sem bateria. Pego meu aparelho e ele quase grita "Que isso?! Você tinha um Nokia lindo!". É, tinha. Agora tenho isso.
O bruto queria ligar do meu aparelho e ainda fez pouco do meu tijolão.

Uns dias depois, no Belmonte, pego o celular para ligar para sei lá quem e o Leitor Pangaré dá uma gargalhada. "Rárárá! Ainda não devolveram seu celular? Ficou pra peso de papel mesmo? Eu tive um aparelho desse aí há anos!"

É, tripudiem, bando de safados. Pior ainda é a cara de quem não sabe da história quando me vê sacar o trambolho telemóvel. Quer saber? Caguei pra vocês. Agora já aprendi a usar o tijolão, já me entendo com os botões, sei lidar com a interface e até já me acostumei com o pesinho dele na bolsa. Parei de pentelhar a assitência técnica e há uma semana não telefonava. Já tinha até esquecido que o tijolão não me pertencia. Hoje resolvi ver qual era e...aha! "Aparelho pronto para retirada". Se der tempo amanhã vou buscar meu celularzinho amado.

Ah, agora vou responder a pesquisa que a Nokia me mandou sobre a qualidade do atendimento na assistência técnica.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Firme na pista
Inicio hoje minha agenda sócio-etílica da semana. Consegui despachar uma cálega incauta pra Baixada no meu lugar e vou ao cinema com amigos. Programa light pra abrir os trabalhos. Claro, depois do filme vamos beber uma cervejota e dar pinta por aí, que ninguém é de ferro.
Peruca exuberante
Confesso que ando insatisfeita com meu capacete. Sei lá, sabe? Hoje ajeitei com secador e ficou lindo, mas não tenho paciência para fazer isso todos os dias. Acho que vou ter que mudar o corte.
Diálogos
Toca meu celular e o display mostra o nome do meu amigo Pedro.
– Oi meu bem!
– Dorme na minha cama, toma banho no meu banheiro, te dou a chave da minha casa e você vai embora e nem me liga pra dar satisfação... mulher hoje em dia é assim mesmo.

Por um instante cheguei a sentir culpa, me vi usando e abusando do corpinho branco como leite de Pedro, daquela carne imaculada, para depois abandoná-lo. Mas antes que eu dissesse "ô babe, o problema não é com você, é comigo..." lembrei que nos somos amigos e não trocamos fluídos corporais! E ainda por cima ele se mandou pro trabalho e largou a casa na maior bagunça e eu arrumei. Estiquei cama, dobrei lençóis e até recolhi o short que ele dormiu e largou em cima da geladeira. Sim, amigos, em cima da geladeira. Começo a achar o Pediatra Fraudulento não tão Sujismundo.

– Pedro! Desce desse palco que ele tá ocupado!
– Ai, quando eu cheguei e vi tudo dobradinho que me toquei que saí correndo e larguei tudo bagunçado. Você arrumou tudo.

Pra garantir que não haveria mágoas, que ele é um bom anfitrião e eu uma boa hóspede, fomos tomar uma cerveja na Lapa.
O circo tá bombando
Todo dia tem espetáculo, afinal, homem é tudo palhaço!

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Vida de repórti
Ontem peguei poeira na cara em Belford Roxo, hoje peguei chuva na cabeça Queimados, sabe-se lá o que será de mim amanhã São João de Meriti.

Confesso que hoje doeu. Ontem nem foi tão ruim, acabou rápido, cheguei em casa nem tão tarde e talz. Hoje a pauta que eu ia cobrir estava marcada para começar às 19h, mas começou às 21h30. Tava nublado quando saí de casa, achei que ia chover mas ficar aquele calorão. Não levei casaco. Humpf. Passei frio e agora estou espirrando e tossindo. Fiquei duas horas e meia de pé, pegando chuva e vento na cara, sentindo frio e fome. Eu disse começou, pois ainda demorou pra acabar. Na verdade fiquei muito mais tempo de pé, mas quando se está fazendo algo não dói tanto. Foda é esperar.

Eu só pensava "quero muito outro emprego em alguma coisa totalmente diferente, quero muito nunca mais fazer isso, quero muito ir pra casa e não voltar aqui nunca mais". Me restou ficar observando a indumentária das tchutchucas locais e reparando nas bundas e marcas de biquíni com o fotógrafo. Ele disse "eu precisava de um homem aqui pra fazer esse tipo de comentário, mas como não tem vou falar com você, Roberta". Fala, filho, fala. Parecia que TODAS usavam um biquíni fio dental com as laterais muito altas, pois TODAS exibiam marcas de biquíni acima do cós da calça. Até ele ficou chocado.

Agora entendo e concordo com Narinha quando ela disse que Queimados era o pior lugar que ela já tinha ido. Eu respondi "ah, pior que Itaperuna não pode ser, Itaperuna é o pior lugar que já fui em toda minha vida!". Ela garantiu que Queimados era pior e o pior é que era. Ontem em Belford Roxo eu ainda consegui um sanduíche honesto pra comer e uma coca light gelada. Hoje, para não definhar de inanição, tive que comprar um pacote de biscoito presuntinho em uma birosca (era o único disponível, mas pelo menos era de uma marca famosa), mas não havia coca light ou água com gás em lugar algum. Meu fotógrafo, muito gentil, me descolou uma lata do precioso líquido no mercado negro, sabe-se lá que tipo de escambo o pobre fez. Ainda em que sempre tenho a companhia de um retratista meio trololó pra me divertir.

Odeio muito tudo isso. Quer dizer, não odeio meu cálega fotogra*, ele é divertido e tem contatos no mercado negro da coca light!


* já trabalhei com um suposto fotógrafo que dizia que era fotogra e que ia pegar café na garrafa técnica. Ele dizia muita merda e era um mala, além de mentiroso.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Será que sobrevivo?
Além das pautas noturnas na Baixada, tenho agenda sócio-etílico-dançante a partir de quarta. Também tenho muitas coisas pra fazer durante o dia, antes de ir para o trabalho. No fim de semana tenho um convescote dos bons, no último desses enchi a cara até o dia clarear. Também tenho beijo na boca agendado em dois dias. Claro, pra piorar estou de plantão de manhã.

Será que chego segunda-feira viva? Chego! Como ouvi outro dia de um pernambucano maluco, estou viva e quero viver! Ou como dizia um ex-presidente do Império Serrano, O importante na vida é se "adivertir". Quero é mais!
Sono, teu nome é Roberta
Estou com sono, saí todos os dias do feriadão. Não enchi a cara como gostaria, mas sorvi considerável quantidade de cerveja. Dancei, fui ao cinema, ri, conheci gente legal, vi meus amigos, dei beijo na boca. Fiz quase tudo que queria, faltou ir à praia. Depois dou um relatório pormenorizado.

O negócio é que dormi pouquíssimo. Mesmo quando tinha tempo não conseguia dormir. Da noite de sábado cheguei em casa com o dia já claro na manhã de domingo. Deitei tipo 6h e demorei a pegar no sono. Antes das 11h acordei e não consegui dormir de novo. Como não deu praia eu podia ter dormido até o cu fazer bico, até o fim da tarde. Nada. Achei que ia dormir cedo. Humpf. Deitei lá pras 3h da madrugada. Hoje acordei ao meio-dia, mas tô com sono e dor de cabeça.
Como pra corno todo castigo é pouco
ou "Foda no cu de "Creuza" ou "Tomei no cu e nem gozei"

Essa semana tem inauguração na Baixada todos os dias. Sim, amigos desse blog, vou pegar poeira da Baixada na cara todos os dias. Hoje à noite estarei desfilando minha beleza, graça e mau humor em Belford Roxo.
Lá vem ele...
Como sempre digo, ele demora a vir, mas quando chega dói: estou de plantão no fim de semana. A mesma lenga-lenga de sempre. Abrir a redação às 7h30 da madrugada no sábado e às 8h30 no domingo. Claro, como tudo sempre pode piorar, a equipe está desfalcada e seremos apenas três cornas, qndo o normal são quatro. Na prática isso significa mais algumas horas de trabalho escravo na masmorra.
Linda peruca nova
Pintei o cabelo e o bruto tá mansinho, mansinho. Era tinta que o pobre queria mesmo. Dessa vez mandei um castanho escuro avermelhado, ou coisa que o valha que ando sem paciênjcia. Agora ostento um capacete castanho-escuro-quase-preto na sombra e avermelhado ao sol.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Babe Morre Fácil
Fim de semana passado finalmente conhece o Tchutchuco Morre Fácil que as meninas querem botar na minha fita. Olha, morre fácil meeeermo. Alto, magro, com um rosto desgraçado de bem acabado, consegue ser mais bonito pessoalmente (e mais cafona também, mas isso a gente abstrai) do que nas fotos do Orkut. Mas a ocasião não era propicia, ele tava meio tenso e talz. Nem sequer fui apresentada, preferi só observar a presa, deixa quieto, não tenho pressa.

As meninas já tavam me zoando. Uma delas mandou uma mensagem que outro dia ele tava lindo e facinho, dançando de chapéu. Ela gostou da performance com o adereço, mas eu confesso ainda não ter opinião formada. As outras começaram a mandar e-mails "im, im, im, fulaninho tá facim" e "ole, ole, ole, Bob tá dando mole" porque eu ainda não tinha ido conhecer a criança. Já era hora de eu iniciar os trabalhos e começar e reconhecer o terreno.
Festa na Corte Imperial
Sexta-feira passada foi dia de festa na quadra do Império Serrano, era a apresentação dos protótipos para o carnaval 2007. Iara passou na repartição para me encontrar e rumamos para a Madureira. Inês e Vítor já estava lá. Vicente nos encontraria na porta. Comi um podrão pra forrar o estômago, tomamos algumas cervejas e nada de Vic chegar. Liguei e o puto ainda tava saindo de casa. Safado! Nem pra avisar. Entramos, ele que ligasse para o meu celular na hora que chegasse e torcesse para que eu ouvisse. O convite dele tava comigo.

Tomamos mais muitas cervejas vendo as fantasias. Vic chegou e bebemos mais algumas muitas. Confesso que invejei a camisa verde verde tão verde que ele tava. Era de algum time de futebol. Vicente tem cerca de 100 camisas de times.

As fantasias eram medonhas. Não medonho de feio, mas de dar medo. Medo porque eram todas enoooormes e pesadas. Tenho poucas certezas na vida, mas uma delas é que não quero desfilar de lamparina, de árvore com cercadinho, de barril nem de igrejinha. Parece que vamos de bate-bola de Bispo do Rosário, seja lá o que for isso, era a mais bonita.

Iaríssima, enquanto esposa de mestre de maracatu, ficou encantada com a bateria imperiana nota mil. Sambamos um pouco, bebemos mais. Acabou a festa. Fomos pra barraquinha do lado de fora comer mais cachorro quente podrão, salsichão e tomar mais cerveja. Só fomos embora porque Iaríssima tem sono cedo, eu teria bebido até o dia clarear. Confesso que cheguei em casa chamando urubu de meu lôro.

Por que será mesmo que eu passei mal no dia seguinte depois de beber caipirinhas em jejum e mandar ver na feijoada?
Feijoada da PL
Sábado passado fui na Feijoada da PL. Por vários motivos tava num mau humor exuberante. Estava linda, é verdade, mas mordendo sem motivo nem pedido.

Entrei no salão e entrei procurando os conhecidos e a aniversariante. Logo na entrada estavam Aline&Tanja, Bilate, Vicente e Iara em uma mesa. Cheguei nem me deixaram dizer "oi". Foram falando do meu cabelo lindo, de como entrei flutuando ao invés de caminhar, de como estava bem naquele vestido, do meu ar blasé para o mundo. "Vão todos tomar no cu que estou mal humorada". Gargalhada geral. Iara, não acostumada a minha sociabilidade, arregalou os olhos e não entendeu muito bem.

Expliquei que tava puta que desde que acordei minha mãe estava me pentelhando que “feijoada é muito perigoso”, que eu ia ter piriri, que eu ia me cagar, pra eu levar uma calcinha extra na bolsa ou melhor, pra vestir duas calcinhas e levar outra na bolsa, pra botar um absorvente. Porra, como feijoada uma vez por mês e nunca me caguei! Como praga de mãe é foda, não me caguei, mas vomitei a alma até expurgar a praga da velha. Mas quando cheguei ainda não sabia que ia vomitar (é claro) e tratei de me jogar na caipirinha. Foram só três, mas credito a elas meu mal estar.

A ida também colaborou com meu humor. Andei como uma corna e peguei muita poeira na cara. Não dá pra ser feliz assim, com poeira grudada no batom róseo cintilante com uma pitada de gloss por cima.

Pra piorar Vicente veio me dizer minhas pulseiras prateadas junto cm uma de pedra verde e outra de plástico azul estavam sobrando. Ai, palhaço personal stylist wanna be! Mas duas caipirinhas de kiwi depois eu já havia superado e estava me divertindo.

Minha amiga PL estava leeeeenda de vestido longo florido com a barra azul. Ah, e a peruca alisada? Luxus!

Poderosa, ficou sambando no meio da roda, enquanto Vicente, simpático toda vida, gritava "é isso aí, balança o pandeirão!". E ainda tem gente que acha que a gente maltrata o Vicente.

Na hora do parabéns ela chorou e eu também. Eu amo meus amigos e fico emocionada com eles.

Finalmente conheci Aloysio, amigo de infância de PL, nosso leitor e entusiasta. Ele se deleitou ouvindo minhas histórias sórdidas de desventuras amorosas narradas ao vivo. Sabe como é, é dos detalhes sórdidos que todos gostamos e nem todos conto no blog.

Não comi os doces, mas dizem que estavam ótemos. A feijoada posso dar testemunho que estava muito boa.

No final da festa contei mais histórias com riqueza de detalhes sórdidos pra Paulinho, Chico, Maria Cristina, Carol e Déia. MC também tem um amigo que é meu fã e quer me conhecer. Ai, essa vida de estrela!

Quando fomos expulsos com o fechamento do salão fomos pra casa de Carol. A idéia era beber mais, mas como não gosto de coisas previsíveis, passei a noite vomitando.
Falar em mixórdia....
A que circunda meu computador em casa continua crescendo e criando tentáculos. É incrível como papel se reproduz rápido, né?
A casa de Pedro
Acabou que fui dormir na casa de Pedro, que é pertinho do Lamas. Ele me fez esperar no corredor pra arrumar a casa. Ai, cacete! Pedro, não você não é o pediatra fraudulento, não vou copular com você, não faz diferença a mixórdia da sua casa, tô cansada, quero sentar. Não adiantou. Finalmente quando ele me deixou entrar vi que a casa de Pedro é muuuito mais arrumada que a minha.

Como só há uma cama de casal dormimos juntos, mas eu prometi que não ia bolinar ele de noite. Deitamos e eu, gente boa, avisei "se eu roncar pode me chutar".
– Você ronca?! Ai, meu Deus, já tô arrependido de ter te trazido pra cá.
– Pedro! Todo mundo ronca de vez em quando. Eu tô cansada pra caralho e com o nariz entupido. Se eu roncar pode me chutar.
– Eu não ronco!
– Tá, nem você nem o coelhinho da páscoa.

Lembro que comentamos mais alguma coisa que quase passamos mal de gargalhar, mas nem lembro o que era. Pedro chapou e realmente não roncou. Eu demorei a pegar no sono e quando adormeci pesadelei a noite toda. Todos perdemos a hora.
Saudades de O Orientador
Pedro está participando do processo seletivo para o mestrado. O Orientador está na banca. Pedro está tenso. Não há motivo, mas eu entendo. Ele escreve tão bem que eu fiquei emocionada e orgulhosa quando li o projeto dele. Tão bem amarradinho, tão envolvente. Ai, que orgulho do nosso menino! Mas Pedro está tenso e não quer falar com O Orientador. Lá pelas tantas mandou eu ligar para OO.

– Oie, é Roberta! Tô com Pedro no Lamas e ficamos com saudade de você.
– Ah, safados, nem me chamaram pra tomar um chope.
– Nem tamos bebendo, tamos tomando coca light.
Gargalhada de OO.
– Pepsi light? Com maconha e cocaína, né?
Nem era.

– Pedro tá tenso. Não quis falar com você.
Gargalhada de OO.
– Você já mandou ele descer da cruz que tem gente precisando da madeira?
– Já.... Já falei que o projeto dele é lindo, que ele é ótimo, que escreve super bem, citou todos os autores na prova. Imagina!

Rimos mais um pouco, sacaneamos Pedro que foi ficando vermelho e nos despedimos marcando um chope pra semana que vem. Segunda sai o resultado da prova do mestrado. Se Pedro não passar dou meu cu na rifa.
Cuidado comigo!
Devo ficar menstruada no fim de semana e a má notícia é que não tomei meu complexo anti-tpm esse mês. Bom, ainda não mordi ninguém porque estou tomando óleo de prímula, mas ele sozinho não dá no couro. Melhor ficar longe de mim até semana que vem...
Certas coisas não têm preço
Pegar uma saia tamanho 40 para ir para o trabalho, perceber que está larga e cai sobre os quadris e pensar "devia ter comprado 38" não tem preço. Claro que não preciso me lembrar que, quando comprei, a 38 nem me fecharia na cintura e quase trouxe a 42.
Relatório atrasado: terça
Anteontem fui no lançamento da exposição de fotos Cidades Invisíveis, do meu leitor amigo Nelson, na galeria virtual do Centro Cultural Telemar. Embora já tenha trocado vários e-mails, confissões e quase segredos com ele, nunca tínhamos nos visto pessoalmente, então convoquei meu amigo Pedro pra ir comigo. Pedro trabalha lá e nem ia ser função, foi só subir uns andares. A fotos são lindas e a exposição é muito legal mesmo. O Nelson tava meio tenso – normal. Paguei uns micos, encontrei vários cálegas de profissão e até uns personagens circenses. A noite foi divertida, gostei de ter ido.

Depois fui com Pedro pro Lamas. Roberta no Lamas Ah, foi tomar um chope. Humpf. Nem coca light, babe. Lá é pespi. Pedro com sono, de dieta e meio enjoado, foi solidário e também ficou na pepsi light. Comemos nossos sanduíches, bebemos nossos refrigerantes e falamos bobagens até de madrugada. Fizemos confissões inconfessáveis e inimagináveis, trocamos alguns quase-segredos e falamos de amores e desamores. Eu, ingênua, tinha planejado voltar cedo pra casa e de ônibus. Rárárá!
Planos para o fim de semana
Hoje vou no aniversário de dois anos de linda e pequena Alice, filha de Vavs. À noite acho que vou desfilar minha beleza, graça e lascívia entre os bebuns da Lapa. Sexta acho que vou cortar os pulsos. Sábado tenho uma festa. Ainda tenho o domingo vago. Convites?
Peruca medonha
E meu cabelo segue horrível, continua gritando por tinta. Vou ceder esse fim de semana.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Pangaré
Tô combinando um chope com um leitor. Ele resmungou que já me passou o telefone várias vezes mas não tem o meu. Passei o cel, o de casa e do trabalho perguntando "tá felizinho agora, babe?". O palhaço indócil, ligou na mesma hora pro número do meu trabalho. Eu não estava na sala e minha vizinha de baia atendeu.

– Tem pangaré aí?
– Não.
– Obrigado - Desligou.

Não contente, a criança ligou para o meu celular. Eu já tava de volta e atendi. Repetiu a saudação tão inteligente que num arroubo de criatividade tinha inventado "Tem pangaré aí?" ou coisa que o valha. Ficou tagarelando e só contou quando ouviu a voz da minha vizinha de repartição avisando que uma moça havia ligado me procurando. Não era o recado do pangaré.
Convalescente
Ontem saí à noite e fiquei na coca/pepsi light. Hoje nem vou sair, vou pra casa dormir. E olha que fui convidada pra uma festa maneira e 0800. Estou de dietinha pra me recuperar. Logo voltarei a ser a locomotiva social que meus leitores sonham seguir.